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Quem é Rod Stewart? Conheça a história completa do vocalista

Neste artigo, você descobre quem é Rod Stewart e como o artista conquistou espaço entre os gigantes da música.

Ao longo de mais de 50 anos de estrada, Rod Stewart sempre teve grande respeito no meio do rock. Conhecido tanto com canções autorais quanto por emprestar sua voz a composições alheias, o cantor de voz rouca e cabelos esvoaçados possui uma trajetória singular. Mas, afinal, quem é Rod Stewart?

Rod Stewart em sessão de fotos com blazer azul''
Rod Stewart domina as rádios britânicas desde os anos 70 (Foto: Divulgação)

Seja nas bandas que passou, seja como artista solo, o britânico assinalou várias canções entre os hits de sua cinquentenária carreira. A seguir, você confere essa história completa, com curiosidades, obras de destaque e tudo sobre Rod Stewart. Vamos lá?

Quem é Rod Stewart?

Roderick David Stewart nasceu em 10 de janeiro de 1945, em Londres. Filho de um encanador escocês com uma dona de casa, sonhava com a carreira de jogador de futebol quando criança.

Porém, no começo de sua adolescência, Roddy (como era chamado pelos familiares) descobriu seu flerte com a música e a paixão por diferentes gêneros musicais estadunidenses. Principalmente, blues, rock e soul. Nesse sentido, começou a tocar violão e cantar e, aos 18 anos, percebeu que queria ganhar a vida com uma banda de rock.

O começo na música

Por insistência de sua primeira namorada, o aspirante a rock star foi a um pub londrino assistir a um show de uma iniciante banda de R&B. A atração da noite se chamava The Rolling Stones.

Após a apresentação, o jovem teve a certeza de que o palco era o seu lugar. Portanto, em meados da década de 1960, com o apelido de Rod the Mod, começou a cantar em bandas locais de menor expressão.

Neste mesmo período, como vocalista solo, chegou a gravar o compacto Good Morning Little Schoolgirl, que teve alcance mínimo e atualmente é considerado um item de raridade!

Por onde passou, Rod teve a oportunidade de se moldar como vocalista, aperfeiçoando noções de posicionamento no palco e interação com a plateia, por exemplo.

A formação de uma banda história

Em 1965, Rod conheceu o guitarrista Jeff Beck, que já era famoso por ter tocado no grupo The Yardbirds. Ele buscava integrantes para a nova banda que queria montar.

Ao se lembrar de ter visto Rod the Mod em ação, o guitarrista decidiu convidá-lo para se juntar ao grupo, que já tinha baterista e tecladista. Mas faltava um baixista, e Stewart sugeriu o nome do colega Ron Wood, que foi integrado à banda.

Formou-se, então, o The Jeff Beck Group. Neste novo momento, Rod decidiu deixar de ser Rod the Mod e incorporou o sobrenome de sua família ao apelido de seu primeiro nome. Desde então, nunca deixou de ser conhecido como Rod Stewart.

Com uma química incomum e talentos individuais, o Jeff Beck Group construiu uma reputação formidável. Assim, a banda mesclava a sutileza do blues, a adrenalina do rock, a voz rascante de Rod e as guitarras impecavelmente distorcidas de Jeff.

Dessa forma, propuseram um som que ajudou a influenciar a criação do heavy metal, servindo de inspiração também para bandas do calibre de Led Zeppelin.

Jeff Beck Group, uma banda de primeira grandeza

Eles gravaram dois discos: Truth (1968) e Beck-Ola (1969). O grupo fazia muitos shows, inclusive fora da Inglaterra, e chegou a ser convidado para o festival de Woodstock. Os músicos chegaram a aterrissar nos Estados Unidos, mas os rumores de que Jeff Beck estava sendo vítima de adultério fizeram o grupo cancelar o show.

Naquela mesma época, as divergências entre os integrantes já eram imensas, até que o dono da banda, Jeff, decidiu demitir Rod e Ron. Como o show não pode parar, Rod Stewart e Ron Wood não demoraram para encontrar outra banda de rock para fazerem parte.

A mudança para o The Faces

Certa vez, os integrantes do Small Faces estavam em busca de novos membros para a banda, após a saída do guitarrista e vocalista Steve Marriott. Como os talentos de Rod e Ron eram conhecidos, Ian McLagan (teclado), Ronnie Lane (baixo) e Kenney Jones (bateria) convidaram os dois para integrarem o grupo.

Em seguida, a nova banda enxugou o nome para The Faces. Comparando com o Jeff Beck Group, os Faces faziam um som menos pesado. Ademais, na nova banda, o roqueiro da voz rouca assumiu de uma vez por todas o corte de cabelo esvoaçado, que o acompanha desde então.

A carreira solo e o fim do The Faces

Paralelamente aos trabalhos do grupo, Rod Stewart começou a investir na carreira solo. Seu primeiro álbum individual, An Old Raincoat Won’t Ever Let You Down (1969), foi lançado antes mesmo do disco de estreia dos Faces, First Step (1970).

Ademais, em 71, a banda lançou o disco Long Player, enquanto Stewart lançou sozinho o álbum Every Pictures Tells a Story. Dentre as faixas, uma das canções mais emblemáticas de sua carreira, Maggie May.

No ano de 1975, com a carreira solo rumando cada vez para o estrelato, Rod Stewart se mudou para Los Angeles. Ao mesmo tempo, os integrantes da banda foram encontrando novos rumos, até que o The Faces chegou ao fim.

