Língua Portuguesa | 2º Ano | 4º Bimestre – versão professores by Secretaria Municipal da Educação - Issuu

Língua Portuguesa | 2º Ano | 4º Bimestre – versão professores

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DO

língua portuguesa cadernos

2 ANO º

4º BIMESTRE



CADERNO DO PROFESSOR

LÍNGUA PORTUGUESA 2 ANO º

4º BIMESTRE Este material foi elaborado com a participação dos educadores da rede municipal de ensino de Salvador


SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO - SMED Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Neto Prefeito Joelice Braga Secretária Marília Castilho Diretora de Orçamento, Planejamento e Finanças Joelice Braga Diretora Pedagógica Gilmária Ribeiro da Cunha Gerente de Currículo Luciene Costa dos Santos Gerente de Gestão Escolar Neurilene Martins Ribeiro Coordenadora de Formação Pedagógica Alana Márcia de Oliveira Santos Supervisora do Ensino Fundamental I Ionara Pereira de Novais Souza Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental I Ziziane Oliveira de Macedo Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental I Parceria Técnica

INSTITUTO CHAPADA DE EDUCAÇÃO E PESQUISA Cybele Amado de Oliveira Presidente Claudia Vieira dos Santos Secretária Executiva e Vice-Presidente Cybele Amado de Oliveira, Diretoras Eliana Muricy e Fernanda Novaes Elisabete Monteiro Coordenadora Pedagógica do Projeto Marlene Alencar Bodnachuk Apoio Pedagógico EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA Débora Rana e Renata Frauendorf Coordenadoras Andréa Luize, Carla Tocchet, Sistematizadoras Dayse Gonçalves, Érica Faria e Marly Barbosa Telma Weisz Parecerista EQUIPE DE MATEMÁTICA Priscila Monteiro e Ivonildes Milan Coordenadoras Ana Clara Bin, Ana Flávia Alonço Sistematizadoras Castanho, Ana Ruth Starepravo, Andréa Tambelli e Camilla Ritzmann Patricia Sadovsky Parecerista

EQUIPE DE EDIÇÃO Paola Gentile

Coordenadora

Denise Pellegrini

Redatora-Chefe

Beatriz Vichessi, Ferdinando Casagrande, Gabriel Pillar Grossi, Ricardo Falzetta e Ricardo Prado Sidney Cerchiaro (Coordenador), Eduardo Teixeira Gonzaga, Manrico Patta Neto, Rosi Ribeiro Melo e Sueli Mazze EQUIPE DE DIAGRAMAÇÃO Marcelo Beltrame Camila Cogo Ed Santana, Glaucia Souza, Marcelo Barros, Naya Nakamura, Olivia Ferraz e Patrícia de Vasconcelos Lima Ale Kalko Davi Caramelo

Editores

Revisores

Tramedesign Produtor Executivo Diretora de Arte e projeto gráfico Designers

Capa e ilustrações Ilustrações de abertura

Agradecemos a todas as instituições e pessoas que contribuíram para a elaboração deste caderno com conteúdos, imagens, produções culturais e, em especial, aos educadores da rede municipal de Salvador, que participaram de todo o processo. 2016 Todos os direitos desta edição reservados à SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE SALVADOR Avenida Anita Garibaldi, 2981 – Rio Vermelho 40170-130 Salvador BA Telefone (71) 3202-3160 www.educacao.salvador.ba.gov.br Os textos extraídos de sites, blogs e livros foram adaptados conforme as regras gramaticais e as novas regras de ortografia.


ÍNDICE como trabalhar com as sequências e os blocos

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nosso bairro

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contos de assustar

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análise e reflexão sobre a língua

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dia da brincadeira

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sondagem

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gestão do tempo

como trabalhar com as sequências e os blocos

Renata EM Casa da Providência

O caderno do quarto e último bimestre traz quatro grandes propostas: as sequências Nosso bairro e Contos de assustar e dois blocos de reflexão sobre a língua. Um deles, com foco na ortografia, trabalha com as diferentes representações do som /S/ e retoma o que foi discutido no bimestre anterior sobre nasais e segmentação do texto em palavras. O outro, Dia da brincadeira, traz atividades de escrita e leitura pelo aluno. Vale lembrar que, embora estejam dispostos numa sequência linear, a sugestão é trabalhá-los intercalando as atividades de cada unidade, pois os conteúdos envolvidos precisam estar presentes na rotina diária. Baseando-se nas necessidades a serem garantidas, nessa fase de alfabetização é muito importante convidar o aluno a ler e a escrever todos os dias. Por isso, reserve pelo menos 30 minutos diários para atividades que contemplem esse conteúdo. O bloco Dia da brincadeira pode ser proveitoso para esses momentos, pois as atividades enfatizam a reflexão sobre o sistema de escrita. A sugestão é que você apresente aos estudantes as atividades com foco no sistema pelo menos duas vezes na semana. Com a sequência Nosso bairro, o objetivo é levar os alunos a conhecer, por meio da leitura dos textos expositivos, a importância da história do bairro da Liberdade e outras curiosidades sobre o

2ª-feira

3ª-feira

4ª-feira

5ª-feira

6ª-feira

Leitura em voz alta pelo professor

Leitura em voz alta pelo professor

Leitura em voz alta pelo professor

Leitura em voz alta feita pelo professor

Leitura em voz alta pelo professor

Nosso bairro

Análise e reflexão sobre a língua

Contos de Assustar

Contos de assustar Nosso bairro Dia da brincadeira

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local em que está a escola. O foco está na leitura, compreensão e seleção de informações. Além disso, os alunos farão a escrita de pequenas curiosidades e legendas para fotos. Reserve duas aulas na semana para essas atividades. A sequência de leitura, neste bimestre, apresenta contos que dão uma pontinha de medo. A proposta baseia-se na leitura de textos que apresentam personagens e cenários que assustam. O propósito é levá-los a perceber os recursos utilizados pelos autores para criar o suspense e gerar medo. As atividades dessa sequência devem ser utilizadas em duas aulas por semana. Por fim, a sequência de ortografia tem como objetivo iniciar uma reflexão sobre a escrita dos sons /S/, bem como retomar as marcas da nasalização e a segmentação do texto em palavras. Para isso, uma vez por semana é suficiente para esse bloco. O caderno ainda contempla atividades permanentes, como leitura em voz alta feita por você, que devem acontecer diariamente, e a roda de leitura que pode ocorrer uma vez por semana ou quinzenalmente. Todas as orientações para essas atividades encontram-se detalhadas no material. O quadro abaixo exemplifica a rotina de uma semana de aula. Ele é apenas uma sugestão de como organizar as atividades presentes no caderno.

LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO

Dia da brincadeira


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nosso bairro pág. 6 ouçam com atenção sobre ele para a escrita de textos para banners. • Participem de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios e vivências. • Façam pequenas exposições orais sobre parte das informações pesquisadas utilizando recursos adequados a essa situação.

tempo estimado • 25 aulas.

material

• Livros sobre a história dos bairros da cidade. • Mapa da cidade de Salvador. • Fotos do bairro da Liberdade.

produto final

• Banner contendo as principais informações do bairro estudado.

introdução

COM ESTA SEQUÊNCIA, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS • Conheçam a origem do bairro da Liberdade e percebam a importância histórica dele para a cidade de Salvador. • Construam uma identidade local por meio do reconhecimento do bairro em que vivem.

• Conheçam manifestações próprias da cultura local. • Produzam verbetes de curiosidade e legendas para fotos com base em informações coletadas em pesquisa prévia, levando em conta o gênero e o contexto de produção. • Revisem e editem o texto focalizando os aspectos estudados. • Expliquem o assunto pesquisado e

A sequência Nosso bairro apresenta uma diversidade de propostas com o objetivo de levar os alunos a ler e escrever textos expositivos (informativos), além de conhecer melhor o bairro da Liberdade, que foi usado como referência por sua importância histórica para Salvador. Outros bairros, porém, farão parte do trabalho, com o objetivo de levar os alunos a construir uma identidade local por meio do reconhecimento do lugar em que vivem. A estrutura da sequência foi organizada de maneira a estudar a origem histórica da Liberdade, sua localização em relação a outros bairros da cidade, as principais atrações culturais e as curiosidades locais. Os alunos que vivem ou estudam em outras regiões poderão relacionar as atividades aqui 4º BIMESTRE

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apresentadas com o local em que vivem. Para desenvolver a sequência, é recomendado que você pesquise o que o bairro da escola tem de peculiaridade, a cultura local, a localização em relação a outros bairros etc. Quanto mais informações você tiver, melhor será o resultado do trabalho. Esta sequência apresenta diferentes possibilidades de os alunos lerem e escreverem textos expositivos. Tenha o cuidado, ao encaminhá-la, de não focar demasiadamente em saber mais sobre o bairro, em detrimento das situações didáticas propostas. As duas questões – conhecer o bairro e ler e escrever textos expositivos – precisam caminhar juntas. Para tornar mais dinâmico o trabalho, as propostas foram diversificadas. Elas incluem leitura de mapa, organização e realização de uma entrevista e conversa com um morador que possa contribuir com a pesquisa, entre outras atividades. Em síntese, todas essas propostas são importantes porque o objetivo é transformar alunos em leitores e escritores competentes. Além de ler os textos expositivos, eles terão de escrever verbetes de curiosidade, do tipo Você sabia?, e legendas de fotos. Os verbetes são as entradas de dicionário, enciclopédia ou qualquer outro material para obter informação. Nas enciclopédias, as explicações costumam ser mais detalhadas, incluindo tabelas e ilustrações. Há uma variação chamada “verbete de curiosidade”, que inclui os textos Você sabia?, que aborda de maneira mais sintética assuntos diversos. As legendas de fotos são textos curtos, localizados, normalmente, abaixo da foto e têm como finalidade identificar, contextualizar ou ampliar uma informação dada. Neste trabalho, elas terão como objetivo comunicar uma curiosidade sobre um lugar importante da cidade para a comunidade escolar. Outra relevante consideração a fazer é sobre a importância de aproveitar os vários momentos de leitura e

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escrita presentes na sequência para oferecer aos alunos oportunidade de refletir sobre o sistema de escrita. Aqui estão propostas situações didáticas

de leitura individual e escrita coletiva e em duplas para fomentar a reflexão e permitir avanços na apropriação do princípio alfabético.

quadro de organização da sequência Etapas

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Apresentação da sequência

Atividades 1A Conhecendo o trabalho. 1B Explorando banners. 1C Lista de nomes de bairros. 2A Leitura de nomes de bairros. 2B Conhecendo a história da Liberdade.

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Conhecendo o bairro da Liberdade

2C Leitura de mapa. 2D As moradias rurais. 2E Produção escrita de Você sabia? (ditado ao professor). 2F Produção escrita de Você sabia? (duplas). 2G Revisão coletiva. 3A Escrita de lista de atrações culturais do bairro/região. 3B Escrita de lista de nomes de ruas. 3C Conhecendo causos. 3D Preparando uma entrevista. 3E Tomada de notas.

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Curiosidades sobre os bairros

3F Leitura sobre a Feira do Japão. 3G Leitura sobre o Centro Cultura Ilê Aiyê. 3H Leitura de curiosidades de lugares do bairro/região. 3I Conhecendo legendas. 3J Escrita de legenda (ditado ao professor). 3K Escrita de legenda (ditado ao professor). 3L Escrita de legenda (duplas). 3M Revisão coletiva. 4A Revisão dos textos produzidos. 4B Edição do banner.

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Edição

4C Entrega ao destinatário. 4D Atividade avaliativa. 4E Autoavaliação.


