A gala da pornografia - Expresso
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Opinião

A gala da pornografia

A gala da pornografia

Clara Ferreira Alves

Escritora e Jornalista

Como no poema de William Butler Yeats, o centro não segura os extremos e o caos desce sobre o mundo

Ninguém vivo esteve presente ao tempo em que o império romano deslizava para o que convencionamos chamar a decadência do dito. A Roma dos Augustos acabara nos desvios, loucuras e perfídias dos Calígulas e Neros. Uma construção que dominara o mundo e que nos legou a nossa civilização, o famoso Ocidente, descontrolada por excessos de poder, abundância, nepotismo e despotismo, e vigiada de perto pelas hordas de inimigos às portas do império, foi vencida com estrondo e humilhação. Os bárbaros entraram.

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