O ator Robert Downey Jr., de 58 anos, conquistou o seu primeiro Oscar, na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, nesse domingo (11), por sua interpretação como Lewis Strauss em Oppenheimer, de Christopher Nolan. Antes de ser consagrado em Hollywood, o eterno Homem de Ferro, que agora tem em sua estante um dos prêmios mais importante do cinema, teve um passado turbulento.
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Robert tem uma longa história contra a dependência química e o alcoolismo. Ainda na infância, o ator provou um cigarro de maconha dado por seu pai, o diretor de cinema chamado Robert Downey. “Quando meu pai e eu nos drogávamos juntos, era como se ele tentasse expressar seu amor da única forma que sabia”, explicou o ator no livro The New Breed: Actors Coming of Age, de 1988.
O ator cresceu “em uma família em que todos usavam drogas e tentavam ser criativos”, com muita maconha e cocaína por perto. Momentos antes de seus problemas se tornarem públicos, ele era visto pela imprensa internacional como "o melhor ator de sua geração".
1996
Em 1996, Robert foi preso por direção sob efeito de cocaína e com heroína e uma Magnum 357 em seu porta-luvas. Um mês depois da prisão, ele entrou na casa errada e foi sentenciado a três anos. Na época, a ligação da moradora à polícia vazou à imprensa, e foi possível ouvir na gravação o ronco de Downey Jr., que dormia no local. O prestígio de Robert, então, começou a cair.
Ele contou com a ajuda dos amigos Sean Penn e Dennis Quaid, que o encaminharam a um centro de reabilitação. No entanto, ele não ficou muito tempo no local e fugiu pela janela do banheiro. O artista foi encontrado em Malibu, já sob efeitos de drogas, e dirigindo seu Porsche.
“Às vezes, quero sair para comprar de tudo. Em outras, só quero ver esportes, me masturbar e tomar sorvete. Mas isso não significa que esteja deprimido ou que seja um maníaco. Fui diagnosticado com transtorno psicológico por um médico que não sabia que eu fumava crack em seu banheiro. Você não pode fazer um diagnóstico enquanto o paciente não estiver sóbrio”, explicou em entrevista à Esquire.
1997, 1999 e os anos 2000
Um ano depois, o astro de Hollywood não compareceu a uma reunião antidrogas, e foi condenado a 113 dias de prisão. Em 1999, ele não foi a uma nova reunião, e condenação aumentou: 3 anos.
Após cumprir a pena, Robert conseguiu um trabalho, uma aparição na série Ally McBeal: Minha Vida de Solteira. A aparição rendeu um prêmio no Globo de Ouro de Melhor Ator (coadjuvante/secundário) em televisão, em 2001.
Em novembro de 2000, Robert foi preso mais uma vez, em um hotel, com anfetaminas e cocaína. Meses depois da nova prisão, ele foi encontrado no que seria um momento crítico de sua vida: em uma rua com ratos, demitido de seus trabalhos, e deixado por Deborah Falconer, sua então esposa, que levou embora o filho do casal, Indio, nascido em 1993.
Com a ajuda de Elton John, que o escalou para o clipe de I Want Love, e de Mel Gibson, que pagou um seguro para o ator protagonizar Crimes de Um Detetive, de Keith Gordon, ele foi se restabelecendo em Hollywood.
Dia da Independência de 2003
No Dia da Independência, em 2003, Downey Jr. deu um passo importante contra as drogas: jogou no mar todos os entorpecentes que tinha para uso, durante passeio pela costa do Pacífico. Com isso, se reaproximou de sua trajetória de vitórias no mundo da fama.
"Trabalho é sair dessa caverna. Um monte de gente sai, mas não muda. Então, a coisa é sair e reconhecer a importância da negação agressiva de seu destino, em que se sai mais forte. Mas eu nem sei se essa foi a minha experiência. Mas tantas coisas tornaram-se menos certas. Juro por Deus: eu não sou a minha história", Robert em entrevista para a Vanity Fair.