Premiê da Escócia, primeiro muçulmano a chegar ao poder no país, renuncia ao cargo | Mundo | G1

Por g1


O ex-premiê da Escócia Humza Yousaf após anunciar sua renúncia ao cargo, em 29 de abril de 2024. — Foto: Andrew Milligan/ Reuters

O primeiro-ministro da Escócia, Humza Yousaf, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (29). Yousaf, o primeiro líder muçulmano de uma nação britânica, decidiu deixar o posto dias antes de o Parlamento votar uma moção de desconfiança contra ele.

Yousaf, de 38 anos, foi o primeiro chefe de governo muçulmano a assumir o poder na Escócia. Ele também foi um dos mais novos da história do país: tinha apenas 37 anos quando chegou ao poder, em março do ano passado, substituindo a então premiê Nicola Sturgeon, que também renunciou ao cargo após uma investigação por suposta corrupção.

Em pouco mais de um ano de governo, Yousaf aprovou medidas endurecendo penas contra a transfobia e crimes de ódio, mas foi perdendo apoio gradual no Parlamento.

O Partido Nacional Escocês, do agora ex-premiê, foi enfraquecido por um escândalo de financiamento de campanha e divisões internas sobre os direitos das pessoas trans, que ele defendia.

“Depois de passar o fim de semana refletindo sobre o que é melhor para o meu partido, para o governo e para o país que lidero, concluí que reparar o nosso relacionamento através da divisão política só pode ser feito com outra pessoa no comando”, disse ele. disse aos repórteres. “Portanto, informei o secretário nacional do SNP da minha intenção de renunciar ao cargo de líder do partido”.

A renúncia de Yousaf chega em um momento de turbulência política no Reino Unido, onde as preocupações com a imigração, saúde e os gastos do governo vêm minando também o apoio ao Partido Conservador, atualmente no poder.

A fragmentação do apoio à sigla aumentou na semana passada, quando entrou em vigor uma polêmica lei que deportará imigrantes irregulares à força para a Ruanda. O projeto, que vem sendo questionado internamente e já foi chamado de ilegal pela Organização das Nações Unidas (ONU) e até por um tribunal europeu, é fortemente defendido pelo atual premiê do país, o conservador Rishi Sunak.

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