França inicia julgamento sobre atentados de Paris de 2015 | Mundo | G1

Por G1


França reforça segurança para julgamento dos acusados pelos atentados de Paris de 2015

França reforça segurança para julgamento dos acusados pelos atentados de Paris de 2015

A França iniciou nesta quarta-feira (8) o julgamento do ataque terrorista mais violento da história do país, seis anos após a noite de horror que terminou com 130 mortos e mais de 350 feridos na capital Paris. Um dos agressores está vivo.

O julgamento do megaprocesso, que tem quase 1,8 mil partes civis envolvidas e 20 réus, começou às 13h17 (horário local, 8h17 de Brasília) no imponente Palácio da Justiça de Paris.

Seis dos acusados serão julgados à revelia, e 12 podem ser condenados à prisão perpétua. O processo é tratado como o "julgamento do século" pela imprensa francesa e deve durar nove meses.

O primeiro momento relevante do julgamento deve começar no final do mês e durar cinco semanas, com os depoimentos dos sobreviventes e de familiares das vítimas. O interrogatório dos réus acontecerá apenas em 2022.

Reforço na segurança

Presente no tribunal, o franco-marroquino Salah Abdeslam, de 31 anos, é o único dos dez terroristas vivo e principal acusado dos atentados de 13 de novembro de 2015.

Usando máscara, Abdeslam sentou-se no banco dos réus cercado por policiais. O esquema de segurança foi reforçado também do lado de fora do tribunal, devido ao risco de uma ameaça terrorista.

A preocupação das forças de segurança após um atentado ser registrado durante o julgamento em 2020 do ataque terrorista à revista satírica Charlie Hebdo (veja no vídeo abaixo).

Quatorze cúmplices foram condenados em dezembro pelo atentado, que deixou 12 mortos e 11 feridos em janeiro de 2015. Os três terroristas foram mortos pela polícia.

Duas pessoas ficam feridas em ataque perto da antiga redação do ‘Charlie Hebdo’, em Paris

Duas pessoas ficam feridas em ataque perto da antiga redação do ‘Charlie Hebdo’, em Paris

Os atentados de 2016

Diferentes grupos terroristas atacaram simultaneamente o Stade de France, na periferia ao norte de Paris, seis cafés e restaurantes da zona leste da capital e a casa de shows Bataclan em 2015.

Os atentados foram o pior ataque em Paris desde a Segunda Guerra Mundial e deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos.

Primeiro, um homem-bomba detonou seus explosivos perto do estádio de futebol, onde acontecia um jogo amistoso entre as seleções da França e da Alemanha. Entre os milhares de torcedores presentes estava o então presidente francês, François Hollande.

Outros dois terroristas continuaram a ação, matando um motorista de ônibus. Na região central da cidade, dois grupos diferentes dispararam contra pessoas que estavam em bares e restaurantes e no Bataclan.

Estado Islâmico

Reivindicados pelo Estado Islâmico, os ataques ocorreram no momento em que uma coalizão internacional lutava contra o grupo terrorista na Síria e no Iraque (e milhares de sírios tentavam chegar à Europa fugindo da guerra).

Quatro anos de investigações permitiram reconstituir grande parte da logística dos ataques e do percurso dos terroristas: eles entraram na Europa por uma rota migratória da Síria e se hospedaram na Bélgica e perto de Paris.

Os investigadores também descobriram uma célula terrorista muito maior, responsável pelos atentados que deixaram 32 mortos no metrô e no aeroporto de Bruxelas em 22 de março de 2016, outro ataque violento da época no continente.

VEJA TAMBÉM:

VÍDEOS: as últimas notícias internacionais

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!