“Quando não escolhemos por nós mesmos, outros escolhem.” (José Célio Corrêa Júnior)
“Nós somos a soma das nossas decisões“. Esta frase ficou na minha cabeça e não mais saiu. Tenho a mesma perspectiva: somos o que escolhemos ser, o destino pouco tem a ver com isso. Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, abdicamos de outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar de “minha vida”.
Necessitamos escolher cuidadosamente nossas combinações. As escolhas certas irão valorizar o nosso trabalho. As escolhas erradas irão apagar as cores e esconder a beleza original. Não existem regras a serem seguidas. Precisamos seguir nossos instintos e sermos corajosos.
Comparo o desenrolar de nossas vidas com um belo trabalho de patchwork, assim como as peças vão sendo produzidas e moldadas pela vivência, pela experiência e pela história de cada artesão, nossa vida também é tecida em meio as nossas escolhas e cada escolha nos levará a caminhos e desfechos variados.
Desde o começo, a vida nos coloca diante de decisões, algumas fáceis, outras difíceis e mais complexas à medida que crescemos e amadurecemos. Atravessamos a vida exercendo nossas escolhas e caminhando por elas, e, entre erros e acertos compreendemos o quanto necessitamos estar vigilantes para que estas sejam saudáveis a fim de que tenhamos uma vida igualmente saudável. As escolhas estão em todas as áreas da vida, pessoal, acadêmica e profissional. Todas elas exigem que mudanças, alterações ou adaptações aconteçam de tempo em tempo e para isso buscamos sempre novas combinações.
Como o assunto aqui são as relações e nossas escolhas, vamos pensar como cada um pode melhorar suas escolhas para compor a colcha de retalhos que é nossa vida. O mundo externo de cada um é um reflexo direto do que se passa dentro de si. Como temos o livre arbítrio do caminho que queremos seguir e daqueles que queremos ao nosso lado, é fundamental sabermos fazer boas escolhas.
Ao invés de nos queixarmos como eternas vítimas, é preciso que cada um seja autor de sua própria vida, assumir que suas decisões irão interferir no seu destino e que este não está previamente traçado e sim sendo composto diariamente. As regras nem sempre existirão, e portanto, é preciso apostar em cada decisão.
Uma parte de nossa vida não conseguimos controlar, não sabemos como será, surpresas acontecem o tempo inteiro. Entretanto, temos mais escolhas do que nos habituamos a aproveitar. Muitos deixam o barco correr e quando não gostam do destino se queixam que nunca chegam aonde querem, na verdade, poderiam ter decidido qual caminho tomar antes de começar a jornada. Outros tantos se acomodam ainda que a vida esteja sem graça e desinteressante e igualmente se queixam do ponto onde estão. Enfim, está ao alcance de cada um tornar a vida mais colorida, mais interessante, mais rica, basta que se adapte a ela. A história é sua, os retalhos são seus, as combinações são livres, precisam apenas que sejam bem feitas!
Acho que é por isso, que o autoconhecimento é tão importante. Por isso é que é indispensável ler muito, ouvir os outros, conviver com várias pessoas. Estar atento ao que nos rodeia e não criar preconceitos. As nossas escolhas não podem ser só intuitivas, elas têm obrigatoriamente que refletir o que nós somos. É óbvio que é necessário reavaliar opções, mudar de caminhos… ninguém é igual do princípio ao fim! Mas essas mudanças têm que servir para acrescentar e nunca para anular o que se viveu anteriormente. A estrada é longa, mas o meu tempo é curto… tenho pressa… muita pressa de viver!
“Lutarei bravamente, todos os dias da minha vida para ser a pessoa que decidi ser.” (Madre Tereza de Calcutá)