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George Soros: o homem que quebrou o Banco da Inglaterra

Ele já teve fama de especulador financeiro e ficou conhecido mundialmente por “quebrar” o banco da Inglaterra. De quem estamos falando? Do emblemático George Soros, o megainvestidor que é uma história viva, deixando um legado de cifras bilionárias e teorias que poucos foram capazes de atingir.

Quer conhecer a trajetória desse homem que é sinônimo de sucesso no mundo dos negócios? Então continue lendo este post!

Saiba quem é George Soros

Em seus primeiros anos de vida, George Soros chamava-se György Schwartz. No entanto, seu pai, que combateu na Segunda Guerra Mundial e era judeu, decidiu adotar um novo nome que não fizesse relação ao judaísmo. Assim, surgiu a trajetória do megainvestidor, que teve no pai a imagem de um herói.

Nascido na Hungria, no dia 12 de agosto de 1930, Soros viu o país ser dominado pela União Soviética em constantes conflitos que o levou a mudar-se para Londres, onde estudou Economia.

Foi um estudante obstinado e, antes de se tornar bilionário, sempre apostou alto no mercado de câmbio, financiando organizações que promoviam lutas progressistas ao redor do mundo.

Inclusive, grande parte da fama de George Soros vem justamente das teorias defendidas ao longo de sua trajetória profissional, sendo muitas conspiratórias.

Críticas à economia livre

Soros sempre defendeu a criação de um governo único no planeta, com foco no multiculturalismo. Manteve um ponto de vista crítico em relação à economia livre, principalmente após a crise de 2008, com fortes comentários contrários aos títulos.

Nesse sentido, escreveu livros e formulou teorias, sempre demonstrando um conhecimento aprofundado de filosofia. Entre suas defesas, destaca-se a Teoria da Reflexividade, revelando a eficiência de mercados.

Apesar de não receber tanta credibilidade dentro das universidades, ela foi preponderante para auxiliar nosinsights de inúmeros investidores.

Soros também ficou muito conhecido em razão de suas caridades, que chegaram a atingir mais de US$ 32 bilhões, representando 79% das suas riquezas, principalmente para o Open Society Foundation, sempre priorizando o combate à pobreza.

O homem da “Quarta-feira negra”

George Soros criou também a Quantum Group Funds, com mais de US$ 25 bilhões em ativos, além de ter faturado US$ 1 bilhão com o fato que ficou conhecido como “Quarta-feira negra”.

Ela aconteceu em 1992, sendo conhecida também como a quebra do banco da Inglaterra. E tudo foi reflexo da aposta do investidor contra a libra esterlina. Afinal, ele sempre adotou uma postura de estudo, profundas análises e muita intuição nas tomadas de decisões; tudo reflexo das métricas.

Assim, inúmeras de suas previsões se tornaram realidade, incluindo a queda do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

No caso da quebra do banco, Soros foi protagonista em um dos casos mais emblemáticos do mercado financeiro.

Baseado em suas análises de que a moeda inglesa estava supervalorizada, ele e outros investidores tomaram uma decisão bem arriscada: eles entraram vendidos no ativo, com US$ 10 bilhões, tendo US$ 9 bilhões adquiridos por meio de empréstimos.

Suas previsões foram preponderantes para todos acertarem em cheio na grande aposta: o governo britânico manteve a libra em uma determinada taxa, mesmo com os níveis de desemprego nas alturas.

Assim, Soros e seus colegas perceberam que o valor da libra esterlina cairia, principalmente após um anúncio do governo alemão de que o país teria que cortar os juros em razão da pressão sofrida por algumas moedas europeias.

Foi o que Soros precisava. Assim que percebeu o movimento, construiu uma posição vendida de mais de US$ 1,5 bilhão, apostando que o valor da libra cairia. E foi exatamente o que aconteceu.

Aproveitando a oportunidade, o Quantum Fund começou a vender as libras adquiridas, obtendo mais de US$ 1 bilhão de lucros, tudo somente para George Soros.