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ETAPA 1 ­­­– Apresentação da sequência Esta etapa tem como finalidade: • Apresentar o trabalho aos alunos.

• Familiarizá-los com o portador sugerido para o produto final: o banner.

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1A Conhecendo o trabalho Apresentar o trabalho às crianças e instigá-las a querer participar da pesquisa a ser realizada ao longo da sequência são os principais objetivos desta atividade. Depois de comentar sobre o encaminhamento proposto – as etapas da sequência, tais como a leitura e a escrita de textos expositivos, a conversa com moradores antigos, a entrevista para conhecer a história do bairro e leitura de mapa para localizá-lo dentro da cidade –, é importante compartilhar

com os alunos a proposta de produto final: a confecção de um banner. Lembre-se que instaurar um contexto comunicativo é o que confere sentido às propostas de ler e produzir textos, sabendo também que o ensino da língua está focado nas diferentes formas de se comunicar. Leve alguns exemplos de cartazes e fotos, recolha alguns da escola e inicie uma conversa a respeito desse portador evidenciando que há diferentes tipos. Na próxima aula, o objetivo será analisar o material. Ariane Silva Santos EM Casa da Providência

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1B Explorando banners Esta atividade tem como objetivo apresentar cartazes aos alunos e fazer uma breve análise sobre a forma como eles são organizados. É possível discutir o tipo de informação que contêm e observar que geralmente trazem imagens e textos curtos. Com base nessas informações, a pesquisa sobre o bairro ganha mais sentido. Os estudantes levarão

em consideração as particularidades do portador durante a coleta das informações que serão disponibilizadas. É importante salientar para a turma que, a partir daqui, eles passarão a coletar dados de diferentes fontes para ajudar todos a escrever os textos que comporão os cartazes. Nessa busca, é importante deixar claro o que interessa saber: como vivem as pessoas, quais

Kennedy Guimarães Silva EM Arte e Alegria

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atividades são mais frequentes, a produção de cultura local (música, dança, artes plástica...), os moradores, os tipos de casa e o que mais puder interessar aos alunos. O desafio, aqui, é entender como um banner pode ser um bom portador para passar todas essas informações. Depois, registrem essas descobertas em um cartaz e deixe-o exposto na sala.


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1C Lista de nomes de bairros O foco aqui é a reflexão sobre o sistema de escrita e fazer com que os

alunos conheçam o nome dos outros bairros. Por isso, forme duplas considerando as competências próximas em

relação às hipóteses de escrita que os alunos possuem. Para aqueles que já escrevem alfabeticamente, proponha a escrita do nome de dez bairros e deixe-os trabalhar sozinhos, ajudando-os caso precisem. Para os que ainda não conquistaram a base alfabética, proponha a escrita coletiva de alguns nomes com letras móveis e depois encaminhe a discussão coletiva. Para esse momento, siga as orientações das páginas 56 e 57 do caderno do segundo bimestre, no bloco de leitura e escrita.

ETAPA 2 ­­­– Conhecendo o bairro da Liberdade Nesta sequência, a produção textual está integrada ao processo de busca de informações, ou seja, ao momento

de ampliação do repertório. Para cada bloco de assuntos pesquisados será proposta uma produção escrita que registre as descobertas. Desta forma, esta etapa tem como

finalidades: • Apresentar a origem histórica do bairro da Liberdade. • Escrever verbetes de curiosidades no estilo Você sabia? para o produto final.

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2A Leitura de nomes de bairros A atividade tem como propósito realizar uma leitura por pistas e, para isso, os alunos precisarão encontrar o nome

FERDI (editor) Explodiu esse trecho do texto em vermelho

Liberdade. Para contextualizar a atividade, explique que ela dará início a um estudo sobre o bairro. Esse é o momento de investir em situações em que seja

possível refletir sobre o funcionamento do sistema de escrita. Note que duas palavras na lista começam com a letra L (Lobato e Liberdade) e duas terminam com a letra E (Liberdade e Paripe). Isso pode gerar boas discussões com a turma a respeito de onde está escrito a palavra procurada. Uma vez que as primeiras e as últimas letras são as mesmas, será necessário fazer uma análise para dentro da palavra ampliando o leque de reflexões possíveis. Para tanto, informe o que está escrito, não na ordem em que os nomes aparecem, e peça que localizem Liberdade. Outra opção é diminuir o número de palavras. Nesse caso, além da Liberdade, use as que estão próximas, como Lobato, Paripe e Castelo Branco. Para mais orientações, releia o artigo ¿Dónde dice, qué dice, cómo dice? Una situación didáctica para poder leer antes de saber leer!, da pesquisadora Mirta Castedo, sugerido no caderno do primeiro bimestre (página 20). 4º BIMESTRE

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2B Conhecendo a história da Liberdade Esta atividade será proposta com dois tipos de agrupamento: um coletivo, para ler e discutir o texto; e outro, em duplas, para grifar e escrever a curiosidade sobre a história do bairro no quadro que há no Caderno do aluno. Para essas duplas, considere uma criança com escrita alfabética para registrar a discussão e uma que ainda não escreve alfabeticamente para ditar o texto. Depois de os alunos saberem que estudarão a Liberdade, é o momento de iniciar a pesquisa com a leitura de um pequeno verbete sobre a história do bairro. Antes, porém, pergunte quem já conhece o bairro ou a história dele. Ouça o que todos têm a dizer e registre em um cartaz as primeiras informações. Em seguida, leia o texto em voz alta e antecipe para os alunos que no final da leitura vocês irão conversar sobre as informações que eles acharam mais curiosas. Realize a leitura sem interrupções e evite explicar o significado das palavras difíceis. Deixe para fazer isso depois que tiver lido, de forma a instigar os alunos a encontrar pistas no próprio texto para poder inferir o significado. Abra uma roda de discussão sobre o que os alunos compreenderam, ajude, oferecendo informações extras ou retomando passagens do texto, e discuta com eles o que é mais importante ou significativo na história do bairro. Selecione algumas ideias principais, retome o texto e peça que cada dupla escolha uma das ideias principais levantadas e grife uma informação que considera relevante para a história do bairro. Diga que o que estiver grifado precisa ter sentido. Por isso, é importante saber onde começa e onde termina a marcação. É comum os alunos grifarem uma parte enorme do texto e, se isso acontecer, leia em voz alta e pergunte se tudo é necessário. Ajude-os a selecionar fazendo intervenções que contribuam para que eles pensem o que é mais importante para a história da Liberdade.


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Pode ser também que você encontre duplas que só grifaram algumas palavras soltas. Nesse caso, pergunte o que elas pensaram, para ver se há uma lógica por trás desse raciocínio. Dependendo da resposta, peça que grifem a informação completa, ou seja, a conti-

nuidade que garante a compreensão do que foi marcado. Para finalizar, peça que cada dupla escreva no Caderno do aluno uma ou duas informações curiosas a respeito da Liberdade. O que escreve alfabeticamente exercerá o papel de escriba

e ficará responsável pela notação, e o que ainda não escreve alfabeticamente terá como papel ditar o texto para o colega escrever. Assim, ficará responsável por elaborar a informação de modo que possa ser recuperada mais tarde, no momento de escrever o texto do cartaz.

contribuir para o melhor entendimento do que o mapa representa. Em síntese, faz parte da leitura de mapa compreender que há uma escala, um ponto de vista e uma legenda que ajuda o leitor a lê-lo melhor. Para a sequência, é importante localizar a Liberdade dentro de Salvador e fazer relações com outros lugares da cidade, por exemplo, os pontos turísticos mais visitados, o centro da cidade ou mesmo outros bairros. Quem não mora na região da Liberdade deve tentar localizar o bairro em que vive para

verificar se é perto ou longe. Aqui vale a pena ressaltar a escala. Só por meio dela é possível representar dois bairros distantes entre si em um único papel. Para a questão 2, dite mais de um nome e explore a conversa pedindo que os alunos justifiquem suas escolhas. Você pode ainda pegar outros mapas que a escola possui para fazer novas explorações. Se tiver um mapa da cidade de Salvador na escola, deixe-o pendurado na parede com marcações indicando os lugares que foram discutidos.

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2C Leitura de mapa A proposta de leitura de mapa é uma situação de leitura de imagem dentro de um contexto, com uma finalidade social. Ela tem como desafio saber como ele pode ser lido considerando suas especificidades. É importante ressaltar para as crianças que o mapa tem uma escala e, por isso, é possível representar um espaço como o do tamanho apresentado. É como se a cidade estivesse sendo vista de cima, por isso adota esse ponto de vista. Além disso, a legenda pode

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quer saber mais? • Fotos antigas de Salvador, que podem ser usadas ao longo da sequência para comparar com os locais atuais, no site Slideshare (http://goo.gl/aJXRRn), acesso em 11/7/2016

2D As moradias rurais Surge aqui uma nova discussão: o tipo de moradia. A história de um bairro é construída com a ajuda de fatores diversos e é importante que os alunos saibam que as diferentes formas de moradia fazem parte da maneira de viver em um lugar, constituindo-se, assim, parte da história local. Leia o texto que está no quadro e peça que os alunos imaginem o tipo de moradia que é descrita. Pergunte

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se ainda hoje é possível encontrar as casas de taipa, instigando-os a comentar o que permaneceu e o que se modificou com o tempo. Ajude-os a entender o que é êxodo rural e casa de taipa – o próprio texto oferece uma pista para a compreensão – e chame atenção para a descrição das casas. Ela é fundamental para a atividade, que é desenhar esse tipo de moradia no quadro do Caderno do aluno. Em seguida, discuta sobre as novas

moradias, as que foram construídas recentemente, e busque fazer relações com a que é objeto do texto. Você pode levar fotografias ou pedir que os alunos tragam para a escola. Se assim preferir, lembre-se de pedir com antecedência para os pais poderem se organizar. Depois de apreciarem as imagens, peça que os alunos ditem para você as principais diferenças observadas entre as moradias e registre no quadro para posterior cópia no caderno.


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quer saber mais? • Vídeo do projeto Ler e Escrever sobre a produção de Você sabia? na página da internet Núcleo de Vídeo SP (http://goo.gl/ BB8YT0), acesso em 9/7/2016

2E Produção escrita de Você sabia? (ditado ao professor) Como dito anteriormente, nesta sequência a produção será feita no final de cada etapa. Esse modelo foi adotado porque a turma já estudou parte da história do bairro da Liberdade, conseguiu obter informações e agora é o momento de registrá-las para confeccionar os cartazes. A proposta é escrever um texto no modelo Você sabia?. Para isso, é fundamental que os alunos ampliem o conhecimento a respeito do gênero. No Caderno do aluno há um exemplo que você pode ler para eles. Comente que o texto trata de uma curiosidade a respeito do bairro e que é escrito em forma de frase interrogativa curta. Vale salientar que os alunos não precisam

usar essas nomenclaturas, mas perceber que se trata disso. A atividade faz referência a textos utilizados no caderno do terceiro bimestre, sobre o Mancala, na sequência Jogos africanos, que podem servir de modelo. É importante, nesse momento, conversar sobre essas características e só propor a escrita quando a turma estiver familiarizada com o gênero. Outro passo importante é fazer o planejamento do texto. Para isso, é necessário conversar também com os alunos sobre os possíveis leitores e o espaço em que o texto irá circular. Por fim, defina o que desejam escrever e levante as informações que não podem faltar nessa curiosidade. A seleção precisa ser cuidadosa porque os textos que serão elaborados

nesta e na próxima atividade precisam conter as principais informações do estudo a ser comunicado ao destinatário. Retome os cartazes feitos durante as leituras de curiosidades. Uma vez escolhida a informação, peça que os alunos ditem considerando o início do texto Você sabia?. Faça releituras durante a escrita, instigue a participação de todos, peça que o grupo valide uma forma de escrever, discuta outras formas de dizer e deixe a revisão final para outra aula. Alguns dias depois da produção, coloque o texto no quadro e peça que revisem considerando se há partes confusas, se falta informação relevante e se contém palavras ou expressões inadequadas. Releia até todos acharem que a versão está satisfatória.

