Em frente ao Palácio de Buckingham, as amigas britânicas perguntaram ao repórter o que tinha acontecido. “Nossa, que notícia triste. Eu fico pensando na rainha... E achei que o Philip estivesse bem. Ele tinha saído do hospital havia pouco tempo, né?”, diz.

Foi há menos de um mês, quando o Duque de Edimburgo recebeu alta depois de quatro semanas internado para tratar uma infecção e fazer um procedimento cardíaco. Foi a última vez em que Philip foi visto em público.

A notícia nesta sexta-feira (9) veio em um comunicado: “É com profunda tristeza que sua majestade, a Rainha, anuncia a morte de seu amado marido. Ele morreu em paz nessa manhã no Castelo de Windsor. A família real se junta a pessoas do mundo todo no luto por essa perda”.

A morte do Príncipe Philip, companheiro de tantos anos da Rainha Elizabeth II, foi anunciada pelo Palácio de Buckingham. Era meio-dia no horário de Londres. Imediatamente, muitas pessoas foram para lá. E gente de várias idades.

“Ele sempre estimulou muito o trabalho voluntário. O legado fica para todas as idades”, diz um britânico de 21 anos.

“A gente vê filme, é uma história, uma coisa que marca a vida do mundo todo, e a gente como brasileiro sempre acompanhou, sempre viu”, diz a dona de casa Marilene Comelli.

Durante o dia, o governo britânico precisou pedir que as pessoas não fossem para porta dos palácios, para não ter aglomeração.

Líderes de dezenas de países e a ONU mandaram condolências uma palavra de carinho especialmente para rainha. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, falou que o companheiro de Elizabeth ajudou a manter a monarquia como uma ''instituição vital'' no país.

O príncipe Harry e a duquesa de Sussex, Meghan Markle, que recentemente abandonaram suas funções na família real, escreveram no site deles: “Você vai fazer muita falta”.

A data do sepultamento ainda não foi confirmada. O Reino Unido vai ficar de luto até lá, com bandeiras a meio mastro. Mesmo sabendo que poderia ter a um funeral com honras de Estado, Phillip sempre deixou claro que queria uma cerimônia mais simples. E assim será, ainda mais por causa da pandemia.

O sino da Abadia de Westminster, onde Philip e Elizabeth se casaram 76 anos atrás, badalou 99 vezes nesta sexta - uma para cada ano de vida do príncipe.