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Atriz trans de ‘No Rancho Fundo’ fala do filho que teve com o marido: ‘Existe um tabu’

A artista sergipana celebra conquista de espaço na TV

Publicado em 17/05/2024 18:56
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Nesta sexta-feira (17), Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, a atriz e cantora sergipana Isis Broken comemora seu primeiro papel em uma novela. Em “No Rancho Fundo”, ela interpreta a lojista Corina Castello, cuja identidade de gênero não é mencionada na trama. “Estou recebendo muitas mensagens de carinho das pessoas dizendo o quanto a Corina é revolucionária. Ela caiu como uma luva perfeita,” declarou Isis sobre a repercussão positiva do seu personagem.

Isis Broken destaca a importância de sua presença na TV para a visibilidade trans. “Ser uma das representantes dos corpos trans é extremamente significativo, especialmente neste momento histórico para a TV brasileira. Ver corpos trans em todos os horários das novelas está contribuindo para um ajuste social muito necessário,” explicou. Ela enfatizou a necessidade de atores e atrizes trans terem oportunidades diversas, não se limitando apenas a narrativas trans. “Estamos hackeando novos espaços, mas é preciso entender que não é só passar por lá, e sim permanecer nesses espaços.”

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Veja também: “Alma Gêmea” bomba na audiência, e alavanca “No Rancho Fundo”

Além de sua carreira, Isis falou sobre sua experiência como mãe de Apolo, de 2 anos, junto com seu marido, que é um homem trans. “Eu e meu esposo tínhamos acabado de começar a nos relacionar. Ele é um homem trans, e existe um certo tabu com homens trans. Acham que eles não podem engravidar, devido aos hormônios. Porém, acabou acontecendo. E foi um grande presente para nós,” disse ela. O nascimento de Apolo desafiou estereótipos e abriu discussões sobre as capacidades dos corpos trans.

Apesar das conquistas, Isis e sua família ainda enfrentam preconceito. “Infelizmente, ainda não podemos dizer que pessoas trans ou a comunidade LGBTQIAP+ não sofrem preconceito. As doses de discriminação podem ser diárias quando se vive numa sociedade machista, racista e transfóbica,” lamentou. A atriz e cantora continua a lutar por um mundo mais livre e representativo para todos.

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