Maria Sofia Maciel Santos EM do Uruguai 4º BIMESTRE

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2F Produção escrita de Você sabia? (duplas) A proposta nesta atividade é escrever um Você sabia? em duplas. O agrupamento é interessante porque, na interação, as crianças aprendem com a oportunidade de refletir sobre a linguagem escrita, de pensar nas diferentes formas de dizer algo ou no melhor jeito de se comunicar de uma forma mais autônoma, uma vez que participaram de uma proposta semelhante coletivamente. Além disso, o agrupamento amplia a variedade de informação presente no produto final. Forme duplas considerando o seguinte critério: um aluno que ainda não domina a base alfabética com outro que já escreve alfabeticamente. Assim, o aluno com escrita alfabética escreve e o que não escreve convencionalmente dita. Selecione com os estudantes as informações que precisam aparecer, tendo

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como critério a relevância. Retome as leituras, as entrevistas e as conversas realizadas para que eles pensem no que selecionar. Depois proponha um planejamento coletivo considerando a forma como será organizado o texto, de modo que fique adequado ao destinatário e ao portador. Feito isso, é o momento de cada dupla iniciar o trabalho. Passe por elas ajudando a recuperar a informação ou respondendo às perguntas sobre como escrever, desde que não interrompa ou atrapalhe o pensamento das crianças. Esse não é o momento de corrigir, e sim de apoiar a produção. Terminada a produção, socialize o texto de todos e escolha um ou dois para constar do banner. Tome como critério aquele que apresenta a informação mais curiosa ou relevante sobre o bairro. Esse texto será revisado na aula seguinte.


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2G Revisão coletiva Coloque no quadro os textos selecionados na aula anterior da maneira como foram escritos, com os erros que tenham, para ser alvo de revisão entre todos. Crie um clima de investigação e de respeito, de modo que todos possam sugerir mudanças e soluções para os possíveis problemas da primeira versão do texto. Essa é uma ótima oportunidade para refletir sobre a escrita e a linguagem escrita. Para que a discussão seja mais proveitosa, foque a conversa em um ou dois problemas que precisam ser resolvidos. Em geral, abordam-se primeiro as questões relacionadas à coerência do texto. Faça perguntas como: • Ficou claro o que está escrito? • O leitor vai entender a informação

registrada? • O que faltou para ficar claro? • Faltam informações relevantes? Quais? • Como registrar? Vale salientar que a ideia não é fazer um novo texto, e sim melhorar o que já está escrito. Depois de discutir questões estruturantes do ponto de vista da compreensão do texto, é possível se deter nas palavras escritas de forma errada. Caso haja dúvidas que os alunos não consigam resolver, lembre-se que você é o melhor informante da sala. Esta atividade pode ser feita em dois dias, caso sinta que há muitas questões para discutir e que a concentração dos alunos diminuiu com o tempo da tarefa. Quando a revisão estiver concluída, guarde o texto para a edição.

Milena Santos de Jesus EM Casa da Providência

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ETAPA 3 ­­­– Curiosidades sobre os bairros Esta etapa tem por finalidades: • Ampliar o estudo do bairro/região em

que está situada a escola; • Fazer um paralelo do bairro/região da escola com o bairro da Liberdade.

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quer saber mais? • Um aplicativo criado por 14 estudantes da rede estadual da Bahia mostra o que há de melhor no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Disponível para download em smartphones e tablets com sistema Android. Leia mais em http://goo. gl/B3BNNz, acesso em 06/08/2016

3A Escrita de lista de atrações culturais do bairro/região A primeira atividade desta etapa consiste em discutir com os alunos as principais atrações culturais do bairro da escola ou os lugares que merecem destaque. Como tarefa, você pode pedir a observação do trajeto de casa para a escola. Se possível, realize um passeio no entorno da escola. Outras

opções são um passeio com pais ou responsáveis ou ainda uma pequena exposição de fotos trazidas pelos alunos, ou preparada por você, sobre o que merece ser discutido em aula. Após o levantamento inicial, é o momento de indicar os lugares que serão registrados. Decida, coletivamente, e, depois, considerando as competências próximas, peça que as duplas produti-

vas escrevam no caderno a lista dos locais que merecem destaque. Aproveite o momento para fazer intervenções que contribuam para a reflexão sobre o sistema de escrita, pedindo que leiam o que escreveram e justifiquem as escolhas feitas em relação às letras utilizadas, à quantidade delas e à ordem em que aparecem. Essa lista pode ser guardada para fazer parte do banner! Os desenhos feitos podem ser usados para compor o mural da escola ou colocados no produto final.

Lucas Araújo de Oliveira Santos EM Jaime Vieira Lima

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3B Escrita de lista de nomes de ruas Todo bairro tem algumas ruas ou avenidas mais movimentadas. Elas apresentam maior concentração de pessoas e casas comerciais, são de

fácil acesso ou importantes corredores urbanos. Em geral, elas recebem o nome de alguém importante. Essas informações, além de interessantes, podem ser uma forma de conhecer melhor o bairro. As ruas do Curuzu e Lima

e Silva são exemplos na Liberdade. Peça que os alunos lembrem o nome de ruas que fazem parte do trajeto de casa para a escola. Instigue-os a conhecer diversos deles e, após a discussão, selecione alguns para propor o ditado. A ideia é que cada criança escreva no caderno o que você ditar e, depois, tenha um tempo para comparar as escritas e justificar, com um colega, a grafia feita. Em seguida, para os alunos com escrita não alfabética, você pode colocar no quadro a escrita de uma dupla e encaminhar uma discussão seguindo as orientações de escrita coletiva já publicadas no caderno do segundo bimestre (Álbum de animais). Já àqueles com escrita alfabética, peça que discutam as diferentes grafias focando a reflexão na ortografia.

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3C Conhecendo causos Uma boa forma de saber mais sobre a região em que mora ou estuda é conhecer alguns causos – histórias que são narradas de geração em geração e que fazem parte da cultura local. Para isso, leia os depoimentos de Mãe Hilda e Zebrinha, converse sobre o conteúdo abordado e convide uma pessoa da comunidade ou da própria escola para contar um causo, algo típico do lugar, com o objetivo de apreciar uma boa história e ir construindo progressivamente uma identidade com base nas experiências vividas e nas informações descobertas. 4º BIMESTRE

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3D Preparando uma entrevista A entrevista é uma ótima situação para saber mais sobre um determinado assunto. Para que seja bem-sucedida, é importante convidar alguém que saiba bastante sobre o bairro. Antes de marcar o encontro, porém, é preciso fazer a preparação da entrevista. Muitas pessoas são referência para saber mais sobre o bairro: um morador antigo, um familiar dos alunos, algum professor de universidade, um historiador, um funcionário da Secretaria de Educação ou da escola. Enfim, o importante é selecionar alguém que conte fatos interessantes sobre o bairro. Definida a pessoa, é o momento de apresentar a proposta aos alunos e lançar o desafio de preparar a entrevista. Pergunte se já viram alguém sendo entrevistado, converse sobre essa experiência e traga à tona o propósito da tarefa. Organize as crianças em quartetos

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e peça que, com base no que já aprenderam sobre o bairro até aqui, pensem no que gostariam de saber e formulem perguntas para o entrevistado escolhido. Um aluno do grupo que já escreva alfabeticamente fica responsável por registrar as questões. Em seguida, abra espaço de intercâmbio pedindo que cada quarteto fale sobre as perguntas elaboradas para que a turma toda, em conjunto, decida quais são mais relevantes para o estudo. O número de perguntas também não pode ser muito grande para não cansar o entrevistado nem as próprias crianças. Definidas as questões, é hora de organizar quem fará cada uma e a ordem. Uma sugestão é que cada dupla fique com uma pergunta. Vale orientar os alunos para ter atenção durante a entrevista. Às vezes, em uma determinada resposta, o entrevistado dá informações que responderiam a outra

pergunta formulada. Se isso acontecer, ela não precisa ser feita. No dia da entrevista, deixe o espaço preparado de forma que os alunos possam ver o entrevistado e ouvi-lo bem. Caso a entrevista não seja possível, há um vídeo sobre a Liberdade no site de notícias G1 (http://goo.gl/9NO1Bb), acesso em 19/7/2016. Nele, é contada a história do bairro com base em pesquisas feitas por Florisvaldo Junior, um morador da região que queria conhecer melhor o lugar em que vivia. O interesse pessoal levou Florisvaldo a reunir materiais diversos, inclusive fotos antigas. Ele fotografou os mesmos lugares, para comparar como eram antes e hoje. O vídeo é uma boa fonte de pesquisa. Elabore algumas questões antes de apresentá-lo aos alunos. Levante as perguntas em sala de aula e oriente-os a tentar buscar as respostas na reportagem que será exibida.


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3E Tomada de notas No dia seguinte à entrevista, retome com os alunos as principais informações descobertas e as que consideraram mais interessantes e relevantes para o estudo. Deixe-os comentar sobre a experiência e pergunte: • O que acharam de ser repórter por um dia? Em seguida, reveja com eles o que descobriram a respeito do bairro. Procure ressaltar os pontos altos da fala

do entrevistado e assuntos que merecem destaque na pesquisa. Depois, faça um cartaz, em forma de lista, registrando somente os pontos importantes da conversa. Nessa situação, você é o escriba e responsável pela notação. Os alunos são os ditantes, responsáveis por elaborar as informações em um texto e ditá-lo. Junte esse cartaz ao outro, feito no início do trabalho, para serem retomados no momento da produção.

Rafael EM Campinas de Pirajá

4º BIMESTRE

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3F Leitura sobre a Feira do Japão A Feira do Japão é um comércio tradicional na Liberdade e muito conhecida pelas crianças do bairro. A proposta é ler o verbete que trata sobre a feira e localizar uma informação que está explícita no texto: o porquê do nome. Antes, porém, levante os conhecimentos prévios dos alunos em relação a essa atividade comercial, pergunte se já visitaram a feira, peça que comentem o que costuma ser vendido lá, como ela é organizada e explore o que sabem sobre o assunto. Em seguida, proponha a leitura em duplas, caso seja possível. Se não, leia em voz alta e peça que eles acompanhem. Diga que buscam a resposta para uma pergunta específica. Isso os

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ajudará a localizar a informação. Depois da leitura, instigue as crianças a comentar sobre o texto e a resposta localizada. Faça com que elas relacionem o Largo do Japão à chegada dos japoneses e ao início da venda de produtos de uma forma parecida com a das feiras medievais. Por isso, o nome Feira do Japão. Formem juntos uma resposta, peça que eles ditem a você para, depois, copiar no caderno. Para os alunos dos outros bairros, selecione um lugar que merece destaque na região em que estudam e leve um texto expositivo com informações curiosas a respeito. Sugira uma pergunta cuja resposta esteja explícita no texto e siga o encaminhamento proposto aqui.


