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Nova presidente da Macedónia do Norte reaviva polémica com Grécia na tomada de posse

Gordana Siljanovska Davkova, presidente da Macedónia do Norte.
Gordana Siljanovska Davkova, presidente da Macedónia do Norte. Direitos de autor Boris Grdanoski/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Siljanovska-Davkova referiu-se ao seu país como "Macedónia", em vez do nome constitucional "Macedónia do Norte". Embaixadora da Grécia em Skopje abandonou a cerimónia de inauguração.

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Gordana Siljanovska-Davkova tomou posse como a primeira mulher presidente da Macedónia do Norte no domingo e reacendeu imediatamente uma polémica diplomática com a vizinha Grécia.

Durante a cerimónia no Parlamento do país, Siljanovska-Davkova referiu-se ao seu país como "Macedónia", em vez do nome constitucional "Macedónia do Norte". A nova presidente é do partido VMRO, de direita, que rejeita o acordo de 2018 através do qual ficou proibido o uso do nome "Macedónia" para o país balcânico. 

Este facto levou a embaixadora da Grécia em Skopje, Sophia Philippidou, a abandonar a cerimónia de inauguração.

Mais tarde, o Ministério dos Negócios Estrangeiros grego emitiu uma declaração em que afirmava que as ações da nova presidente violavam um acordo entre as duas nações e punham em perigo as relações bilaterais e as perspectivas de adesão da Macedónia do Norte à União Europeia.

Durate décadas, a Grécia acusou o seu vizinho do norte de se apropriar de um nome grego e da história do antigo reino grego da Macedónia, que existia séculos antes de os povos eslavos, como os atuais macedónios, terem chegado à região.

Litígio resolvido em 2018

O litígio de décadas foi resolvido em 2018, quando ambos os países assinaram um acordo e foi adotado o nome constitucional "Macedónia do Norte".

A Grécia retirou, assim, a sua objeção à adesão da Macedónia do Norte à NATO e a candidatura de Skopje à entrada na União Europeia.

Siljanovska-Davkova é a sexta personalidade a assumir as funções de chefe de Estado do país dos Balcãs que se tornou independente da Jugoslávia em 1991. 

A sua tomada de posse teve lugar perante o parlamento cessante.

Siljanovska-Davkova, professora universitária e advogada, era a candidata da coligação de centro-direita e derrotou o presidente incumbente Stevo Pendarovski com 69% dos votos na segunda volta do escrutínio.

A taxa de participação foi de 47,47%, acima do limiar de 40% exigido para tornar a eleição válida e evitar uma nova votação.

Siljanovska-Davkova e Pendarovski também se tinham defrontado em 2019, tendo Pendarovski vencido esse sufrágio com 54% dos votos.

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