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ASSASSINS’S CREED VALHALLA. A SAGA DE GEIRMUND – MATTHEW J. KIRBY | RESENHA

ASSASSINS’S CREED VALHALLA. A SAGA DE GEIRMUND – MATTHEW J. KIRBY | RESENHA

Em colaboração com a Ubisoft Brasil, a Editora Planeta lançou Assassin’s Creed Valhalla – A Saga de Geirmund. A obra faz parte do catálogo do Minotauro, selo da editora dedicado à ficção especulativa.

A história é ambientada no universo do recém-lançado game Assassin’s Creed Valhalla, acompanhando a jornada de Geirmund Hel-hide, descendente de grandes reis nórdicos. Para quem não conhece, Assassin’s Creed é uma franquia de jogos, cuja premissa baseia-se na rivalidade de duas sociedades secretas: Os Assassinos, que desejam a paz através do livre arbítrio, e os Templários, que têm o objetivo de dominar o mundo e impor a ordem na humanidade. Traz pontos de Ficção Científica Histórica, onde o jogador poderá interagir com figuras do passado, trazendo a expansão Viking na Inglaterra durante o final do século IX.

Assassin’s Creed Valhalla

A saga de Geirmund gira em torno de uma busca por identidade, que se envolve em guerras junto com os dinamarqueses, desejosos de conquistar a Inglaterra, trabalhando para derrotar o rei saxão e estabelecer o controle de novas terras. Geirmund Hjörrsson, ou Hel-hide como ele era mais comumente conhecido, é o gêmeo mais jovem, filho do Rei de Rogaland. Seu irmão mais velho, Hamund, é o provável sucessor do pai, devendo herdar a coroa e as terras. Ou seja, Geirmund precisa conquistar seu destino, caso deseje liderar algum dia. Frustrado, ele vê a possibilidade de mudança quando Jarl Guthrum visita o Rei, que está de partida para a Inglaterra, visando conquistar as terras de Wessex (Situado no sul e sudoeste da Grã-Bretanha), além de riquezas e terras.

“Destino é simplesmente uma palavra para o resultado de suas escolhas e suas consequências. É a consequência que é inevitável depois que a escolha é feita. A ação terá uma reação.”

Guthrum

Contrariando o pai, Geirmund se voluntaria para embarcar com a tripulação de Guthrum, a quem jura lealdade, junto com os amigos Steinólfur e Skjalgi. Mas, enfrentando dias de tempestades, teve de lidar com as superstições da tripulação por conta de sua pele escura, e se jogou ao mar. É quando ele foi presenteado com o Hnituðr , um artefato mítico, pelo Isu Völund, que ajudou a consolidá-lo como um feroz guerreiro dos mares.

Mesmo com uma maldição perdurando sobre ele, de que sofreria uma grande traição, Geirmund consegue se safar de várias situações perigosas, atraindo guerreiros para seu lado, que acabam sendo chamados de Hel-hides. À medida que a fama de Geirmund crescia, mais e mais guerreiros se reuniam com sua bandeira, fazendo com que Halfdan Ragnarsson desconfiasse de seu poder crescente.

“Existem reis da terra que governam trechos de solo e fazem guerra pelo tamanho e formato de suas fronteiras. Vivem como prisioneiros atrás das muralhas de fortes e fortalezas, com sua liberdade e riqueza vinculadas à terra.”

Halfdan

Se você não joga Assassin’s Creed, mas é fã de ficção histórica, ainda assim provavelmente ficará preso a essa história. Se é fã dos jogos, esse livro expandirá seus conhecimentos, ampliando sua experiência. Os personagens são bem escritos e a história é empolgante e interessante do começo ao fim.

Assassin’s Creed Valhalla – A Saga de Geirmund foi a típica jornada do herói, mostrando o crescimento do personagem à medida que ele se desenvolvia em força e status social – um protagonista convincente, franco e honrado. O livro focou em contar uma saga viking. E, com isso, uma série de terminologias que, se você não é um fã assíduo, pode interferir negativamente na experiência. O livro poderia ter um acréscimo de glossário, seria mais simples que recorrer a todo o momento à internet para entender algumas referências. Agora se você conhece mitologia nórdica, cultura viking, tradições skáldicas e Tolkien, então esta será uma leitura cheia de referências.

Assassin’s Creed Valhalla

Como se trata de, entre outras coisas, um embate entre Inglaterra e Vikings, temos discussões sobre o cristianismo e o paganismo, sendo explorado com frequência ao longo da história. Para os cristãos, um nórdico é um pagão enviado pelo diabo para fazer chover o fogo do inferno em sua terra sagrada, a Inglaterra. Para os dinamarqueses e vikings, os cristãos são apenas um obstáculo, e seus deuses querem que eles alcancem esta terra. Foi interessante acompanhar esse embate de ideias – quando não terminava em banhos de sangue, ambiente pouco propício para digressões religiosas!

Eu gostei das descrições das batalhas, bem gráficas e bem dosadas. Mas é brutal – bom, é uma história de Vikings. Após finalizar a leitura, descobri que alguns personagens foram baseados em personalidades históricas, o que acrescenta muito tanto ao jogo quanto ao livro.

Entretanto, Assassin’s Creed Valhalla – A Saga de Geirmund terminou muito abruptamente, trazendo alguns personagens que foram esquecidos lá no início da estória, mas sem muita contextualização. Ainda assim, achei uma estória épica, cativante, que funciona tanto para os fãs do jogo quanto para quem gosta do mundo viking. Vale lembrar que os livros da série já venderam 3 milhões de cópias no mundo, sendo mais da metade no Brasil – ou seja, muitos fãs…

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Título: Assassins’s Creed Valhalla. A Saga de Geirmund
Autora: Matthew J. Kirby
Tradução: Petê Rissatti
Ano: 2021
Páginas: 368
Editora: Minotauro
Gênero: Fantasia
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