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3G Leitura sobre o Centro Cultural Ilê Aiyê Valorizar as principais manifestações culturais e artísticas da cidade é um dos objetivos desta sequência. O Carnaval é uma delas e por isso o Ilê Aiyê foi incluído. Além de ser um importante bloco de Carnaval, ele também tem papel fundamental na sociedade soteropolitana como centro cultural, social e político, que contribui para a formação humana da população. Inicie a atividade levantando os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do bloco carnavalesco e do centro cultural Ilê Aiyê. Em seguida, leia o texto em voz alta e peça que os alunos grifem as informações que acharam mais interessantes. Releia os trechos destacados, faça anotações no quadro e proponha as perguntas numa roda de conversa. Para quem não estuda na Liberdade, faça o mesmo encaminhamento proposto na aula anterior e traga a tônica da discussão para os centros culturais do bairro ou da região em que estão. Para finalizar a atividade, são apresentadas duas questões para os alunos responderem por escrito. Os que já leem e escrevem convencionalmente podem formar duplas com os que ainda não o fazem. É importante reforçar que o aluno que não está lendo pode contribuir com a resposta, já que terá o colega para ler o texto, enfatizando a importância da contribuição e participação dele. Durante a socialização das respostas, considere as diferentes maneiras de elaborar o texto e valorize o modo encontrado pelos alunos. Caso a resposta não seja a correta, retome com a dupla ou com a sala o texto lido e ajude a localizar a informação necessária de forma a aprender como proceder para localizar uma informação explícita no texto. 4º BIMESTRE

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3H Leitura de curiosidades de lugares do bairro/região A atividade apresenta dois textos sobre lugares de destaque da Liberdade. Cada um deles será lido por metade da classe, em duplas. Peça que grifem o que acharem mais interessante. É importante informar a todos que, após a leitura, irão dizer aos colegas o que acharam mais curioso a respeito do local. É imprescindível ter um aluno que leia com uma certa fluência em cada dupla. Caso necessário, forme trios. Durante a atividade, passe pelas duplas e ajude-as na leitura, na compreensão de alguma passagem difícil e na seleção da informação. Pode ser que ainda marquem quase todo o texto ou somente algumas palavras, não garantindo a compreensão da informação. Nesses casos, leia o que destacaram, peça que justifiquem a escolha do trecho de modo a identificar a relevância e ajude-os a perceber a falta de partes que completem a informação. Durante a socialização, cada dupla deve expor o que achou mais interessante. Faça com que uma complemente a outra. No final, com a ajuda dos alunos, sintetize as informações que merecem destaque. Em seguida, proponha que cada grupo responda às perguntas propostas para o texto lido. São questões que pedem que os alunos localizem uma informação explícita no texto.

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3I Conhecendo legendas Para iniciar o processo de produção, é preciso ampliar o repertório dos alunos. Entre os diferentes gêneros de texto que eles terão de produzir para o banner está a legenda de fotos. Selecione jornais, revistas e livros informativos para que leiam e analisem as informações que comporão a legenda e entendam a forma como ela é feita. Depois dessa primeira exploração, leia o texto do Caderno do aluno e pergunte sobre a relação existente entre a imagem e o texto, ajudando as crianças a perceber que a legenda identifica o local, mas traz informações que complementam a foto. Dependendo da proximidade com o gênero que elas tiverem, destine mais uma aula para ler e analisar legendas.

David EM Graciliano Ramos

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3J Escrita de legenda (ditado ao professor) A atividade consiste em um ditado a você de uma legenda para uma foto escolhida pelo grupo, dentre as quatro oferecidas no anexo deste caderno. Depois de eleger uma imagem, coletivamente, retome oralmente o que os alunos sabem sobre o local escolhido. Com base na discussão a respeito do gênero, realizada na aula anterior, incentive-os a pensar nas principais informações que não podem faltar na legenda da foto, considerando os possíveis leitores e o espaço em que o banner irá circular. Após a discussão, faça o planejamento do texto listando no quadro os tópicos essenciais, com o objetivo de servir de apoio à produção. Inicie a escrita pedindo que os alunos ditem o texto a você. Algumas orientações didáticas são fundamentais: escrever conforme o que ditam; proble-

matizar as diferentes possibilidades de dizer a mesma informação; reler o que foi escrito para revisarem algum problema identificado ou para dar continuidade ao texto; valorizar a fala de todos e dar sua opinião quando for necessário para avançar na proposta, entre outras. Para mais informações, volte às orientações para as atividades da sequência Jogos africanos, no caderno do terceiro bimestre. Terminada a produção, pode ser que o texto tenha problemas de coerência e coesão, como partes confusas, repetição de palavras ou falta de informação relevante. Se isso acontecer, em outro dia, recoloque o texto no quadro e realize uma revisão coletiva. Se os alunos perceberem os problemas, pensem juntos na solução. Caso contrário, identifique-os e peça que eles encontrem um jeito de resolvê-los. Voltar aos textos lidos pode ajudar.

Walder Brito de Souza Junior EM Juiz Oscar Mesquita

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3K Escrita de legenda (ditado ao professor) Esta atividade propõe a escrita de uma legenda, como nas propostas anteriores, mas agora para uma foto de um lugar de destaque do bairro ou da região em que a escola está situada. Você pode selecionar da internet ou tirar uma foto do local escolhido. Mostre para as crianças e peça que ditem para você a legenda. Siga as orientações dadas para o ditado ao professor e, caso haja necessidade, realize uma revisão coletiva em outro dia. Esta produção irá para o banner!

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3L Escrita de legenda (duplas) Ainda sobraram três fotos no anexo do caderno do aluno, que serão legendadas por eles em dupla. Cada dupla deve escolher uma foto e escrever uma legenda para ela. A ideia é que se sintam à vontade para selecionar o lugar que mais conhecem. Entretanto, é importante, nessa divisão, que todos os lugares sejam escolhidos porque farão parte do produto final.

Como a proposta é que os alunos produzam uma legenda, as duplas devem ser formadas considerando um aluno que já escreve alfabeticamente e um que ainda não, tal como algumas propostas já realizadas. Isso evita que a notação seja um problema. Aquele com escrita alfabética exerce a função de escriba e o que não escreve convencionalmente tem a função de ditante. É muito importante considerar as fun-

ções de cada um e ajudá-los a exercer seu papel para o bom funcionamento da proposta. Explicadas a tarefa e a forma como as duplas trabalharão, peça que todos realizem o planejamento do texto pensando, juntos, nas informações sobre o local escolhido que não podem faltar, listando-as no caderno. Ajude as crianças a entender que se trata de uma lista e não do texto. Passe pelas duplas e verifique se a seleção das informações é suficiente e ajude no que for preciso para completá-la. Durante a produção, deixe que elas escrevam livremente. Contribua ou faça intervenções quando forem solicitadas ou se perceber que as duplas não trabalham bem. 4º BIMESTRE

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3M Revisão coletiva A proposta desta aula é revisar coletivamente os textos que irão para o banner final. Como somente um texto de cada foto vai para o mural, a ideia é ler todas as legendas produzidas para os alunos escolherem uma a ser revisada. O critério de seleção pode ser o texto com mais informações ou aquele em que a escrita está mais adequada ao gênero e apresentada de forma mais clara. Uma vez selecionado, é o momento de copiá-lo no quadro, tal como foi

escrito, e propor a discussão sobre as possíveis melhorias. Esse é um momento importante porque possibilita uma reflexão apurada sobre os recursos linguísticos utilizados para tornar o texto bem escrito. Ouça o maior número de alunos e também dê sua opinião. Nas discussões, retome o destinatário, para quem está sendo criado o banner, porque isso ajuda nas decisões. Para enriquecer a atividade e não deixá-la cansativa, faça um texto por dia e reserve-os para posterior edição.

ETAPA 4 – Edição Esta etapa tem como finalidades: • Elaborar os banners para apresentação a outros alunos da escola do que

foi estudado. • Organizar o espaço em que serão colocados os banners para a exposição ao destinatário.

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4A Revisão dos textos produzidos Depois de realizado o estudo e dos textos produzidos, é o momento de pensar no produto final. Para isso, é essencial discutir as características do portador: como são os banners? Retome os comentários e as análises feitas no início da sequência e pense, junto com os alunos, como serão os banners que a turma fará. Discuta o tipo de papel, a forma de organizar

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as informações e a divisão das tarefas na edição. Lembre-se de que eles devem conter não só informações sobre o bairro da Liberdade mas também sobre o bairro em que está localizada a escola. Recupere o material produzido ao longo da sequência para pensar nos banners. Foram feitas as listas de lugares típicos dos bairros, nomes de ruas importantes, desenhos, textos do tipo

Você sabia? sobre a origem histórica da Liberdade e legendas de fotos de lugares especiais do bairro. Considere tudo o que foi produzido para esse momento da edição. Com as decisões tomadas, iniciem as tarefas respeitando a divisão de trabalho proposta coletivamente.


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4B Edição do banner Reserve esta aula para a montagem dos banners. Forme quartetos, disponibilize os materiais, retome a divisão de trabalho feita na aula anterior e comece a preparar o produto final. Uma sugestão para a elaboração de banners é a utilização de papel metro. A ponta poderá ser enrolada num pedaço de cabo de vassoura para dar a impressão de banner, que fica geralmente pendurado, e não afixado. Entretanto, caso isso não seja possível, organize cartazes convencionais.

Ajude os alunos a pensar na composição de textos e ilustrações e, também, no tamanho da letra para que verifiquem se estão adequadas à leitura. No final, mostre o produto para que os alunos apreciem o trabalho feito e, depois, comecem a pendurar os cartazes nos locais escolhidos. Converse com eles sobre a necessidade de convidar o destinatário para conhecer o estudo e na melhor forma de fazê-lo. Pode ser um convite, um bilhete ou uma conversa. Optem por uma delas e se preparem para isso.

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4C Entrega ao destinatário

Ingrid Conceição dos Santos EM Professor Afonso Temporal 4º BIMESTRE

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4D Atividade avaliativa Com o objetivo de avaliar o desempenho na compreensão leitora dos alunos, você pode aplicar um trabalho próximo ao feito na atividade 3G. Trata-se de uma leitura com duas perguntas. Para respondê-las, os alunos terão de localizar informações explícitas. Leia o texto e as perguntas e deixe que eles façam o restante sozinhos. Mas atenção: você não precisa dizer que eles estão sendo avaliados. Trate a atividade como apenas mais uma relativa à sequência em que conheceram tantas coisas novas sobre a cultura e a história de Salvador.

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4E Autoavaliação A última atividade tem como propósito fazer um fechamento sobre as principais aprendizagens que o trabalho desenvolvido proporcionou, bem como propor aos alunos uma autoavaliação. Inicie a atividade com uma roda de conversa sobre partes do trabalho que mais apreciaram, resgate o que aprenderam sobre a Liberdade e o bairro ou

a região em que a escola está situada e, principalmente, os textos expositivos, os Você sabia? e as legendas de fotos. Coloque também sua opinião sobre as aprendizagens e a postura dos alunos para o sucesso da pesquisa. Ressalte os pontos positivos do grupo e também aqueles em que eventualmente eles ainda precisem melhorar.