Os altos e baixos e altos do estrelato

Definitivamente longe dos Faces, Rod Stewart passou a lançar uma série de discos bem sucedidos nas paradas de sucessos. Nesse sentido, emplacou diversos hits, como Sailing, Tonight’s The Night, Hot Legs e You’re in my Heart.

No ápice da disco music, o álbum Blondes Have More Fun (1978) foi o marco inicial para uma série de trabalhos errantes de Rod. Nesta fase, o artista deixou de explorar as típicas facetas blues, rock e soul e seguiu para o pop dançante, perfeito para tocar em boates.

Apesar de vender bem, o trabalho foi execrado pela crítica e também pelos fãs mais tradicionais. Para piorar, a obra deu ao cantor sabor agridoce do sucesso Da ya Think I’m Sexy?: a faixa tocou no mundo inteiro, mas rendeu uma acusação de plágio por parte do brasileiro Jorge Ben Jor.

Sem titubear, Stewart reconheceu o plágio inconsciente – quando não há intenção de copiar à risca uma obra – e doou parte da arrecadação da música a uma campanha da UNICEF.

A guinada sonora dançante de Rod, de fato, durou até meados dos anos 80. Por mais que tivessem resquícios do estilo antigo, seus trabalhos carregavam o pop em sua essência.

Então, o cantor lançou o famigerado Camouflage (1984), que, mesmo contando com as guitarras de Jeff Beck em várias faixas, não conseguiu recolocar a discografia nos trilhos. Em contrapartida, algumas canções conseguiram agradar aos fãs mais roqueiros do artista. Por exemplo, Some Guys Have All The Luck, My Girl, How Long, Young Turks e Baby Jane.

O retorno às raízes

Em 1985, Rod Stewart foi uma das principais atrações da primeira edição do Rock in Rio. Coincidentemente ou não, a atmosfera roqueira do evento trouxe novas aspirações ao artista.

Isso porque, depois do Rock in Rio, o cantor desistiu de fazer música de discoteca e voltou a caminhar pelo rock and roll. Assim, o álbum Every Beat of My Heart (1986) selou as pazes entre Stewart e suas tradições sonoras.

Para completar, o álbum Out of Order (1988) mostrou o lado mais roqueiro de Rod em muitos anos. Dessa maneira, ele fechou a década de 1980 com chave de ouro!

A era de releituras

No começo dos anos 90, Rod desprendeu-se das composições e resgatou seus dias de intérprete. Segundo suas próprias palavras, passou a “alugar a voz para compositores”, em um jejum criativo que durou duas décadas.

O artista abraçou também o conceito dos álbuns revisionistas. Assim, o projeto The Great American Songbook apresentou versões de Rod para clássicos da era pré-rock da música estadunidense. Somando os quatro primeiros volumes, a série de discos vendeu mais de 22 milhões de exemplares mundo afora.

Ciente do sucesso de suas releituras, Rod Stewart continuou do universo das regravações. Primeiramente, trabalhou em clássicos do rock no álbum Still The Same… Great Rock Classics of Our Time (2006) e, depois, hinos da soul music com Soulbook (2009). Além disso, colocou no mercado um álbum natalino, Merry Christmas, Baby (2012).

A vida pessoal de Rod Stewart

Além das poucas composições, Rod Stewart passou por inúmeros problemas pessoais. Primeiramente, na década de 90, perdeu os pais e amargou divórcios.

Como se não bastasse, em 2000, descobriu que estava com câncer de tireóide, doença que o obrigou a submeter-se a uma cirurgia próxima às cordas vocais.

Porém, o cantor também pôde colher alguns louros neste período de sua vida. Confira fatos marcantes da história de Rod Stewart:

  • Entrou para o Guinness Book por ter cantado para 3,5 milhões de pessoas na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro no Réveillon de 1994;
  • Ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, em 2004;
  • Entrou para o Hall da Fama do Rock duas vezes, em razão de sua carreira solo e também com o The Faces, em 1994 e 2012, respectivamente;
  • Conquistou o Grammy de Melhor Cantor Masculino em 2005;
  • A Rainha Elizabeth II concedeu a Rod o título de Comandante do Império Britânico em 2006.

Quebrando silêncio e ainda no topo

Em 2012, Rod Stewart escancarou a vida de rock star em uma autobiografia. O artista cumpriu o propósito de lançar um livro contando a própria história sem omitir nada.

Com riqueza de detalhes, ele narra, por exemplo, o episódio que envolve a adoção de sua filha. Além disso, contou dos problemas que teve com cocaína e uma série de relacionamentos que não tiveram desfechos felizes, sobretudo por sua infidelidade.  

O processo de escrita do livro despertou no artista a vontade e a motivação para voltar a compor. Após duas décadas sem trabalhos musicais autorais, Rod Stewart estava pronto para registrar no disco Time (2013) canções escritas a próprio punho.

Tais obras levaram seu nome novamente ao lugar mais alto das paradas de vendas britânicas, posto que não ocupava havia mais de trinta e cinco anos.

Se você curtiu conhecer a história completa deste nome lendário da música mundial e descobrir quem realmente é Rod Stewart, compartilhe este artigo! Dessa maneira, mais pessoas interessadas no assunto poderão conferir detalhes desta trajetória única.

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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