Morre a rainha Elizabeth II, a monarca mais longeva da história do Reino Unido | Mundo | Valor Econômico
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Por Agências Internacionais

A rainha Elizabeth II, a monarca mais longeva do Reino Unido, com um reinado de 70 anos, morreu aos 96 anos, informou o Palácio de Buckingham nesta quinta-feira (08). "A rainha morreu pacificamente em Balmoral nesta tarde", disse o Palácio de Buckingham em comunicado. Seu filho mais velho, Charles, de 73 anos, torna-se automaticamente rei do Reino Unido e chefe de Estado de 14 outros reinos, incluindo Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

No último ano, com a saúde já debitilada, a rainha passou a transferir cada vez mais tarefas ao príncipe Charles e outros membros seniores da família real. Nos últimos meses, enquanto se recuperava da covid-19, começou a usar uma bengala e passou a ter dificuldades para se locomover.

Com a sua morte, Charles, de 73 anos, se torna o novo rei do Reino Unido e será chamado de Charles III. Ele é o herdeiro que mais tempo ficou à espera para se tornar o monarca britânico e é o mais velho a assumir o trono. Mas ainda não se sabe quando sua coroação ocorrerá.

A morte da rainha desencadeia um período de luto nacional no qual o Parlamento não aprova leis. Os apresentadores da televisão da BBC usarão roupas de luto e está previsto que a rainha será enterrada na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor.

Nesta quinta-feira (08) pela manhã, os médicos da monarca britânica divulgaram comunicado informando que estavam preocupados com sua condição e decidiram colocá-la sob supervisão médica. Em seguida, um funcionário do Palácio de Buckingham disse que seus familiares imediatos foram informados de sua condição. Todos os seus quatro filhos, o príncipe Charles, princesa Anne, príncipe Andrew e o príncipe Edward — se dirigiram para o Castelo de Balmoral. Também estavam ao seu lado seu neto, o príncipe William, junto com seu irmão Harry.

A monarca de 96 anos, filha mais velha do rei George VI e da rainha Elizabeth, nasceu em Londres em 21 de abril de 1926. Ela se tornou herdeira quando seu tio, Edward VIII, abdicou em 11 de dezembro de 1936, e seu pai se tornou o rei. Ela tinha 10 anos.

Elizabeth se tornou rainha aos 25 anos, após a morte de seu pai em 6 de fevereiro de 1952, enquanto estava no Quênia em uma viagem real ao lado de seu marido, o príncipe Phillips, com quem casou em 1947. Ela foi coroada em 2 de junho de 1953 na Abadia de Westminster, a primeira coroação a ser transmitida pela TV.

Desde que assumiu o trono, Elizabeth mostrou ser um símbolo de estabilidade em uma época em que o Reino Unido ainda mantinha grande parte de seu império e se recuperava dos estragos da Segunda Guerra Mundial, com o racionamento de alimentos ainda em vigor e classe e privilégio ainda dominantes na sociedade. Winston Churchill foi o primeiro primeiro-ministro que serviu durante seu reinado. A conservadora Liz Truss é a 15 premiê de seu reinado recorde.

No mundo, Joseph Stálin era o líder da União Soviética, a Guerra da Coreia estava em seu auge. Durante seu reinado, houve 14 presidentes dos EUA, todos os quais ela conheceu, exceto Lyndon Johnson.

Além disso, ela viu iniciar no Reino Unido a era da informação e uma migração em massa que transformou o país em uma sociedade multicultural. Ao longo de tudo isso, a rainha construiu um vínculo com a nação por meio de uma série aparentemente interminável de aparições públicas ao abrir bibliotecas, hospitais dedicados e homenagear cidadãos merecedores.

Em 9 de setembro de 2015, Elizabeth superou os 63 anos, 7 meses, 2 dias, 16 horas e 23 minutos de reiniado de sua tataravó, a rainha Victoria, tornando-se a monarca mais longeva do país em uma linha que remonta ao rei normando William, o Conquistador, em 1066.

A rainha em foto tirada em 6 de setembro de 2022, antes de receber a nova premiê britânica, Liz Truss  — Foto: Jane Barlow/AP
A rainha em foto tirada em 6 de setembro de 2022, antes de receber a nova premiê britânica, Liz Truss — Foto: Jane Barlow/AP

Elizabeth trabalhou firmemente no crepúsculo de seu reinado. Mas a morte do príncipe Philip, seu marido por mais de 70 anos, em abril do ano passado, lembrou ao Reino Unido que o reinado da rainha, a única monarca que a maioria de seus súditos já conheceu, é finito.

Essa constatação foi o subtexto das celebrações do Jubileu de Platina, em 6 de fevereiro deste ano, quando jornais, noticiários de televisão e até as paredes do palácio se encheram de imagens de Elizabeth, mostrando todas as suas fases ao longo do tempo: de uma jovem rainha glamourosa com coroa e diamantes para uma espécie de avó global conhecida por sua bolsa onipresente e amor por cavalos e cachorros da raça corgi.

 — Foto: Arte Valor
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