Maria Santos EM João Pedro dos Santos 4º BIMESTRE

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contos de assustar pág. 27 plícitas e implícitas, comparação, entre outras); apreciação e réplica (recuperar contexto de produção da obra, relações de intertextualidade, percepção de outras linguagens etc.). • Identifiquem passagens da história que assustam comentando os efeitos produzidos pela forma como o conto está escrito. • Apreciem as histórias e situações de leitura de que participam.

tempo estimado • 12 aulas.

material

• Livros que dão uma pontinha de medo e apresentam personagens que assustam e cenários sombrios.

produto final

• Leitura de contos para outra turma.

introdução

COM ESTA SEQUÊNCIA, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS • Participem de uma comunidade de leitores em sala de aula. • Avancem na capacidade de apreciação de histórias e ampliem o repertório. • Desenvolvam os comportamentos leitores referentes a: comentar as

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impressões pessoais; partilhar preferências sobre determinados personagens; e indicar a leitura de contos para colegas. • Compreendam os textos apoiando-se nos conhecimentos sobre a temática e características do gênero, mobilizando as capacidades de: leitura de compreensão (antecipação e verificação de informações, localização de informações ex-

Segundo a escritora Heloisa Prieto, há vários tipos de história: “As que nos ensinam a pensar, geralmente engraçadas; as de mistério, que provocam sempre um pouquinho de medo; e as histórias tristes, que dão vontade de chorar”. (PRIETO, Heloisa. Lá vem história: contos do folclore mundial. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 1997. p. 9). Se você parar para pensar, verá que existe, na verdade, uma infinidade delas. É importante garantir essa diversidade nas práticas de leitura da escola. Em geral, nas salas de aula (principalmente de alunos menores) predominam as narrativas de encantamento. Isso acontece porque esse tipo de texto traz um universo simbólico maravilhoso, que permite pensar sobre a vida e alimentar o jogo simbólico infantil. Ampliar o repertório literário, porém, se faz necessário. E nada mais instigante do que conhecer


CONTOS DE ASSUSTAR - CADERNO DO PROFESSOR

narrativas com mistérios e assombrações que os desafiem e os envolvam em acontecimentos fantásticos. Essas histórias serão apresentadas aos alunos nesta sequência, mas não se preocupe com a adequação à faixa etária. Os contos escolhidos assustam, mas só um pouquinho. É bom ressaltar que existe um certo prazer em sentir medo e, da forma como o trabalho está organizado, é possível que esse sentimento seja controlado. A presença dos amigos vai contribuir para criar um clima a mais, já que eles podem se apoiar mutuamente para apreciar as histórias. Na maior parte das atividades, os textos usados são de Heloisa Prieto. Foram retirados dos livros Lá vem história e Lá vem história outra vez, que apresentam contos divididos em três categorias: histórias para sonhar, para rir e pensar, e para sentir uma pontinha

de medo. Desta última parte, foram selecionadas as mais leves nos recursos utilizados para assombrar. Existem outros autores importantes nesse gênero, e dois deles não poderiam ficar de fora: Angela Lago e Ricardo Azevedo. Ambos pesquisam a cultura popular brasileira e dela recolhem histórias contadas pelo povo há muito tempo. Não deixe de comentar essas curiosidades com os alunos. A sequência foi organizada de modo a garantir a presença de personagens e cenários já conhecidos, por serem típicos das narrativas de suspense e mistério (bruxas, fantasmas e a temida morte, no caso das personagens; cemitério e mar, no caso dos cenários). Procure, no acervo da escola, outros livros que contemplem esses critérios e leia mais histórias para os alunos considerando os encaminhamentos propostos. Para enriquecer as atividades, rea-

lize rodas de leitura com certa periodicidade para que os alunos possam, sozinhos ou em pequenos grupos, selecionar e manusear um livro. Seria interessante que a sala tivesse um pequeno acervo organizado em um canto, assim como proposto com os gibis e os contos clássicos e contemporâneos. Para fechar o trabalho, você pode propor que os alunos leiam as histórias preferidas em voz alta para outra turma da escola. Esse dia de leitura pode ser marcado para o final do bimestre, tal como foi sugerido na sequência Contos de ontem, contos de hoje, no terceiro bimestre. Para isso é necessário se preparar para ler em voz alta e organizar o espaço em que serão lidos os contos. A atmosfera dessas histórias costuma ser mais sombria. Caracterizar o ambiente pode ser uma boa forma de atrair os convidados e aproximá-los desse universo literário.

quadro de organização da sequência Etapas

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Apresentação do trabalho

Atividades

1A Conhecendo o trabalho.

2A Leitura e apreciação de A festa das bruxas. 2B Leitura e apreciação de O médico-fantasma. 2C Leitura e apreciação de O fantasma da sorte. 2D Escrita de listas de personagens assustadores. 2

Conhecendo as histórias

2E Leitura e apreciação de A armadilha da morte. 2F Qual é seu medo? 2G Leitura de indicações literárias. 2H Leitura e apreciação de Encurtando o caminho. 2I Leitura e apreciação de Caio?.

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Encerramento

3A Roda de fechamento.

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ETAPA 1 – Apresentação do trabalho Esta etapa tem por finalidades: • Conhecer a sequência didática.

• Despertar o interesse para as leituras que serão feitas ao longo do trabalho.

• Fazer comentários sobre as impressões a respeito dos contos.

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quer saber mais?

1A Conhecendo o trabalho Inicie a sequência de leitura literária preparando o espaço em que vai apresentar o trabalho aos alunos. A roda pode ser interessante porque todos se veem e você pode dispor os livros no centro, caso os tenha, para fazer uma exploração e apresentação dos autores e ilustradores. A leitura do enunciado pode provocar uma conversa sobre o que as crianças pensam e sabem a respeito das histórias que assustam. Antecipar os personagens e as ações, bem como o tipo de cenário dos enredos, pode ser um ótimo caminho para

João Vitor EM João Pedro dos Santos

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que entrem no clima das narrativas. Ao final do bate-papo, explique aos alunos que eles irão apreciar muitas histórias que têm como personagens a bruxa, o fantasma e a morte. Vale ressaltar que a morte tanto pode surgir como algo que acontece a um personagem quanto pode ser o próprio personagem da história. No segundo caso, é possível observar quando ele age e conversa, tornando-se protagonista. Instigue a curiosidade dos estudantes para pensarem no tipo de enredo que vão encontrar e, se possível, leia uma história.

Livros para complementar as atividades propostas na sequência: • Contos de enganar a morte. Ricardo Azevedo. São Paulo: Ática, 2003. • Encantamento – Contos de fada, fantasma e magia. Kevin Crossley-Holland. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2003 • Lá vem história. Heloisa Prieto. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 1997. • Lá vem história outra vez. Heloisa Prieto. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 1997. • Sete histórias para sacudir o esqueleto. Angela Lago. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2002. • Muito capeta. Angela Lago. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2004. • O livro dos medos. Heloisa Prieto (org.). São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2000.


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ETAPA 2 – Conhecendo as histórias Esta etapa tem por finalidades: • Conhecer as histórias e os autores.

• Fazer comentários sobre as impressões que tiveram sobre os contos.

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2A Leitura e apreciação de A festa das bruxas A primeira história proposta traz como personagem a bruxa, mais que conhecida pelos alunos por fazer mal às princesas nos contos de fadas. Essa história, porém, é diferente. As bruxas, embora permaneçam com suas características físicas e psicológicas, surgem para uma pessoa comum. Isso provoca o leitor a se colocar no lugar do personagem e pensar no que poderia acontecer com ele! Antes da leitura, promova uma conversa para saber o que eles conhecem

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a respeito do personagem e quais histórias já ouviram ou leram. Em seguida, apresente a autora. Diga que ela é brasileira e que tem muitos livros publicados. Se precisar de mais informações sobre ela, leia a entrevista publicada no site da revista Nova Escola (http://goo.gl/ mhIh8e), acesso em 3/7/2016. Durante a leitura, é importante criar um clima de suspense. Prepare o ambiente de modo a envolver a turma na narrativa. Você pode escurecer a sala e usar um abajur para ler. Tudo isso contribui para chamar a atenção, mas é a leitura, a forma como você lê, que

envolverá de fato os alunos. Por isso, use uma entonação adequada para cada trecho da história e diminua o ritmo da leitura. Sussurre em partes que mais apresentam suspense. Depois da leitura, peça que os alunos comentem as impressões que tiveram. O texto termina com uma pergunta – “Você tem certeza de que foi só um sonho?” – e respondê-la pode ser uma boa forma de embalar a conversa. • Quais pistas o texto dá para confirmar que era um sonho? As crianças podem falar que o fato aconteceu no meio da noite e o homem estava dormindo. Será que ele acordou? Caso isso aconteça, retome o trecho mencionado, pois esse procedimento evidencia um comportamento leitor importante – voltar ao texto para confirmar as hipóteses levantadas. O final da história também pode ser usado como pista para afirmar que foi um sonho, já que quando o homem volta para casa a festa tinha acabado. Pergunte: • Há uma voz que deixa o personagem em dúvida. De quem é ela? Em seguida, instigue quem acha que não foi um sonho a justificar. No final da conversa, pergunte: • Vocês sentiram medo? • Que trecho provocou tal sensação? Quem não sentiu medo também deve comentar o porquê. Se for oportuno, questione o fato de o homem pacato saber voar na vassoura da bruxa. Relembre esta passagem instigante na história: “...aquele homem tão tranquilo conhecia um pouquinho as brincadeiras das bruxas, porque sua mãe entendia muito do assunto”. A menção à mãe só aparece aqui e leva a pensar que a mãe era uma bruxa. Será? • O que vocês entenderam desse trecho? • Por que ele voava tão bem? Se tiver outras histórias de bruxa que não sejam contos de fadas, leia para os alunos. Os livros selecionados Lá vem história e Lá vem história outra vez apresentam contos com bruxas.


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págs. 30 e 31 2B Leitura e apreciação de O médico-fantasma Nesta aula, você vai trabalhar com outro personagem que costuma arrepiar as crianças: o fantasma. No Caderno do aluno, há duas histórias. A sugestão é ler em dias diferentes e, depois, comparar as versões. Para a leitura de O médico-fantasma, o seguinte encaminhamento pode ser eficiente: Antes da leitura Leia o título. Se tiver o livro, apresente a capa. Pergunte qual é o provável cenário da história e quais serão os possíveis acontecimentos. Antecipar o conteúdo pode atrair a atenção dos alunos, além de ser uma estratégia de leitura importante para a formação do leitor. Durante a leitura Lembre-se de criar o clima para a história. Prepare o espaço para a leitura e treine para utilizar a entonação e o ritmo adequados. Desta vez, realize algumas paradas estratégicas. A primeira é logo em seguida à fala do menino que teve a roupa presa no portão do cemitério.

Primeira parada • O que será que aconteceu com o menino? Por que ele ficou preso? • Alguém virá salvá-lo? Quem? • E o título, será que pode nos ajudar a pensar sobre a continuidade da história?

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Escute o que os alunos têm a dizer, mas não faça comentários a respeito dos episódios do conto. Continue a leitura.

Segunda parada • Se a história acabasse aqui, qual seria a parte que mais amedrontou vocês? Por quê? • E esse médico? Existe esse profissional trabalhando no cemitério?

Depois da leitura Escute o que os alunos falam após a leitura do último parágrafo da história e inicie uma conversa retomando as antecipações, os comentários e as impressões que tiveram durante a leitura. Proponha, em seguida, as perguntas sugeridas no Caderno do aluno e faça outras, se achar necessário.

