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Francisco I, rei de França
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Monarca francês, nascido a 12 de setembro de 1494, em Cognac, este Valois sucedeu a Luís XII, o último Orleãns, em 1515. A sua mãe, Luísa de Saboia, e a sua irmã mais velha, Margarida de Navarra influenciaram a sua educação e continuaram muito próximas de si durante o seu reinado. A sua primeira mulher foi Cláudia de França, filha do já referido Luís XII, que não teve filhos varões.
Em 1515, em defesa do ducado de Milão, que desejava conquistar de Maximiliano Sforza, Francisco I derrotou de forma estrondosa as forças suíças na sangrenta batalha de Marignano e entra triunfalmente na cidade. Na sequência dessa vitória, o Papa Leão X cede à França Viterbo, Parma e Placência e assina a Concordata de 1516 que sujeita a Igreja de França ao rei. Em 1519 foi candidato ao trono do Sacro Império Romano, perdendo para Carlos de Habsburgo contra quem lança e dirige diversas campanhas militares, para as quais tentou trazer, sem sucesso, o apoio de Henrique VIII de Inglaterra, com quem se encontrou no "Campo do Pano de Ouro" (Champs du Drap D'Or) em 1520; em 1525 é derrotado e capturado em Pavia; preso em Espanha, foi resgatado e regressou a França em 1527, retomando a luta de imediato. Em 1529 os dois monarcas celebram a paz e Francisco casa em segundas núpcias com a irmã do imperador, Eleanora. Entre 1536-1538 e 1542-1544 reacendem-se as hostilidades entre os dois rivais e Francisco, católico, não hesitou em aliar-se aos alemães protestantes e e aos turcos otomanos.
Este facto, particularmente no que diz respeito aos protestantes, não deve surpreender; nos anos vinte, por influência de sua irmã, o monarca simpatizava com alguns aspetos do protestantismo, em especial no que se refere à dimensão humanista deste movimento. Contudo, por volta de 1530, abandonou a anterior tolerância, e promoveu perseguições aos protestantes franceses com o apoio do Papado e garantindo um cada vez maior controlo da Igreja de França.
A guerra com o Império implicou extensas reformas a vários níveis: reorganizou o tesouro e puniu oficiais corruptos; criou e enobreceu uma classe de magistrados e, durante o seu reinado, instituiu-se abertamente a venalidade dos cargos públicos. Este novo corpo de funcionários tornou-se um importante elemento nas estruturas governamentais e sociais de França até à Revolução de 1789. A nobreza tradicional não perdeu poder; continuou a desempenhar funções de primeiro plano nos seus exércitos e manteve grande prestígio.
Francisco cultivou os ideais de cavalaria. Como patrono das artes teve em vista o aumento do esplendor da sua corte e do seu reino; trouxe para França Leonardo da Vinci e outros artistas italianos, que aí desenvolveram importantes trabalhos. Encarregou o escolar Guilherme Budé da criação de uma biblioteca real e criou classes de Grego, Latim e Hebreu, que formaram o núcleo do Collège de France.
Faleceu em 1547.
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Como referenciar
Porto Editora – Francisco I, rei de França na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-04-29 10:06:05]. Disponível em

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