Aves da Amazônia | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

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Aves da Amazônia

A Amazônia ou Amazônia é uma região natural da América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical - a Floresta Amazônica (também chamada de Floresta Equatorial da Amazônia ou Hileia Amazônica) - a qual possui 60% de sua cobertura em território brasileiro. A bacia hidrográfica da Amazônia possui muitos afluentes importantes tais como o rio Negro, Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o Amazonas, que passa por outros países antes de entrar em território brasileiro. O rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É considerado o maior rio do mundo, em extensão e volume de águas.

Ecossistemas

Amazônia é constituída pelos seguintes ecossistemas:

  • Floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica);
  • Floresta ombrófila aberta;
  • Floresta estacional decidual e semi-decidual;
  • Campinarana;
  • Formações pioneiras;
  • Refúgios montanos;
  • Savanas amazônicas;
  • Matas de terra firme;
  • Matas de várzea;
  • Matas de igapós;
  • Flora e Fauna.

Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.

Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica é a floresta tropical que forma a maior parte da Amazônia. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hileia amazônica (como a definiu Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros. Não existem animais de grande porte, como nas savanas. Entre as aves da copa estão os papagaios, tucanos e pica-paus. Entre os mamíferos estão os morcegos, roedores, macacos e marsupiais.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.
A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que grande parte da fauna ainda seja desconhecida.
A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (40 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no século XIX.

Amarelinho-da-amazônia - Inezia caudata


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O amarelinho-da-amazônia mede 12 centímetros de comprimentos pesa entre 7 e 8 gramas. O amarelinho-da-Amazônia tem uma ampla e característica sobrancelha branca que parte da região supra-loral e vai até a parte imediatamente posterior aos olhos. Os lores são brancos. Os olhos são de coloração amarelo claro. A fronte é verde acinzentada, já a coroa, manto, uropígio e parte dorsal da cauda são verde oliva. As asas são escuras e apresentam duas barras alares claras bastantes distintas. As rêmiges são escuras com as bordas claras, assim como as retrizes que apresentam na extremidade final uma fina linha clara. O peito apresenta coloração amarelo acinzentada que se torna mais clara quanto mais próximo do ventre que é amarelo pálido. O crisso é amarelo. Bico, tarsos e pés são cinza escuro.

Andorinhão-da-amazônia - Chaetura viridipennis

O andorinhão-da-amazônia Mede 13 centímetros de comprimento. Apresenta plumagem quase idêntica à de seu congênere, o andorinhão-de-chapman.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.
Ocorre no sudoeste da Amazônia. Pode ser encontrada nos seguintes países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru.

Araponga-da-amazônia - Procnias albus


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A araponga-da-amazônia, o macho mede cerca de 28,5 centímetros e a fêmea 27,5 centímetros de comprimento. O macho é completamente branco e a fêmea é verde-oliva nas partes superiores e amarelo-pálido finamente estriado de verde-oliva nas partes inferiores. Apresenta uma vocalização marcante, semelhante a um sino, a qual pode ser ouvida à distância.
É visualizada com mais freqüência no alto de árvores frutíferas, quando está se alimentando.
Varia de incomum a localmente comum nas copas e bordas da floresta úmida. Permanece imóvel por longos períodos.
Presente localmente no Pará (Serra dos Carajás e Estação Ecológica do Jari) e Amazonas (baixo Rio Negro). Encontrado localmente também nas Guianas e Venezuela.

Azulão-da-amazônia - Cyanoloxia rothschildii


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O azulão-da-amazônia, mede cerca de 16 centímetros de comprimento. O macho é azul-escuro com asas e cauda enegrecidas e a fêmea é marrom-chocolate.
Faz um ninho frágil de gravetos, em formato de xícara, localizado em arbustos baixos. Põe 3 ovos branco-azulados com pontos avermelhados, tendo 2 ninhadas por estação.
É comum no sub-bosque de florestas úmidas e alagadas, tanto no interior como nas bordas, e também em capoeiras maduras. Vive normalmente aos pares, que se deslocam de modo independente em relação a outros pássaros. É de difícil observação, sendo mais conhecido pelo seu canto.
Ocorre em toda a Amazônia brasileira. Encontrado também do México ao Panamá e em todos os demais países amazônicos - Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

Caburé-da-amazônia - Glaucidium hardyi


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O caburé-da-amazônia, mede 20 centímetros de comprimento. Como as demais espécies do gênero Glaucidium, possui uma “face occipital”, ou seja, olhos falsos na nuca para enganar presas e predadores.
Alimenta-se predominantemente de insetos (gafanhotos, besouros, baratas, etc).
Faz seu ninho em árvores ocas, em buracos feitos por pica-paus e até mesmo em cupinzeiros terrícolas. A postura é de 3 ovos, quase redondos.
Vive nas copas das árvores da Floresta Amazônica.
Distribui-se na Amazônia Brasileira.