Yasmin Santos Mendes EM Jaime Vieira Lima

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CONTOS DE ASSUSTAR - CADERNO DO PROFESSOR

págs. 32 e 33

2C Leitura e apreciação de O fantasma da sorte Para iniciar a leitura desse conto, leia o enunciado e peça que os alunos antecipem o possível conteúdo da história com base nas perguntas feitas. O título tem a palavra sorte. • O que será que ela representa? • Sorte para quem? Para o fantasma ou para outro personagem? Depois de ouvir as respostas dos alunos, faça a leitura sem interrupções. Para mais orientações sobre encaminhamentos de leitura, leia as orientações na sequência Seguir um autor, proposta no caderno do primeiro bimestre. Após a leitura, proponha uma conversa sobre as características desse fantasma. Retome o trecho que o descreve como “uma linda criança, cercada de uma luz cintilante” e discuta sobre a semelhança dessa descrição com a de um anjo. Pode ser que os alunos digam que esses contos não dão medo. Pergunte: • Por que os contos são classificados como histórias que dão uma pontinha de medo? • Vocês identificam alguma passagem em que o autor deseja que tenham medo? Caso não saibam, ou depois das contribuições, você pode citar essas passagens: •“...[Os habitantes] temiam penetrar em suas imediações [castelo], pois diziam que o lugar era mal-assombrado”. •“... Mas, quando chegou a madrugada, ele despertou, assustado”. •“... o castelo está lotado de hóspedes, eu não tive escolha. Coloquei o capitão no quarto do menino”. •“... neste castelo vive o fantasma de um menino”. Após essa apreciação, a proposta é comparar os dois contos lidos para discutir as semelhanças e diferenças. A comparação pode se concentrar no personagem fantasma, considerando suas características e ações, e tam4º BIMESTRE

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pág. 33

bém no cenário e nos outros acontecimentos do conto. É possível observar que em ambas as histórias o personagem fantasma não é tão assustador e ajuda quem passa por ele. Tanto o médico como o menino têm o intuito de ajudar quem precisa e não a intenção explícita de assustar. O que assombra é o fato de ser fantasma e de o leitor saber que se é fantasma já morreu. Em O médico-fantasma, a história se passa na porta do cemitério e em O fantasma da sorte, num castelo mal-assombrado. Ambos cenários sombrios. Considere os comentários dos alunos e retome o conto da atividade 2B para destacar trechos que confirmem ou refutem as hipóteses levantadas durante a conversa. Para terminar a discussão, pergunte qual das histórias lidas é a mais assustadora e peça justificativas para as escolhas.

Rian Carlos da Silva EM Arte e Alegria

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pág. 34 2D Escrita de listas de personagens assustadores Esta atividade tem como proposta fazer um levantamento de personagens que costumam ser assustadores nos contos. Já lemos até aqui histórias que apresentam bruxas e fantasmas. Quais mais assustam e nos fazem sentir medo? Podem ser vampiros, lobos, morcegos, lobisomem, ladrão, a morte. Avalie qual o melhor encaminhamento para a atividade, sabendo que o foco é pensar nos diferentes personagens. A sugestão é você ser o escriba e fazer um cartaz com a lista ditada pelos alunos. Saber mais sobre os personagens é uma forma de saber mais também sobre os contos.

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2E Leitura e apreciação de A armadilha da morte A proposta desta atividade se assemelha à das anteriores, mas agora apresentando o personagem mais temido: a Morte! Considere os três momentos da leitura e, para mais informações, retome as orientações dadas no primeiro bimestre, na sequência Seguir um autor. Antes da leitura, proponha uma discussão sobre o título. • Qual armadilha ela fará? • Será que a Morte precisa de armadilhas? • Já ouviram histórias em que a Morte era personagem? Como foi? Na maioria das narrativas ela vence o seu oponente, e essa pode ser uma boa discussão. Após a leitura, retome passagens do texto que são sutis à compreensão, como o fato de o velho dizer aos três jovens que encontrariam a Morte embaixo de uma figueira. Ela não estava lá, e sim um pote cheio de moedas. Questione: • Qual é a relação entre ambos? • Por que o velho ancião mencionou que a Morte nunca quis levá-lo? • Será que suas características, o jeito de levar a vida influenciam nessa decisão? Essas questões podem levar os alunos a avançar na compreensão da história. Instigue todos a participar, questione o que eles dizem, releia trechos para validar ou refutar hipóteses. Promova um espaço de reflexão, discussão e apreciação da narrativa. Outro ponto de discussão possível é a atitude dos rapazes com o velho. Na história, a forma como eles o trataram está relacionada com o perfil de cada personagem e com o desejo de se aventurar com a Morte. Converse sobre isso tomando o cuidado de não levantar morais preestabelecidas. Vale a pena ler outras histórias com o personagem Morte. Você encontra algumas de boa qualidade no livro Contos de enganar a morte, de Ricardo Azevedo, já sugerido no início da sequência.


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2F Qual é seu medo? Várias histórias foram lidas, e as crianças trabalharam sobre os trechos que mais assustam. Agora é hora de pensarem nos medos que têm. O texto apresentado traz à tona os receios de pessoas de várias idades e, além disso, revela os antídotos utilizados por elas para superá-los. É interessante notar que os adultos também têm medos e que eles são diferentes dos infantis. Essa leitura pode promover uma reflexão sobre as fragilidades humanas e a forma de vencer o que amedronta. Deixe os alunos falarem também dos medos que sentem e o antídoto utilizado para superá-los. Anote em um cartaz o que eles falarem e depois peça que façam um desenho para expor no mural da escola. Uma sugestão para complementar o trabalho é fazer uma pequena entrevista com outras pessoas da escola para saber se têm medos e o que fazem quando o sentimento aparece. Isso tudo pode ser material para o cartaz. 4º BIMESTRE

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Mariana Batista Santos EM do Uruguai

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quer saber mais? • Mais informações sobre os autores Ricardo Azevedo e Angela Lago nos sites www. ricardoazevedo.com.br e www.angelalago.net.br, acesso em 29/7/2016 2G Leitura de indicações literárias Como na sequência Contos de ontem, contos de hoje, a proposta aqui é usar a leitura de duas indicações literárias para fazer os alunos pensarem em critérios que justifiquem as escolhas do que gostariam de ler. Argumentar os motivos que os fizeram optar por uma determinada obra é fundamental na formação do leitor literário. Os alunos costumam escolher pouco

já que, dentro da escola, na maior parte das práticas de leitura, é o professor que escolhe o que vai ser lido. Essa é uma boa oportunidade de os alunos colocarem em ação o repertório literário que possuem para decidir qual livro querem conhecer. Por isso, depois de ler cada indicação, peça que as crianças comentem. • O que mais chamou a atenção de vocês?

• Vocês conhecem os autores? Comente que são dois brasileiros reconhecidos mundialmente pela obra literária. Depois de ler as duas indicações, pergunte às crianças que livro preferem. Releia trechos, instigue a curiosidade delas e retome passagens ou palavras que podem ajudar. Se tiver o título que a maioria selecionou, leia outro conto. Comente que a próxima atividade traz uma história de Angela Lago. 4º BIMESTRE

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2H Leitura e apreciação de Encurtando o caminho Sete histórias para sacudir o esqueleto é um livro que apresenta alguns casos que aconteceram em Bom Despacho, Minas Gerais, contados principalmente pelo pai de Angela Lago. Dar essa informação aos alunos pode ser interessante porque confere maior verossimilhança ao texto, e isso pode criar um suspense a mais. A escolha desse caso se deu porque o cenário da história é o cemitério. O

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espaço contribui para criar uma atmosfera sombria e gerar um friozinho na barriga. É o que acontece no cemitério que causa medo no leitor. É possível que os alunos achem graça porque a fala da menina falecida pode produzir um efeito contrário: o do humor. Converse com a turma a respeito disso. Faça perguntas como: • O que vocês sentiram enquanto ouviam o texto. Foi medo? • O cemitério pode ser um lugar assustador?

Peça comentários sobre a última frase do texto: “Quando estava viva, sentia exatamente a mesma coisa”. O final aberto também permite uma boa conversa: • Qual o impacto desse acontecimento como provocador do medo? • Depois do final, o que vocês acham que aconteceu com a tia Maria? • Vocês dariam um final diferente à história? Em outras palavras, é importante que percebam que essa é uma estratégia intencional, utilizada pela autora para impactar o leitor.


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2I Leitura e apreciação de Caio? O conto Caio? foi escolhido pelo mesmo critério utilizado anteriormente: o cenário – neste caso, uma fazenda mal-assombrada. O conto foi escrito por Angela Lago e se encontra no livro Sete histórias para sacudir o esqueleto. A ideia é seguir as orientações já dadas sobre os três momentos de leitura e focar a conversa apreciativa nas impressões pessoais que os alunos tiveram, nos sentimentos despertados e nas passagens do texto que mais chamaram a atenção pelo fato de serem assustadoras. O cenário precisa também ser foco de discussão, ou seja, como ele interfere nos recursos utilizados pela autora para produzir um efeito de medo no leitor. 4º BIMESTRE

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Luana EM Luiz Anselmo

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CONTOS DE ASSUSTAR - CADERNO DO PROFESSOR

ETAPA 3 – Encerramento Esta etapa tem por finalidades: • Finalizar o trabalho.

• Avaliar como foi todo o processo de leitura para evidenciar os aspectos positivos e os que precisam melhorar.

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3A Roda de fechamento A atividade apresenta questões com o objetivo de realizar uma síntese que ajude os alunos a saber mais sobre o gênero. Para tanto, retome trechos das histórias que marcaram o grupo, promova uma conversa que

destaque os personagens mais comuns nas narrativas lidas, os cenários e também as palavras e expressões típicas desses contos. Em seguida, peça que os alunos se autoavaliem e compartilhem opiniões a respeito das leituras realizadas.

Chamar a atenção para o que mais gostaram e o que menos apreciaram contribui para tomar consciência das preferências literárias de cada um. Você deve, no final, colocar em pauta suas observações, ressaltando os ganhos do trabalho e mencionando aspectos que precisam melhorar, sejam eles individuais ou do grupo. Abrir espaços para o diálogo e compartilhar com o grupo as conquistas e os desafios a serem conquistados costuma provocar uma postura de estudante que se quer na escola: a de um sujeito que participa efetivamente da construção do próprio conhecimento e que toma cada vez mais consciência de suas possibilidades e limitações, traçando planos e metas para o avanço das aprendizagens. 4º BIMESTRE

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análise e reflexão sobre a língua pág. 44

COM ESTE BLOCO, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS • Compreendam que o som /S/ pode ter diferentes formas gráficas. • Avancem no conhecimento de separar as palavras ao escrever um texto. • Avancem no conhecimento de que as nasais têm marcas gráficas próprias.

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tempo estimado • Seis aulas.

introdução

Este bloco tem como objetivo dar continuidade ao trabalho de análise e reflexão sobre a língua com o foco na ortografia. Espera-se que as situações propostas para refletir sobre o sistema de FERDI (editor) Explodiu esse trecho do texto em vermelho

escrita tenham contribuído para a conquista da base alfabética pelas crianças e, com isso, despertado a necessidade de pensar a ortografia. Provavelmente, são muitos os questionamentos dos alunos no sentido de saber com qual letra se escreve determinada palavra. Isso traz à tona a necessidade de propostas que visem à reflexão sobre esse conteúdo. Vale lembrar, entretanto, que as atividades deste bloco são destinadas aos alunos que já escrevem alfabeticamente, com o propósito de que continuem avançando na apropriação da escrita. As duas primeiras atividades retomam o conteúdo do terceiro bimestre: as marcas de nasalização e a segmentação do texto em palavras. As demais propõem uma nova discussão: o som /S/ (todas as vezes que uma letra ou um grupo de letras aparecer entre duas barras inclinadas, está se referindo ao som dela e não à grafia). Cabe aqui salientar que o som /S/, quando ocupa a posição inicial da palavra e está acompanhado das vogais A, O, U, apresenta uma regularidade porque não há outra letra que concorra com o som obtido. O mesmo já não acontece com as vogais E e I porque o som /S/, nesse caso, é o mesmo se usarmos a letra C, tornando-se assim uma irregularidade. Ou seja, não existem regras para apoiar a escrita. Quando o som /S/ aparece no meio das palavras existem muitas maneiras de grafá-lo. O foco aqui estará no SS e no Ç, mas isso não impede que outras formas gráficas apareçam e sejam discutidas. As atividades deste bloco devem ser feitas em paralelo com a sequência Nosso bairro, para que as discussões possam ser utilizadas ao longo da produção e revisão de textos, de modo a contribuir para a legibilidade do material de estudo e do produto final daquela sequência.