O fim da política monetária do Banco da Inglaterra também ficou conhecida como a “Quarta-feira negra”, fazendo com que o prestígio de Soros aumentasse ainda mais. Aí ele sempre era visto como o “homem que quebrou o banco da Inglaterra”.

O colapso sofrido pela instituição foi tão forte que nem mesmo as ajudas oferecidas pelos Bancos Centrais da Inglaterra, França, Alemanha, Espanha e Bélgica foram suficientes para conter o desastre.

Dedicação com os ativos

Da mesma forma que quase quebrou o banco da Inglaterra, George Soros sempre foi altamente dedicado em suas análises. Assim, ele geriu o próprio fundo, com um retorno médio de 20%, porcentagem que é vista como uma das mais rentáveis da história em sua época de atuação.

Sempre com atitudes arriscadas, Soros também amargou algumas derrotas. Muitas, catastróficas. Ele chegou a perder US$ 600 milhões em apenas um dia quando apostou pesado no dólar contra o yen, isso em 1994.

Admitindo o erro, ele divulgou o fracasso e afirmou que conseguiria reverter a situação, com o seguinte mote: “vamos mostrar às pessoas que nós somos humanos”.

Filosofia de investimentos

Uma das características de George Soros é uma visão crítica bem distante da opinião da maioria dos economistas e gestores de fundo.

Para ele, o mercado é caótico e há dúvidas sobre sua eficiência. Em sua teoria da Reflexividade, Soros afirma que nem sempre as pessoas tomam atitudes racionais, deixando a emoção falar mais alto, o que atrapalha nos negócios.

Por isso, segundo essa teoria, o mercado reflete as particularidades das pessoas, fazendo com que os preços das ações e títulos sejam possíveis reflexos das emoções, sendo um aspecto negativo nas tomadas de decisões.

Seguindo a análise de Soros, as oportunidades devem ser baseadas em estudos minuciosos, sempre com a premissa de que os vieses dos investidores afetam tanto o mercado quanto a economia.

Portanto, a subjetividade acaba tendo um impacto negativo nos eventos mercadológicos, principalmente na visão dos investidores. Apesar de haver apenas uma realidade externa, Soros defende em sua teoria que há diferentes visões subjetivas.

Filantropia como carro chefe de Soros

Soros também valorizou imensamente os investimentos filantrópicos, inclusive para governos e causas de esquerda. Por isso, já esteve na mira de políticos conservadores.

Entre suas doações, destacam-se bolsas de estudos, como pela Open Society, para estudantes da África do Sul, redes de internet para universidades russas, sem falar na doação de quantias significativas para a Bósnia pós massacre de Sarajevo.

Atitudes que o fizeram ser acusado de financiar a entrada de imigrantes nos EUA e também na Europa, sempre sendo alvo de pessoas que fazem parte de teorias da conspiração.

Aliás, George Soros também é visto como inimigo aqui no Brasil por grupos de extrema direita. Mas ele sempre se manteve convicto das suas escolhas.

Em 2003, foi um dos maiores doadores para a campanha da candidata democrata norte-americana, Hillary Clinton, ocasionando em vários ataques por parte de Donald Trump.

Futuros projetos

Apesar dos 92 anos de idade, George Soros continua ativo e, agora, seus projetos estão direcionados em uma rede acadêmica chamada Open Society University Network, sendo apresentada no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2020, “como a mais importante da sua vida”.

A ideia é integrar estudantes e professores de vários países em uma plataforma com cursos de graduação e pós-graduação.

Portanto, George Soros é um investidor altamente conceituado, estando ao lado da galeria da fama do mundo dos negócios, estando lado a lado com outros míticos, como Warren Buffet e Larry Fink. Assim, sempre será respeitado e ouvido até mesmo por seus críticos mais ferrenhos. Afinal, as suas lições permanecerão pela eternidade.

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