A escola nova de John Dewey - Estudo em Dia
Inicio / Além da escola Além da escola 7 de abril de 2022

A escola nova de John Dewey

Redação Estudo em Dia
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Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos focados em alunos que buscam uma melhor rotina de estudos e preparação para o vestibular!Publicado em . | Atualizado em 7 de abril de 2022.


Conheça a história e as ideias do filósofo que participou da renovação do papel da educação no mundo.

A Escola Nova foi um movimento mundial de transformação do ensino de grande relevância, principalmente na primeira metade do século XX. Um dos maiores nomes desse pensamento na América foi o filósofo e pedagogo John Dewey (1859-1952).

O educador norte-americano entendia a democracia e a liberdade como condições fundamentais para a maturação emocional e intelectual das crianças. Sua defesa da união entre teoria e prática no ensino influenciou muitos pensadores, entre eles os ilustres brasileiros Rui Barbosa e Anísio Teixeira que participaram do movimento Escola Nova em nosso país.

Aqui no Guia do Futuro já abordamos várias metodologias de ensino, assim como diferentes educadores estrangeiros e brasileiros. Agora convidamos você a conhecer um pouco mais sobre John Dewey, figura essencial do progresso na educação que acreditava na força do “aprender fazendo”.

Uma vida de transformações

John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Num esforço para oferecer uma boa educação, sua mãe confiava aos filhos pequenas tarefas de forma a despertar desde cedo o senso de responsabilidade.

Foi professor secundário antes de fazer seu doutorado em Filosofia, na Universidade Johns Hopkins. Escreveu também sobre temas como educação, arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política.

Em quase um século de vida Dewey presenciou muitas transformações. Viu o fim da Guerra Civil Americana, o desenvolvimento tecnológico, a Revolução Russa de 1917, a crise econômica de 1929 e dois conflitos mundiais. Podemos considerar que esses grandes eventos influenciaram sua concepção mutável da realidade e dos valores, além da convicção de que só a inteligência dá ao homem o poder de alterar sua existência.

Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores antigos. Faltava incorporar na educação as descobertas da psicologia, assim como os avanços políticos e sociais. Pensava na importância de estimular o aluno a ter iniciativa, originalidade e agir de forma cooperativa.

Aprender fazendo na prática

Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo. Afinal, para essa escola de pensamento, as ideias só têm importância quando servem de instrumento para a resolução de problemas reais.

O educador defende que os conteúdos ensinados em sala de aula são assimilados de forma mais fácil quando associadas às tarefas realizadas pelos alunos. Atividades manuais e criativas ganham destaque no currículo e as crianças passam a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas.

No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo, favorecendo o crescimento físico, emocional e intelectual.

Outra parte fundamental de sua teoria está na crença de que o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. Desta forma, a escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação.

Para Dewey era de vital importância que a educação não se restringisse à transmissão do conhecimento como algo acabado, mas sim de uma forma que o saber adquirido pelo estudante pudesse ser integrado à sua vida como cidadão. A ideia básica está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno.

Para ele, o pensamento não existe isolado da ação. A educação deve servir para resolver situações da vida, gerando o aperfeiçoamento das relações sociais. Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar o mundo em que vivem.

Em lugar de começar com definições já elaboradas, os professores devem usar procedimentos que façam cada aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o conhecimento sistematizado. Podemos afirmar que as teorias modernas da didática, como o construtivismo e os fundamentos da Base Nacional Comum Curricular, têm inspiração nas ideias do educador.

Influenciando a renovação da educação

Considerado um dos maiores teóricos norte-americanos do século XX, John Dewey faleceu aos noventa e dois anos, deixando imensas contribuições educacionais disponíveis em diversas publicações científicas.

Com a teoria da Escola Nova, o pensador sugeriu um modelo de ensino focado no aluno como protagonista. A aprendizagem deve partir da experiência e dos conhecimentos prévios de cada criança. Hoje isso é praticamente consenso na sociedade, mas ele foi um dos pioneiros na construção desse pensamento.

Uma das principais lições deixadas por John Dewey é a possibilidade de não existir separação entre vida e educação. Como ele dizia, “as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo”. Ou seja, a jornada do aprendizado é simplesmente o caminho que fazemos vivenciando cada experiência.

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