Ednaldo Rodrigues diz que paralisação de campeonatos depende de clubes: "Poder da CBF não é supremo" | seleção brasileira | ge

Por Redação do ge — Rio de Janeiro


O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira que qualquer paralisação no futebol brasileiro depende dos clubes. O dirigente deu a resposta ao ser informado de que o ministro do Esporte, André Fufuca (PP/MA), enviou ofício à entidade pedindo a suspensão dos campeonatos por causa da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.

— Toda decisão com relação a uma competição — começar, ter, suspender, prorrogar, adiar —, a CBF vai discutir de maneira conjunta com os clubes. O poder da CBF não é um poder supremo e absoluto. É um poder limitado — disse Ednaldo.

Ednaldo Rodrigues diz que CBF vai discutir com clubes o pedido do Ministério do Esporte para paralisar o Brasileiro

Ednaldo Rodrigues diz que CBF vai discutir com clubes o pedido do Ministério do Esporte para paralisar o Brasileiro

O presidente da CBF afirmou que a decisão sobre o calendário do futebol brasileiro envolve o Conselho Técnico de Clubes, que inclui todas as equipes em cada competição organizada pela entidade. Por isso, o dirigente acrescentou que não determina sozinho uma possível paralisação.

— A gente respeita muito todos os segmentos do Governo, porém toda a construção do futebol brasileiro está num Conselho Técnico de clubes, isso envolve todas as competições. Tem que reunir o Conselho Técnico. Quando define uma competição, a CBF faz reuniões de Conselho Técnico da Série A, da B, da C, da D e das competições de base. Se pede uma paralisação, nós vamos dar conhecimento a cada clube, a cada série desses clubes, para que eles possam se posicionar com relação ao documento do Ministério do Esporte. E a partir daí, se for necessário, reunir o Conselho Técnico para que eles possam deliberar. "Olha, podemos parar toda a competição?" — afirmou.

Ministro do Esporte, André Fufuca pediu a paralisação de todos os campeonatos — Foto: Lucas Magalhães

Ednaldo Rodrigues ponderou ainda que, caso os campeonatos no Brasil sejam paralisados, as competições internacionais da Conmebol seguiriam, inclusive na reta decisiva da Libertadores e da Sul-Americana. O dirigente ressaltou que está em contato direto com os clubes gaúchos, que tiveram suas partidas adiadas.

— Aquilo que foi solicitado pelos clubes, através da Federação Gaúcha, a CBF atendeu integralmente. Que foi o adiamento dos jogos deles até o dia 27 de maio. Tudo que acontecer daqui para frente a gente vai ter que conversar com os clubes e todas as divisões do futebol.

No ofício enviado à CBF nesta sexta, o ministro do Esporte afirma que considera importante a paralisação do Brasileirão por causa dos atingidos na tragédia no Rio Grande do Sul.

— Diante da catástrofe que se segue, a solicitação se faz necessária muito além dos estádios de futebol, campos de treinamento, concentração e local físico onde todos envolvidos no esporte circulam, mas por todas as pessoas, familiares e seus entes que se doam neste momento na sobrevivência e reconstrução de casas e tudo mais afetado — diz trecho do ofício assinado por André Fufuca.

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