Ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira morre aos 43 anos | Jornal Nacional | G1

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Ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira morre aos 43 anos

Ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira morre aos 43 anos

Morreu na quinta-feira (21), aos 43 anos, a ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira.

O corpo de Walewska saiu do Instituto Médico Legal de São Paulo às 7h desta sexta-feira (22) rumo a Belo Horizonte, cidade natal da ex-jogadora. A família informou que o velório será neste sábado (23), às 6h, com o sepultamento marcado para as 10h, no Cemitério Bosque da Esperança.

Walewska Moreira de Oliveira morreu no início da noite desta quinta-feira (21). Ela caiu do 17º andar de um condomínio na região central da capital paulista. A polícia investiga o caso como suicídio.

Walewska completaria 44 anos no próximo dia 1º de outubro. Aposentada das quadras desde maio de 2022, ela andava com a agenda cheia, divulgando sua autobiografia, lançada em janeiro de 2023.

Na terça-feira (19), esteve no Palmeiras e trocou livros com o técnico Abel Ferreira. Depois da partida da noite de quinta (21) contra o Grêmio, em Porto Alegre, o treinador do Palmeiras refletiu sobre a notícia.

“Quando me disseram, eu nem acreditei. Fiquei incrédulo. Quando recebes essa notícia, questionas se vale a pena todo sacrifício, toda a dedicação, estar longe da sua família”.

Walewska deixou as quadras com um extenso currículo de títulos: só na Superliga foram cinco, o último deles em 2018, pelo Praia Clube, de Uberlândia. Quando ela encerrou a carreira de jogadora, o clube aposentou a camisa dela. Hoje, nenhuma atleta do Praia Clube pode vestir o número 1, que Walewska usava.

Começou a defender a Seleção Brasileira em 1997 e foi a central titular na conquista do primeiro ouro olímpico em 2018, nas Olimpíadas de Pequim. Antes, já havia conquistado também uma medalha de bronze nos jogos de Sydney, em 2000.

"Uma carreira linda, vitoriosa. Uma mulher muito forte, que sempre teve uma postura impecável, uma disciplina dentro e fora de quadra invejável. Tenho muito orgulho de ter feito parte de tudo isso ao lado dessa mulher incrível, ao lado dessa mulher admirável", diz Paula Pequeno, bicampeã olímpica de vôlei em 2008 e 2012.

Depois de cinco anos afastada por decisão própria, voltou à Seleção Brasileira em 2013.

"Uma atleta que conseguiu conversar com gerações. Desde Ana Moser, um ícone da primeira medalha olímpica, até Tainara, que está aí em busca da vaga com a seleção atual. Todo mundo que teve o privilégio de conviver com a Wal sabe quanto ela era elegante, generosa. Uma estrela de primeira grandeza com sorriso estampado no rosto. Um dia muito duro para o vôlei brasileiro. A gente deseja que a Wal descase em paz", afirma Fabi, bicampeã olímpica de vôlei em 2008 e 2012.

Responsável pela primeira convocação de Walewska, o técnico Bernardinho postou em uma rede social que participou da "transformação daquela lagartinha numa borboleta linda, que voou pelo mundo”.

Em diversas mensagens em redes sociais, um sentimento de choque e solidariedade com a família.

Capitã da seleção no bicampeonato olímpico, em 2012, Fabiana Claudino descreveu Walewska como sua heroína. Jogadora da mesma posição, disse que escolheu a camisa 1 exatamente como uma homenagem.

"O Brasil te deve reverência e o vôlei mundial te deve reverência. Enquanto houver uma bola de vôlei subindo em qualquer lugar do mundo, seu nome e seu legado serão lembrados. Ídolos são imortais", disse Fabiana.

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