Empresário brasileiro anuncia que venderá Orlando City para família dona do Minnesota Vikings | futebol internacional | ge

Por Redação do ge — Orlando, EUA


Prestes a iniciar sua sétima temporada na Major League Soccer, o Orlando City passará a ter um novo dono nos próximos meses. O empresário brasileiro Flavio Augusto da Silva anunciou nesta quarta-feira que venderá o clube para a família Wilf, que é dona do Minnesota Vikings, franquia da NFL, liga de futebol americano do país. A confirmação veio em comunicado oficial do Orlando.

A venda englobará o Orlando City, time masculino profissional, o Orlando Pride, equipe feminina que joga na NWSL, além de "ativos relacionados", que, segundo a imprensa local, incluem o Orlando City Stadium, construído pelo clube em parceria com outros empresários e inaugurado em 2017.

- Após oito anos, um novo capítulo se abriu para o Orlando City, pois anuncio hoje que estamos em negociações avançadas com a família Wilf para a venda do Orlando City, da MLS, o Orlando Pride, da NWSL, e nossos ativos de futebol relacionados. Com sua paixão pelo esporte e os dois times de Orlando que estão em posição de competir por troféus, estou confiante de que a família Wilf continuará levando o Orlando City a novas alturas e conduzindo o clube para uma próxima fase, dentro e fora do campo - diz a nota.

Flavio Augusto da Silva comprou o Orlando City em 2013, ainda fora da MLS — Foto: Getty Images

Flavio Augusto da Silva, empresário que alcançou grande sucesso no Brasil no início dos anos 2000, se tornou proprietário do Orlando City em 2013, quando a equipe fazia parte da USL, liga de menor importância na pirâmide de futebol dos Estados Unidos. A partir dali, assumiu a missão de iniciar uma nova franquia na MLS - a primeira no estado da Flórida, onde o público latino e brasileiro tem grande influência.

O Orlando entrou para a MLS em 2015, tendo como grande estrela da equipe o meia Kaká. Os Lions inicialmente mandavam seus jogos no Citrus Bowl, enquanto as obras de um novo estádio eram iniciadas - o Orlando City Stadium foi inagurado em 2017, com capacidade para cerca de 25 mil pessoas. O clube também fundou um centro de treinamento, que inclui a formação de categorias de base.

Esportivamente, o Orlando City demorou a decolar e só chegou aos playoffs da MLS pela primeira vez no ano passado, em sua sexta temporada na liga. Na ocasião, foi eliminado nas semifinais da Conferência Leste, diante do New England Revolution. Nani era o grande astro da campanha, ocupandoo posto de Kaká, que deixou o clube em 2017. Hoje, Alexandre Pato é um dos destaques do time para a temporada 2021.

Kaká foi o primeiro grande astro do Orlando City — Foto: Tiwtter oficial do Orlando City

No futebol feminino, o Orlando Pride logo ganhou destaque nacional, tendo Marta como sua grande estrela - ela chegou em 2017 e ainda faz parte do elenco, tendo contrato até o ano que vem. A equipe chegou às semifinais da NWSL em 2017, caindo diante do Portland Thorns.

Marta foi escolhida como grande estrela da equipe feminina — Foto: MarkThor/Orlando Pride

- Hoje, posso dizer com segurança que tanto Orlando City quanto o Orlando Pride estabeleceram o padrão para organizações de futebol em todo o mundo, um verdadeiro testemunho da dedicação de nossos apaixonados torcedores, funcionários, jogadores, proprietários e parceiros, que continuamente nos impulsionaram a lutar por um sucesso sem precedentes - destacou Flavio Augusto no comunicado.

De acordo com o site "Sportico", a família Wilf pagará entre US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) e US$ 450 milhões (R$ 2,37 bilhões) para comprar a franquia e suas instalações. Flávio Augusto pagou cerca de US$ 120 milhões (R$ 632 milhões, atualmente) para comprar o Orlando City em 2013. Ele já indicava que poderia vender o clube, por desejar se dedicar a projetos filantrópicos a partir de 2022.

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