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Toyotismo: o que é, origem, características e princípios

3 de maio de 2023
Toyotismo: o que é, origem, características e princípios
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Escrito porBárbara Liz

O toyotismo é um modelo de produção industrial que revolucionou a forma como as empresas produzem e gerenciam seus processos produtivos. Desenvolvido pela Toyota, esse modelo se diferenciou do antigo modelo de produção em massa, conhecido como fordismo, trazendo mais flexibilidade, eficiência e foco no cliente.

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O que é Toyotismo?

O modelo de produção do Toyotismo se baseia em uma série de princípios e técnicas de gestão desenvolvidos na década de 1950, no Japão, pela Toyota Motor Corporation, uma montadora de automóveis japonesa. 

O sistema foi criado pelos engenheiros japoneses Taiichi Ohno, Shingeo Shingo e Eiji Toyoda, que buscavam criar um modelo de produção mais eficiente e flexível, como alternativa ao modelo Fordista, que era dominante na produção industrial do Ocidente.

Contudo, o Toyotismo só começou a ganhar destaque mundial na década de 1970, quando as montadoras japonesas começaram a competir com as montadoras americanas e europeias no mercado global. Desde então, este modelo tem sido estudado e adotado por diversas empresas em todo o mundo.

Origem do Toyotismo

As origens e os motivos da criação do Toyotismo estão diretamente relacionados à história e às necessidades da Toyota. Na década de 1950, a Toyota era uma empresa relativamente pequena e pouco competitiva, que enfrentava diversos problemas de produção, como baixa eficiência, altos custos e qualidade inconsistente.

Dessa forma, uma das principais motivações por trás do desenvolvimento do Toyotismo foi a necessidade de aumentar a competitividade da Toyota no mercado.

Para isso, Ohno, Shingo, Toyoda e sua equipe buscaram implementar um modelo de produção mais eficiente e flexível, que permitisse produzir apenas o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário.

Além disso, na década de 1970, as montadoras americanas e europeias que adotavam o modelo de produção em massa, como o Fordismo, enfrentaram uma grande crise em decorrência do aumento dos preços do petróleo e da queda da demanda por automóveis.

Nesse contexto, o Toyotismo se destacou como um modelo de produção mais adaptável às mudanças do mercado.

Em vez de produzir em larga escala e manter grandes estoques, como fazia o Fordismo, o Toyotismo adotava uma produção enxuta. Isso permitia que a empresa se adaptasse mais rapidamente às mudanças do mercado e evitasse os custos de manter grandes estoques.

Por fim, o Toyotismo foi uma tentativa de melhorar a qualidade dos produtos da Toyota. Ohno observou que, ao contrário do que acontecia na produção em massa, em que a qualidade era verificada apenas no final do processo, seria necessário criar um sistema de produção que permitisse detectar e corrigir os defeitos o mais cedo possível. 

Foi assim que surgiu o sistema de controle de qualidade total, que se tornou uma das principais características do Toyotismo.

Características do Toyotismo

As principais características do Toyotismo incluem:

  • a produção flexível;
  • a customização dos produtos;
  • a eliminação dos estoques;
  • a gestão visual;
  • e a melhoria contínua. 

Ao contrário do modelo Fordista, que era baseado na produção em massa, o Toyotismo se baseia na produção em pequenos lotes, de acordo com a demanda do mercado. Isso permite uma maior adaptação aos clientes e uma redução dos custos de estoque e de produção.

Por fim, a participação dos trabalhadores é uma outra característica importante do Toyotismo, que valoriza a opinião e o conhecimento dos trabalhadores na melhoria dos processos de produção. Isso é feito por meio do uso de equipes de trabalho multifuncionais e da criação de um ambiente de trabalho participativo e colaborativo.

Princípios do Toyotismo

Toyotismo: o que é, origem, características e princípios

Just in Time (JIT)

O Just in Time é um sistema de produção que busca produzir apenas o que é necessário, quando é necessário e na quantidade necessária. Isso permite reduzir os custos de produção, eliminar os estoques excessivos e melhorar a eficiência do processo produtivo.

Kaizen

O Kaizen é um sistema de melhoria contínua que busca identificar e eliminar todos os tipos de desperdício e ineficiência no processo produtivo. Isso permite melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a eficiência da produção.

Autonomation

A Autonomation é um processo de automação que busca permitir que as máquinas identifiquem e corrijam automaticamente os problemas no processo produtivo, sem a necessidade de intervenção humana. Isso permite reduzir os erros e melhorar a eficiência do processo.

Trabalho em equipe

O Toyotismo valoriza o trabalho em equipe e a participação dos trabalhadores em todo o processo produtivo. Isso permite que os trabalhadores identifiquem e solucionem problemas, contribuindo para a melhoria contínua do processo.

Flexibilidade

O Toyotismo busca ser flexível e adaptável às mudanças do mercado, permitindo que a empresa se ajuste rapidamente às variações na demanda e nas condições econômicas.

