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Onde se meteu a mulher de Zelensky? A nova vida de Olena e dos filhos, afastados do líder ucraniano, para fugir de Putin - The Mag - FLASH!
Os dias felizes de Olena e Volodymyr Zelensky, longe da ideia da guerra
A primeira-dama da Ucrânia não tem problemas em assumir que a sua vida familiar "nunca mais será a mesma". Longe do marido por razões de segurança há dois meses, Olena Zelenska está escondida num local seguro com os dois filhos, Oleksandra, de 17 anos, e Kyrylo, de 9.
Na manhã de 24 de fevereiro, Olena acordou com o barulho do início da guerra, viu o marido de fato pela última vez, a afirmar: "Começou". "O que devemos fazer com as crianças?", questionou a primeira-dama ucraniana. "Espera", respondeu Volodymyr Zelensky, "depois digo. Mas por salvaguarda, reúne algumas coisas essenciais e os documentos", continuou, segundo Olena em entrevista à ‘Vogue’.
Naquele momento, a ex-guionista e ex-arquitecta de 44 anos ainda acreditava que a família continuaria junta, mas ela e os filhos não puderam mudar-se para o mesmo local onde está Zelensky. O presidente ucraniano tem sido aberto sobre a sua localização. Esta quinta-feira, 28,voltou a mostrar-se em Kiev ao receber o secretário-geral da ONU, António Guterres. Olena tem este assunto mais resguardado.
Determinada a manter o interesse na guerra presente na imprensa internacional, a antiga guionista tem dado entrevistas a várias publicações, mas por mensagens de texto – evitando quando pode as videochamadas e telefonemas, de acordo com o site ucraniano ‘Segodnya’.
"No início [da guerra], não havia tempo para emoções. Era preciso cuidar das crianças, dos seus estados emocionais. Por isso, tentei ser confiante, sorridente, enérgica, explicando-lhes que, sim, é necessário ir para a cave e é por isso que não se pode acender a luz. Tentei responder com otimismo à pergunta deles: ‘Quando é que podemos ver o pai?’. ‘Em breve.’ Naqueles primeiros dias, esperava que pudéssemos ficar com ele. Mas o escritório do presidente tornara-se uma instalação militar e os meus filhos e eu fomos proibidos de ficar lá. Recebemos ordens para nos mudarmos para um lugar seguro – se na Ucrânia for possível encontrar um lugar seguro agora... Desde então, temos comunicado com o Volodymyr apenas por telefone", relatou naquela mesma entrevista à ‘Vogue’.
"No início [da guerra], não havia tempo para emoções. Énecessário ir para a cave e é por isso que não se pode acender a luz."
Olena não conta nas entrevistas o dia em que ainda estava no palácio de Mariinsky, a residência oficial da família do presidente, quando tropas russas tentaram invadir a zona, que também tem próximo o edifício do parlamento. A história foi contada esta quinta-feira na revista ‘Time’.
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"Ao anoitecer naquela primeira noite, tiroteios eclodiram à volta do bairro do governo. Guardas dentro do edifício apagaram as luzes, trouxeram coletes à prova de balas e armas para Zelensky e para cerca de uma dúzia dos seus assessores. Apenas alguns deles sabiam como usar as armas. Um deles era Oleksiy Arestovych, um veterano do serviço de inteligência militar da Ucrânia. ‘Era um hospício absoluto’, disse-me. ‘Automáticas para todos.’ As tropas russas, disse ele, fizeram duas tentativas de invadir o local. Zelensky mais tarde disse-me que a sua mulher e os filhos ainda estavam lá na altura".
Além da preocupação com o marido, que viu transformar-se com a vestimenta militar, a primeira-dama tenta encontrar outros parentes, de quem perdeu o rasto, e mudou a linguagem nas redes sociais. Deixou de tentar vender a imagem da vida feliz nos corredores da política para fazer pedidos de ajuda às crianças da Ucrânia.
E A NOVA VIDA DOS FILHOS?
A primeira-dama ucraniana e Volodymyr Zelensky sempre se esforçaram para proteger a imagem de Oleksandra e Kyrylo para que pudessem viver longe dos holofotes do pai, um antigo humorista com um programa de televisão.
"Quero que sejam eles a escolher como querem viver", contou numa entrevista antiga à ‘Vogue’, antes de imaginar que ia enfrentar uma guerra. "A minha filha mais velha, no entanto, já atuou em filmes, mas espero que ela não queira fazer disto o seu modo de vida. O mais novo ainda tem a hipótese de ter uma infância normal: brincar com os meninos da sua idade, praticar desporto, frequentar a escola de música sem chamar atenção desnecessariamente".
Não se sabe como as crianças estão a manter alguma normalidade neste cenário de guerra, como estudar e praticar desporto e música. Olena, contudo, faz questão de referir nas entrevistas recentes que os filhos continuam ao seu lado.
"A minha filha mais velha, no entanto, já atuou em filmes, mas espero que ela não queira fazer disto o seu modo de vida. O mais novo ainda tem a hipótese de ter uma infância normal: brincar com os meninos da sua idade"
"A nossa filha mais velha busca informações por conta própria – e entende tudo tão bem quanto eu. Conversamos sobre o que está a acontecer. O nosso mais novo também percebe que a Ucrânia está a lutar pela sobrevivência. Ele faz desenhos de guerra – acho horrível. Gostaria que ele pudesse desenhar outra coisa. Sonho com o dia em que ele voltará a desenhar o Batman e o Homem- Aranha novamente. Mas fiquei impressionada com os quão bem os meus filhos comportaram-se nos primeiros dias da invasão", disse ao alemão ‘Zeit’.
Nos primeiros dias, contou, os filhos eram organizados e disciplinados. Não fizeram perguntas desnecessárias e fizeram o que tinham que fazer muito rapidamente. Estavam bem em dormir com a mesma roupa por vários dias seguidos. Uma noite eu estava tão cansada que adormeci com a sirene. O meu filho acordou-me com muita calma e disse: ‘Mãe, temos que voltar para a cave novamente. Acorda. Pode dormir mais tarde."
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