A rainha emérita de Espanha, Doña Sofia celebra 80 anos de idade nesta sexta-feira, 2 de novembro. A sua vida pessoal, ainda que tenha optado sempre por ser uma figura discreta dentro da família real, foi marcada por várias polémicas, como as traições por parte do marido, o rei emérito Juan Carlos e a sua difícil relação com a nora, Letizia.
Ela "é a mulher mais sozinha do reino, essa é a frase que melhor a define", garantiu à FLASH! a cronista e escritora Pilar Eyre, a justificar o título que escolheu para o seu livro, ‘La Soledad de la Reina’.
Na obra, viaja-se por mais de meio milhar de páginas que revelam anos e anos de uma enorme infelicidade e amargura, que a rainha espanhola, nascida princesa grega, conheceu através do seu casamento com o rei Juan Carlos. A rainha "é uma mulher desgraçada", vincou a autora. "Sofia não tem amigas, ela mesma o diz de forma natural. Não tem ninguém em quem confiar, apenas a sua irmã Irene e a sua prima Tatiana. Nunca contou as suas mágoas a ninguém", revelou a escritora e cronista.
Os anos de traições e humilhações a que foi sujeita, deixaram naturais e profundas marcas em Sofia. Tanto que Juan Carlos e Sofia praticamente não dialogam, "simplesmente não se falam. Por isso, não têm atritos", revelou a cronista. Apesar desta relação de enorme frieza, actualmente também estendida à restante família – Felipe, Letizia e infantas Elena e Cristina –, os reis "nunca ponderaram o divórcio", garantiu Pilar Eyre contrariando várias notícias que foram dando conta deste possível cenário.
Para Sofia, os primeiros anos foram duros. Ficou longe da família e nem sequer falava o idioma do marido. Porém, dizia-se feliz no casamento. Teve conhecimento, pela primeira vez, das infidelidades de Juan Carlos após a morte de Franco, estava casada há 13 anos. "Quando isto aconteceu começaram a dormir em quartos separados e não voltaram a funcionar como casal nunca mais", descreveu Pilar Eyre. Logo de seguida, a rainha viajou para a Índia com a mãe e os três filhos, Elena, Felipe e Cristina, "com a intenção de separar-se".
Porém, logo regressou e "aceitou o seu destino, apesar de, desde então, ter decidido viver vidas separadas", conforme conta o livro.
Para assinalar os 80 anos da rainha emérita, também o jornalista especialista em assuntos da família real espanhola, Jaime Peñafiel, escreveu um livro particularmente duro e pouco abonatório relativamente à figura de Doña Sofia: 'Os 80 anos de Sofía. Esposa, mãe e avó'.
E as críticas começam quando Peñafiel diz de forma categórica: "Fracassou na vida, totalmente. Um fracasso rotundo como rainha, como mãe, como avó e como mulher. Tentou fazer tudo e acabou por fazer tudo mal. No fracasso do seu casamento, é tão culpada como o rei. Podia ter-se divorciado. O maior erro da sua vida foi não se ter divorciado no momento certo".
Diz ainda o jornalista que o grande mal da atual rainha emérita foi continuar muito enamorada do marido apesar de todas as provas de desamor por parte dele. Para Jaime Peñafiel ela nunca lhe deveria ter desculpado as infidelidades e as atitudes mais rudes que ele tinha para com ela em público.