Diferença entre Fordismo e Toyotismo

O Fordismo e o Toyotismo são dois modelos de produção que apresentam diferenças significativas em suas abordagens e práticas. Algumas das principais diferenças entre esses modelos são:

TópicosFordismoToyotismo
OrigemO Fordismo teve origem nos EUA, no início do século XX, na fábrica da Ford Motor Company.O Toyotismo teve origem no Japão, na fábrica da Toyota, nos anos 30.
Sistema de ProduçãoO Fordismo é baseado na produção em massa, com alto volume de produção, padronização e especialização do trabalho.O Toyotismo é baseado na produção enxuta, com foco na qualidade, flexibilidade, redução de desperdício e envolvimento dos trabalhadores.
EstruturaO Fordismo é caracterizado por uma estrutura verticalizada, com hierarquia clara e centralização das decisões.O Toyotismo tem uma estrutura descentralizada, com equipes multifuncionais e participação ativa dos trabalhadores na tomada de decisões.
FlexibilidadeO Fordismo é caracterizado por uma baixa flexibilidade, com pouca capacidade de adaptação às mudanças de demanda ou às necessidades dos clientes.O Toyotismo é caracterizado por uma alta flexibilidade, com capacidade de resposta rápida às mudanças de demanda ou às necessidades dos clientes.
Divisão do TrabalhoO Fordismo é caracterizado por uma divisão do trabalho rígida e especializada, com cada trabalhador realizando uma tarefa específica e repetitiva.O Toyotismo é caracterizado por uma divisão do trabalho flexível e multifuncional, com os trabalhadores realizando várias tarefas e sendo incentivados a contribuir com ideias para melhorias do processo.
ProdutosO Fordismo produz produtos padronizados em grande quantidade, com pouca variação e personalização.O Toyotismo produz produtos diversificados e personalizados, com maior flexibilidade para atender às demandas dos clientes.
SaláriosNo Fordismo, os salários eram fixos e baseados na produção, ou seja, quanto mais se produz, mais se ganha.No Toyotismo, os salários são variáveis e baseados na qualificação do trabalhador, incentivando o desenvolvimento de novas habilidades e o aprendizado contínuo.
EstoquesNo Fordismo, os estoques são altos, pois são produzidos em grande quantidade para atender à demanda prevista.No Toyotismo, os estoques são baixos, com produção sob demanda e redução do desperdício.
Enfoque no ClienteNo Fordismo, o enfoque no cliente é baixo, com pouco espaço para personalização e adaptação às necessidades individuais.No Toyotismo, o enfoque no cliente é alto, com maior flexibilidade para atender às necessidades e demandas dos clientes.
Hierarquia OrganizacionalO Fordismo tem uma hierarquia organizacional rígida e centralizada, com tomadas de decisão feitas por poucas pessoas.O Toyotismo tem uma hierarquia organizacional flexível e horizontal, com equipes multifuncionais e participação ativa dos trabalhadores na tomada de decisões.


Exemplos de empresas que adotaram o Toyotismo

Diversas empresas ao redor do mundo adotaram os princípios do Toyotismo em suas operações. Algumas das empresas mais conhecidas que utilizam essa filosofia de produção são:

  • Toyota: como criadora do Toyotismo, a Toyota é a empresa que mais utiliza esses princípios em sua produção, sendo referência em termos de eficiência e qualidade.
  • Dell: a Dell adotou o modelo de produção enxuta inspirado no Toyotismo em sua fábrica em Austin, Texas, nos Estados Unidos. Essa mudança permitiu reduzir o tempo de produção, eliminar estoques desnecessários e melhorar a qualidade dos produtos.
  • Harley-Davidson: a fabricante de motocicletas adotou o sistema de produção enxuta baseado no Toyotismo em suas operações, o que permitiu reduzir o tempo de produção em 36% e aumentar a eficiência da fábrica.
  • Intel: a Intel adotou os princípios do Toyotismo em sua fábrica de semicondutores em Dalian, na China. Essa mudança permitiu reduzir os custos de produção e melhorar a qualidade dos produtos.

Críticas ao Toyotismo

Apesar de ser considerado um modelo de produção eficiente e bem-sucedido, o Toyotismo também recebeu críticas ao longo dos anos. Algumas das principais críticas são:

  • Ritmo de trabalho excessivo: um dos principais desafios do Toyotismo é manter um ritmo de trabalho intenso para garantir a eficiência da produção, o que pode levar a sobrecarga e exaustão dos trabalhadores.

  • Pressão por redução de custos: o sistema de produção enxuta baseado no Toyotismo coloca uma grande pressão sobre os custos de produção, o que pode levar a cortes excessivos de gastos e redução de investimentos em áreas importantes, como segurança e treinamento de funcionários.

  • Falta de inovação: a ênfase na eficiência e na produção em massa pode levar a uma falta de inovação e criatividade, já que o foco está em produzir produtos padronizados e em grande volume.

  • Trabalho precarizado: em algumas empresas, a adoção do Toyotismo pode levar à precarização do trabalho, com a contratação de trabalhadores temporários ou terceirizados, que recebem salários mais baixos e têm menos benefícios.

  • Desumanização do trabalho: o Toyotismo pode levar à desumanização do trabalho, com a redução da interação humana na produção e o foco exclusivo na eficiência e no lucro, o que pode afetar negativamente a motivação e a satisfação dos trabalhadores.

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