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

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1 Esta atividade tem como propósito revisitar o que foi discutido no bimestre anterior. Por isso, antes de iniciá-la, faça um levantamento do que os alunos lembram sobre as marcas de nasalização. Se for preciso, volte aos registros feitos para fomentar a dis-

cussão. É provável que outros alunos da turma tenham conquistado a base alfabética, e inseri-los nesse contexto de reflexão é importante. Nesse caso, peça que quem já fez as atividades das nasais explique aos colegas o que estudou e garanta que esses alunos

formem duplas com os que estão estudando ortografia pela primeira vez. Na correção, coloque todas as palavras identificadas no quadro e peça que justifiquem os motivos de as terem grifado. Finalize retomando as diferentes possibilidades de marcar a nasalização. Caso perceba que ainda há dúvidas, prepare outras atividades parecidas. Se for uma necessidade somente dos alunos que conquistaram a base alfabética recentemente, uma opção é fazer as atividades do caderno do terceiro bimestre, que não foram feitas por eles. 4º BIMESTRE

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2 Esta atividade tem como propósito discutir a segmentação das palavras no texto. Para iniciá-la, é importante retomar algumas condições didáticas essenciais ao trabalho: os alunos precisam saber o que está escrito no texto e conhecer os símbolos, o traço e a barra, para resolver o desafio de segmentar. Para saber mais, releia a parte 2 do bloco Análise e refle-

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xão sobre a língua, publicado no caderno do terceiro bimestre. Para agrupar os alunos, considere os critérios utilizados na aula anterior e dê início à atividade com eles trabalhando em dupla. Ao fim da tarefa, faça uma correção coletiva no quadro. Pode ser que os monossílabos ainda sejam fonte de dúvidas. Eles propiciam bons

momentos de reflexão. Procure conversar sobre o significado de cada palavra. Isso pode funcionar bem com os substantivos. Depois dessa conversa, peça que copiem o jeito correto nas linhas do caderno. Caso sinta necessidade, prepare outras atividades parecidas com essa para dar continuidade à reflexão proposta.


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

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3 A partir desta atividade, inicia-se o trabalho com o som /S/ e espera-se que os alunos compreendam que esse som pode ser representado por diferentes formas gráficas. Ao longo deste bloco, é preciso que eles observem que, dependendo da posição que o som /S/ ocupa na palavra, bem como as vogais que o acompanham, pode-se obter uma regularidade ou uma irregularidade. Neste último caso, é necessário memorizar a forma de grafá-las, pois não existem regras que as apoiem. A

proposta é seguir o mesmo encaminhamento realizado no caderno do terceiro bimestre, dividindo a atividade em duas partes. Na primeira, você dita o texto para a turma. Use a quadrinha abaixo: Morena, minha morena, Carocinho de dendê
 Se eu fosse rapaz solteiro Me casava com você. Ao ditar, considere todo o verso e não palavra por palavra ou sílaba por

sílaba. Repita algumas vezes o trecho para que todos consigam escrever. Quando os alunos terminarem, inicie a segunda parte pedindo que ditem para você, letra por letra, as palavras selecionadas (elas estão grifadas em azul no texto). Relembre-os que fizeram no bimestre passado essa brincadeira da professora, ou do professor, que não sabe escrever. Na ocasião, eles tiveram de ditar as parlendas Pai Francisco e Salada, saladinha. Apesar de o procedimento ser o mesmo, o foco será outro porque a atividade concentra a discussão no som /S/. Coloque no quadro as diferentes formas que surgiram para grafar cada palavra considerando o objetivo do trabalho. Uma boa situação de reflexão a propor é sobre as diferentes possibilidades de escrever a sílaba /SE/ nas palavras SE, FOSSE, e /CE/ em VOCÊ. É importante que os alunos observem que o som é o mesmo, mas por não haver uma regra, precisam pedir ajuda a um adulto ou qualquer pessoa que saiba escrevê-la, ou ainda consultar o dicionário e outros materiais gráficos que contenham a palavra. É importante salientar que existe uma regularidade na palavra fosse porque todo verbo no subjuntivo se escreve com SS, mas isso não é possível discutir com alunos de 2o ano. O objetivo, portanto, é promover uma primeira aproximação, considerando as diferentes formas de escrever.

Marcos Vinicius Anunciação EM Juiz Oscar Mesquita

4º BIMESTRE

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BALAIO Eu queria ser balaio, sinhá! Balaio eu queria ser...
 Pra andar dependurado na cintura de você. Balaio, meu bem, balaio, sinhá Balaio do coração...
 Moça que não tem balaio sinhá bota a costura no chão [...] [...] Balaio, meu bem [repete]

4 Nesta atividade, você deve seguir os mesmos encaminhamentos propostos na aula anterior. Foram marcadas as palavras que poderão ser alvo de discussão e é necessário avançar na reflexão sobre as formas de grafar o som /S/. Neste texto, é possível investir nas palavras sinhá, cintura, moça e costura e, com

isso, tornar observáveis, por exemplo, as diferentes formas de escrever o som /S/ como em SI/CI. Outro exemplo é que, para ter o som /S/ em moça, se usa o Ç. E, por fim, que só a letra S serve para marcar o som /S/ depois de vogal, no fim da sílaba como em costura, por exemplo.

Eu queria ser balaio
 Na colheita do café Pra andar dependurado Na cintura da mulher. Balaio, meu bem [repete] Extraído de: Alfabetização: livro do aluno / ABREU, Ana Rosa et al. Brasília: FUNDESCOLA/ SEFMEC, 2000, Adivinhas, canções, cantigas, parlendas, poemas, quadrinhas e trava-línguas

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são sertão se espalhar

disse asseguro

5 Esta atividade tem como propósito discutir as diferentes possibilidades de marcar o som /S/. Para isso, os alunos devem identificar tal som nas palavras

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LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO

céu

judiação coração plantação

da canção Asa branca, de Luiz Gonzaga (1912-1989) e Humberto Teixeira (1915-1979), e encaixá-las na coluna correspondente. Deixe que eles façam

isso em duplas e, antes de corrigir, forme quartetos para que socializem o que conseguiram encontrar. Na discussão coletiva, leia parágrafo por parágrafo, frase por frase e pare nas palavras que eles destacaram. As que apresentarem S e tiverem som /Z/, como asa e Rosinha, por exemplo, não serão foco de análise. Caso eles tenham grifado, instigue-os a observar que o uso da letra S nesta situação corresponde ao som /Z/ e, por isso, não se encaixa em nenhum lugar da tabela. Faça a tabela no quadro e preencha conforme avança a discussão.


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

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6 A última atividade é um jogo dos erros para ser feito com as mesmas duplas de trabalho. Inicie a proposta pedindo que localizem uma palavra escrita de forma errada em cada estrofe e, em seguida, circulem-na. Depois pensem juntos na forma correta de escrevê-la e registrá-la na linha. Feito isso, forme quartetos para que comparem as respostas e reflitam juntos sobre as discordâncias. Enquanto isso, circule pela sala e acompanhe as

discussões para ajudá-los a refletir e para apoiar o debate coletivo, que deve ocorrer somente no caso de eles não chegarem a um consenso ou a uma conclusão correta. Se isso acontecer, registre a palavra no quadro, peça que todos os estudantes opinem e justifiquem os motivos de escrever de uma determinada forma e não de outra. Informe o jeito correto no final, caso não cheguem a uma conclusão.

Aline dos Santos EM Graciliano Ramos 4º BIMESTRE

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• Comuniquem as informações localizadas.

tempo estimado • 12 aulas.

material

• Letras móveis. • Papel pardo. • Textos para leitura ou livros. • Revistas com informações sobre brincadeiras de rua. • Crachás com o nome dos alunos. • Lista com o nome das crianças em letra bastão. • Papel cartão e cartolina. • Lápis de cor. • Alfabeto para ser fixado num lugar ao alcance dos alunos.

produtos finais

• Dia da brincadeira com alunos da escola. • Cartazes com o nome da brincadeira e um desenho.

introdução

COM ESTE BLOCO, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS Considerando somente os que não se apropriaram da escrita alfabética: • Reflitam sobre o sistema de escrita e analisem escritas, convencionais e não convencionais, avançando significativamente nas hipóteses.

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• Consultem outras palavras para escrever ou para ler as que desejam. Considerando somente os alunos com escrita alfabética: • Aproximem-se da leitura com a finalidade de obter informações e saber as instruções de uma brincadeira. • Localizem informações explícitas no texto.

Desde o primeiro semestre, vem sendo reforçada a importância de os alunos serem convidados a participar todos os dias de situações que promovam a reflexão sobre o funcionamento do sistema de escrita. Para intensificar ainda mais essa reflexão, este bloco contempla outras atividades que a potencializam de maneira contextualizada para que as crianças avancem nos conhecimentos sobre o sistema. O encaminhamento deste bloco segue a mesma lógica proposta nos cadernos do segundo e terceiro bimestres, ou seja, os alunos que ainda não compreenderam o sistema alfabético de escrita terão como tarefa escrever o nome de diferentes brincadeiras de rua para, no final, realizarem um dia da


DIA DA BRINCADEIRA - CADERNO DO PROFESSOR

brincadeira na escola. É interessante eles convidarem outras turmas para apresentar as curiosidades e também as regras para, em seguida, brincarem. Lembre-se que ter um propósito social para a escrita potencializa o desejo de escrever. Assim, como realizado no bimestre anterior, este bloco é composto de três partes:

joga: conjunto de propostas de leitura e localização de informação explícita organizado para os que já compreenderam o sistema alfabético.

• Parte 1 Destinada a todos, contempla a apresentação da proposta e escrita de lista de nomes de brincadeiras de rua tendo o professor como escriba.

Alerta Bobinho Ciranda Peteca Pipa/Arraia Pega-pega Esconde-esconde Cinco-Marias Queimada Elástico Estátua Mímica Adoletá Bandeirinha Bambolê Roda

• Parte 2 Organizada em dois conjuntos de atividades, que são realizadas simultaneamente. a) Escrita de nomes de brincadeiras de rua: atividades organizadas para alunos com escrita não alfabética. Consiste na escrita em duplas de nomes de brincadeiras utilizando letras móveis para depois serem discutidas entre todos. b) Conhecendo a origem ou curiosidades sobre as brincadeiras e como se

• Parte 3 Destinada a todos que, juntos, irão organizar o dia da brincadeira. Sugestão de nomes de brincadeiras que podem ser utilizados neste bloco:

Algumas dicas: • Você pode propor a escrita do nome de mais de uma brincadeira e pedir que os alunos escolham uma para utilizar no dia da brincadeira. • É importante pedir, ao longo das atividades, que os alunos façam desenhos das brincadeiras para que fiquem expostos no mural da sala. • A pesquisa de imagens em sites de busca é ótimo apoio para esse trabalho, caso você tenha acesso à internet, bem como a observação de ilustrações e fotos dos livros, o que pode enriquecer os desenhos feitos pelas crianças. Vale ressaltar que a frequência na rotina de propostas como essa, a qualidade de suas intervenções e a intensa troca de informações e ideias entre os alunos com diferentes saberes ajudarão a garantir avanços na aprendizagem das crianças. Por isso as atividades do bloco devem ser feitas duas vezes por semana, por 40 minutos no máximo, intercalando com as demais propostas sugeridas neste caderno.

