10 atletas brasileiras que podem fazer história em Paris 2024
Jogos Olímpicos Paris 2024

10 atletas brasileiras que podem fazer história em Paris 2024

Por Mateus Nagime
6 min|
Rebeca Andrade Flag Tokyo
Foto por (Maja Hitij/Getty Images)

Veja 10 atletas brasileiras que já fizeram história no esporte e podem quebrar novas barreiras nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Os Jogos Olímpicos Paris 2024 farão história como a primeira edição em que haverá paridade numérica entre atletas homens e mulheres. Além disso, não só a delegação feminina do Brasil é maioria, até o momento, mas também muitas das grandes esperanças de medalha do país vêm do esporte feminino.

A primeira mulher brasileira - e sul-americana - a competir nos Jogos Olímpicos foi a nadadora Maria Lenk, em Los Angeles 1932. Apesar de grandes resultados, como o quarto lugar de Aída dos Santos no salto em altura em Tóquio 1964, as primeiras medalhas femininas do Brasil vieram apenas em Atlanta 1996. Na ocasião, o time de basquete foi prata, o time de vôlei foi bronze e Jacqueline e Sandra venceram Mônica e Adriana, no que é até hoje a única dobradinha ouro-prata do Brasil em Jogos Olímpicos.

O Brasil esperou ainda doze anos para a primeira medalha individual, com o bronze de Ketleyn Quadros no judô. Na mesma edição, Maurren Maggi também foi a primeira campeã olímpica individual do Brasil. Na edição seguinte, em Londres 2012, pela primeira vez o Brasil ganhou mais ouros femininos, com o bicampeonato do vôlei masculino e o título da judoca Sarah Menezes.

Em Tóquio 2020, nove das 21 medalhas vieram do esporte feminino, e a expectativa é que em Paris 2024 possa ser a primeira vez em que o esporte feminino assegure mais da metade dos pódios brasileiros.

O Olympics.com preparou uma lista de 10 (ou melhor, 11!) mulheres brasileiras que já tem um currículo sensacional no esporte mundial e podem fazer história daqui a alguns meses na França. Foi difícil escolher!

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Rebeca Andrade, ginástica artística

Rebeca fez história em Tóquio 2020 quando se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar duas medalhas em uma mesma edição de Jogos Olímpicos. O seu ciclo Olímpico foi brilhante, incluindo o título do individual geral no Campeonato Mundial de Ginástica Liverpool 2022. Com as cinco medalhas conquistadas no Mundial de Antuérpia 2023, Rebeca se credencia para quebrar o recorde de Isaquias Queiroz, que subiu três vezes ao pódio na Rio 2016.

Mayra Aguiar, judô

Mayra se tornou a primeira mulher brasileira a ganhar medalhas em três Jogos Olímpicos consecutivos. Bronze em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020, ela quer continuar fazendo história e conquistar uma quarta medalha, e é uma das favoritas ao ouro. Neste ciclo Olímpico, ela foi tricampeã mundial em 2022 e foi campeã do Grand Slam de Tóquio em 2023, primeira mulher brasileira a conquistar o feito na história.

Rayssa Leal, skate

A "fadinha" foi a atleta brasileira mais jovem a participar dos Jogos Olímpicos quando competiu em Tóquio 2020 com 13 anos e 203 dias. Além disso, com a prata conquistada, se tornou a medalhista Olímpica mais jovem desde os Jogos Olímpicos Berlim 1936. Atual vice-campeã mundial, ela busca aos 16 anos ser a campeã Olímpica mais jovem do Brasil.

PODCAST: Rayssa Leal e o foco da nova geração na saúde mental

Beatriz Ferreira, boxe

2023 foi um ano inesquecível para Beatriz Ferreira. A boxeadora medalhista de prata nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 conquistou a segunda medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, assegurando sua vaga em Paris 2024. Um dos destaques do boxe mundial, ela já comentou ao podcast dos Jogos Olímpicos sobre o grande momento que o boxe feminino do Brasil vive e é uma das grandes expectativas do Brasil pelo ouro em Paris 2024.

Ana Marcela Cunha, maratona aquática

Primeira nadadora brasileira a conquistar uma medalha Olímpica, com o ouro na maratona aquática 10km em Tóquio 2020, Ana Marcela é uma das maiores esperanças de medalha para o Brasil. Dona de uma das carreiras mais vitoriosas da história das águas abertas, ela saiu da "zona de conforto" e trocou de técnico em 2023, mudando-se para a Itália. Agora ela se prepara para fazer história no Rio Sena.

Ana Patrícia/Duda, vôlei de praia

A dupla campeã mundial de 2022 e vice em 2023 busca colocar o Brasil de volta ao topo do vôlei de praia Olímpico. O último ouro de uma dupla feminina foi em Atlanta 1996, a estreia do esporte em Jogos Olímpicos, quando Jacqueline e Sandra venceram Adriana e Mônica na final. Ana Patrícia e Duda fazem um ciclo repleto de vitórias, como as do Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e muita consistência, refletindo na liderança do ranking mundial. A dupla foi campã dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanjing 2014, e dez anos depois tentará subir novamente ao lugar mais alto do pódio.

Tatiana Weston-Webb, surfe

Mesmo com vaga Olímpica garantida desde junho de 2023, Tati Weston-Webb foi vice-campeã do ISA Games 2024 de Surfe, ajudando a garantir uma terceira vaga para a equipe feminina. O surfe feminino é relativamente recente em Teahupo'o, mas Tati tem bom histórico. As grandes ondas no Taiti são consideradas ideais para seu estilo e ela é uma das favoritas.

PODCAST: Tatiana Weston-Webb, a embaixadora do surfe feminino brasileiro em busca da medalha Olímpica

Gabi, vôlei

Capitã da seleção feminina de vôlei, Gabi vive um excelente momento na carreira. A ponteira foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 e neste ciclo Olímpico já como líder da seleção brasileira, foi vice-campeã mundial em 2022 e também ficou com o vice na liga das nações. Além disso, ela segue em uma carreira de sucessos no Vakifbank Istanbul, colecionando prêmios de MVP em torneios pela seleção ou pelo time turco, pelo qual foi vice no Mundial de Clubes de 2023.

Marta, futebol

Lenda do futebol mundial, Marta já anunciou que quer se aposentar da seleção após os Jogos Olímpicos. Medalhista de prata em Atenas 2004 e Beijing 2008, a rainha do futebol espera pendurar a amarelinha com o tão sonhado ouro Olímpico.

Nathalie Moellhausen, esgrima

Nathalie foi campeã mundial em 2019, um feito histórico para a esgrima do Brasil. Nascida na Itália, ela estará competindo "em casa", já que mora em Paris há 18 anos. Ela começou 2023 com dois títulos em Doha e Barcelona, a atual oitava colocada do ranking da Federação Internacional de Esgrima conhece muito bem o local de competição do esporte nos Jogos Olímpicos Paris 2024, onde buscará a primeira medalha Olímpica do Brasil no esporte. Afinal, foi no Grand Palais, que ela conquistou sua primeira medalha mundial individual, em 2010, e também atuou como diretora de arte nas cerimônias de galas da FIE em 2013 e 2018.

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