Cardeal-da-amazônia - Paroaria gularis


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O cardeal-da-amazônia, Mede 16,5 centímetros de comprimento. Não há dimorfismo sexual. Imaturo com a cabeça e partes superiores pardas, garganta canela. É um pássaro granívoro.
Os cardeais são territorialistas no período de reprodução. Faz um ninho de paredes finas, em forma de xícara, sobre a água, em áreas pantanosas. Põe 2 ou 3 ovos branco-esverdeados com manchas marrons, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.
É comum em arbustos e áreas abertas à beira de rios e lagos, poças, igarapés e em gramados próximos a cursos d'água em áreas urbanas da Amazônia, como às margens do Rio Guamá, em Belém. Vive aos pares ou em pequenos grupos familiares, freqüentemente voando baixo sobre a água ou pousado em troncos de árvores mortas.
Ocorre em toda a Amazônia brasileira e também nos demais países amazônicos - Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

Choquinha-estriada-da-amazônia - Myrmotherula multostriata


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A choquinha-estriada-da-amazônia, Mede Mede 9 centímetros de comprimento.
Ocupa os estratos médio e baixo das matas de várzea e de igapó.
Está presente na Amazônia brasileira ao sul do Rio Amazonas, parecendo ser a substituta geográfica da Choquinha-estriada.

Figuinha-amazônica - Conirostrum margaritae


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A figuinha-amazônica é uma ave Passeriformes da família Thraupidae.

Flautim-da-amazônia - Schiffornis amazonum


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O flautim-da-amazônia é uma ave Passeriformes da família Tityridae.

Patativa-da-amazônia - Catamenia homochroa


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A patativa-da-amazônia é uma espécie de ave da família Thraupidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Seus habitats naturais são: regiões subtropicais ou tropicais úmidas de alta altitude, matagal tropical ou subtropical de alta altitude e florestas secundárias altamente degradadas. Ela mede 13,5 centímetros de comprimento.

Periquito-da-amazônia - Nannopsittaca dachilleae


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O periquito-da-amazônia mede cerca de 12 centímetros de comprimento. De tamanho muito pequeno, asas pontiagudas, rabo algo quadrado. O distinguível desta espécie é a fronte e coroa com matiz azulado, patas e bico rosados, e área nua clara ao redor do olho. Corpo geralmente verde no dorso, e ventre mais amarelado.
Presume-se que nidifiquem em conglomerados de bromélias ou outras epífitas.
Comum e abundante em florestas ripárias, até os 300 m. Possivelmente associado à guadua. Voam baixo sobre rios em bandos compactos e pequenos de 3 a 12 indivíduos. São observados trepando nas árvores.
Ocorre no oeste da Bacia Amazônica, do sul e sudeste do Peru até o noroeste da Bolívia. Provavelmente no oeste da Amazônia brasileira.

Sanhaçu-da-amazônia - Tangara episcopus

O sanhaco-da-amazonia, Mede cerca de 16,5 cm de comprimento. Distingui-se dos outros sanhaçus do gênero Thraupis pela mancha branca no encontro das asas. Não apresentam dimorfismo sexual. Seu canto é um chilreado alto, estridente.

Alimenta-se do frutinhos das árvores e brotos. Gosta também de néctar, botão de flores, polpa e suco de frutas maiores. Come também insetos na folhagem ou em voo.
Atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Na época do acasalamento, exibe as dragonas brancas para a fêmea, num comportamento característico do gênero. Faz ninho em formato de tigela, situado entre 1,5 e 4 metros de altura.
É um dos pássaros mais comuns em vários tipos de habitats, tanto em locais úmidos quanto secos, variando da borda da floresta e manchas de capoeiras até jardins de cidades, árvores e arbustos em regiões agrícolas. Vive em grupos de cerca de 6 indivíduos, próximo à copa.
Ocorre em toda a Amazônia brasileira. Encontrado também do México ao Panamá e em todos os demais países amazônicos - Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

Sete-cores-da-amazônia - Tangara chilensis


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O sete-cores-da-amazônia, Mede cerca de 13,5 centímetros de comprimento. Não apresentam dimorfismo sexual. Jovens de peito e abdômen estriados de negro. Sua voz é um assobiar finíssimo, em sequências prolongadas, lembrando um sagui, demonstrando que os pássaros mais coloridos têm uma vocalização pouco melodiosa.
Alimenta-se de pequenos frutos e, eventualmente, de insetos.
Atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Faz ninho em formato de xícara, entre 5 e 20 m de altura. Põe de 2 a 4 ovos branco-esverdeados com muitos pontos marrons e pretos, tendo de 2 a 3 ninhadas por estação. Os filhotes nascem após 15-17 dias.
Atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Faz ninho em formato de xícara, entre 5 e 20 m de altura. Põe de 2 a 4 ovos branco-esverdeados com muitos pontos marrons e pretos, tendo de 2 a 3 ninhadas por estação. Os filhotes nascem após 15-17 dias.
Presente na maior parte da Amazônia brasileira e também em todos os demais países amazônicos - Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

Referências

  • Wikipédia - disponível em: Wikipedia Acesso em 20 Mai. 2011.
  • Conteúdo das respectivas páginas wiki das espécies.
aves_da_amazonia.txt · Última modificação: 2021/09/29 01:01 por Reinaldo Guedes