Rayane Mendes Ferreira EM João Pedro dos Santos

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Queimada Divida o grupo de alunos em dois times. Um jogador inicia arremessando uma bola contra o time adversário. O objetivo é acertar, ou queimar, um dos jogadores do grupo oponente. Quem for acertado, ou queimado, deve sair do jogo. Vence a partida o time que conseguir queimar todos os jogadores da equipe adversária primeiro.

PARTE 1 – Apresentação da proposta e escrita de lista com nomes de brincadeiras de rua 1 Este bloco começa com um convite para preparar um dia da brincadeira. Os alunos precisarão conhecê-las e brincar com algumas delas para selecionar as que vão apresentar ao grupo convidado. Para estimulá-los, você pode propor uma brincadeira e, em seguida, comunicar que irão escrever o nome dela e conhecer algumas curiosidades para apresentar aos convidados no dia marcado. A seguir, algumas sugestões de brincadeiras, com as regras:

Maiane Jesus dos Santos EM Juiz Oscar Mesquita

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Adoletá Em roda, as crianças juntam as mãos e cada uma vai batendo na mão do colega ao lado conforme vai passando a música: “Adoletá, le peti petecolá, les café com chocolá. Adoletá. Puxa o rabo do tatu, quem saiu foi tu, puxa o rabo da panela, quem saiu foi ela, puxa o rabo do pneu, quem saiu foi eu.”

Alerta Uma criança lança a bola para cima e grita o nome de um colega. Os demais correm para longe enquanto a pessoa chamada pega a bola e grita “alerta”. Todos devem, então, parar como estátuas. Quem está com a bola dá cinco passos em qualquer direção e tenta acertar alguém com a bola. Se a criança escolhida for atingida, ela sai do jogo. Se conseguir se esquivar, ela recomeça a partida e o arremessador sai.


DIA DA BRINCADEIRA - CADERNO DO PROFESSOR

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2 Esta atividade tem o objetivo de elaborar uma lista com nomes de diferentes brincadeiras com base na contribuição dos alunos. Inicie lendo o enunciado, pois essa é uma forma de aproximá-los do estudo e começar uma conversa a respeito do tema. Faça uma roda e explique que, assim como fizeram com o Álbum de animais e com o jogo Dominó das praias, neste bimestre eles farão um dia da brin-

cadeira. Anime-os a produzir informando que irão brincar com outras turmas e, para isso, precisarão conhecer e brincar previamente. Explique também que a tarefa será escrever o nome das brincadeiras da melhor forma que conseguirem, bem como conhecê-las um pouco mais. Aproveite para explorar as que são conhecidas por cada um e instigue-os a citar outras de que só ouviram falar, por exemplo.

Após a conversa, convide os alunos a ditar uma lista a ser escrita num cartaz de nomes de brincadeiras que farão parte do dia da brincadeira. Ela poderá ficar exposta na sala e ser usada como referência para escolher nomes usados nas atividades de escrita, como o ditado. Atenção: tome o cuidado de retirá-la antes da atividade de escrita em duplas para evitar que os alunos copiem a palavra ditada.

como no bimestre anterior, eles deverão ler o texto em duplas para depois localizar as respostas solicitadas. Essa primeira atividade todos farão juntos a

fim de relembrar a proposta para que, depois, sigam com maior autonomia. Oriente-os a acompanhar a leitura do texto. Para isso, leia pausadamente. Depois converse sobre o que compreenderam, incentive-os a estabelecer relações com os conhecimentos que possuem e as situações que já observaram e a relatar para os colegas. Peça, então, que as duplas localizem no texto as informações que você vai solicitar. Elas devem sublinhá-las ou circulá-las. Você poderá informá-las, uma por vez, ou anotá-las no quadro. Quando todos terminarem, peça que as duplas, uma de cada vez, falem a resposta e mostrem onde a localizaram para você registrar no quadro. Algumas perguntas que podem ser feitas: • Quem instituiu o Dia Internacional do Brincar? • Qual é o evento promovido pela UFC? • O que a universidade propõe nesse evento?

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3 Os alunos deverão estar organizados em duplas de modo que em cada uma tenha ao menos um aluno com escrita alfabética ou silábico-alfabética. Assim

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PARTE 2 – Brincadeiras de rua Esta é a etapa em que você trabalhará simultaneamente com propostas focadas nas necessidades dos alunos, assim como nos bimestres anteriores. Ao mesmo tempo, você terá um grupo realizando atividade de escrita de nome de brincadeiras e outro, em trios ou duplas (dependendo da quantidade de alunos com escrita alfabética que tiver na sala), realizando atividade de leitura do conjunto, conhecendo mais algumas curiosidades e como jogar algumas brincadeiras de rua. Para os alunos com escrita não alfabética não haverá, nesta parte, espaço no caderno para registro das atividades de escrita. Elas devem ser realizadas com letras móveis ou no quadro, assim como nos cadernos do segundo e do terceiro bimestres. No Caderno do aluno, há um conjunto de textos que poderá ser lido para todos, além de propostas para o trabalho de leitura que será realizado especificamente pelos alunos com escrita alfabética quando não estiverem participando do momento de revisão final das escritas produzidas pelas duplas com escrita não alfabética. Orientações para as atividades de escrita de nome de brincadeiras pelos alunos que ainda não compreenderam o funcionamento do sistema de escrita Para organizar as duplas de trabalho, assim como as intervenções que você pode realizar, tome como referência as orientações do bloco Álbum de animais, publicado no caderno do

João Victor Evangelista EM João Pedro dos Santos

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segundo bimestre. Dite o nome de uma brincadeira para que as duplas escrevam utilizando as letras móveis. Enquanto estiverem produzindo a escrita, circule entre as duplas observando as decisões que estão tomando sobre as letras que vão usar, quantidade e ordem. Faça algumas intervenções, quando necessário, pedindo que leiam o que escreveram, para ajudá-los a resolver alguma dificuldade, a validar ou ainda a problematizar alguma ideia que os leve a refletir sobre as escolhas. Quando todas as duplas tiverem finalizado a escrita com as letras móveis, peça que uma delas escreva no quadro a sua produção e, na sequência, leia o que escreveu. Discuta essa escrita com todos. Depois chame uma nova dupla e realize o mesmo procedimento. Repita chamando mais algumas duplas até escreverem a palavra ditada do melhor modo que conseguirem. Por exemplo: PTK para peteca. Se necessário, consulte orientação no caderno do segundo bimestre. Lembre-se que o maior objetivo de propostas como essas é promover, entre os colegas, a reflexão sobre a escrita. Por isso, não é um problema se eles não chegarem à escrita convencional nesse momento. Eles terão outra oportunidade de revisá-la. Anote em seu caderno pessoal a escrita a que a turma conseguiu chegar e, então, dite uma nova palavra para que as duplas escrevam utilizando as letras móveis. Repita o procedimento realizado com a primeira palavra.

Proponha a escrita e a posterior reflexão de, no máximo, dois nomes de brincadeiras por dia. Na aula seguinte, combine com a turma que vocês retomarão as escritas discutidas no dia anterior, mas que, para isso, contarão com a ajuda de alguns alunos para deixá-las de um jeito que todos possam entender. Assim, a brincadeira poderá ser lida pelos colegas da escola. Oriente, então, os alunos com escrita alfabética para que façam alterações na forma como a palavra foi escrita pelo grupo no dia anterior, explicando as mudanças que realizarem. Deixe bem claro que a ideia não é corrigir, mas sim falar em voz alta as mudanças que estão sendo feitas. Por exemplo, diga que no dia anterior você e alguns colegas pensaram sobre a escrita de peteca e chegaram a uma escrita, que foi PTK. Escreva no quadro. Antes das alterações, informe a todos as letras que fazem parte da palavra e que, por isso, devem ser mantidas. Oriente-os para que escrevam a palavra ditada logo abaixo da sua escrita, incentivando-os a dizer cada letra utilizada e as mudanças que entendem ser necessárias. Após a finalização desse momento, registre a grafia correta da palavra num cartaz para que seja consultado posteriormente, no momento da confecção dos cartazes para o dia da brincadeira. Repita o procedimento com a segunda palavra discutida na aula anterior, chamando outro aluno com escrita alfabética para participar.


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Yuri de Jesus EM Graciliano Ramos 4ยบ BIMESTRE

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Marcos Paulo da Silva Santos EM Jaime Vieira Lima

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DIA DA BRINCADEIRA - CADERNO DO PROFESSOR

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Joseane EM Joรฃo Pedro dos Santos 4ยบ BIMESTRE

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PARTE 3 – Preparação do dia da brincadeira Na última parte deste bloco, os alunos vão preparar um dia da brincadei-

ra e os cartazes com o nome delas. A opinião deles deve ser considerada, e é importante que tomem as decisões necessárias para editar o material,

assim como preparar o espaço onde vão brincar. Além da finalização, você pode fazer uma roda de avaliação do trabalho.

e que ainda precisem de ajuste. Isso poderá ser feito individualmente ou em duplas. Cuide para que alunos com hipóteses próximas trabalhem juntos.

Aos demais, peça que organizem o espaço com desenhos feitos ao longo das atividades, assim como os materiais necessários para as brincadeiras.

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8 Nesta atividade, todos voltarão a trabalhar juntos. Convide os alunos com escrita alfabética a ajudar na revisão final dos nomes que vão para os cartazes,

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9 Para finalizar o bloco de atividades, convide alunos de outras turmas para conhecer as brincadeiras, jogar uma partida e ouvir as explicações de como se joga e as descobertas que os alu-

nos fizeram sobre as brincadeiras estudadas. Por fim, realize uma roda de avaliação do bloco seguindo as sugestões do caderno do segundo bimestre.

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Aprender a ler e escrever é um valor que a Rede Municipal de Educação de Salvador assume e, por essa razão, é um dos focos do investimento deste projeto. Sendo assim, foi decisão política da Secretaria da Educação monitorar o desenvolvimento dos alunos na aprendizagem do sistema alfabético de escrita. Durante o ano, você realizou uma avaliação processual composta de: • Análise das escritas dos estudantes produzidas ao longo das sequências didáticas. • Atividades de sistematização, feitas no final das sequências a partir do segundo bimestre. • Sondagem com base no ditado de uma lista e uma frase.

Certamente, esse conjunto de informações foi norteador do planejamento das propostas e intervenções que você elaborou para que cada aluno avançasse na aprendizagem do sistema alfabético de escrita. Além disso, ajudou na definição dos agrupamentos para a realização das atividades em sala de aula. A sondagem foi definida como o instrumento que fornece dados para o monitoramento institucional e, por isso, desde o início do ano, foi realizada em toda a rede seguindo o mesmo padrão. Agora, no final deste período letivo, é hora de retomá-la para o planejamento do próximo ano. A última sondagem deve ser realizada seguindo as mesmas orientações já

dadas. Com ela concluída, é hora de comparar esses resultados com os da primeira, que foi o marco zero. A expectativa é de que o mapa de acompanhamento revele que os alunos avançaram no conhecimento do sistema alfabético de escrita em relação a si mesmos e ao grupo. Caso o mapa de acompanhamento não mostre avanço no aprendizado, é fundamental que você exponha os fatores que contribuíram para esse resultado. A análise das sondagens e do mapa de acompanhamento e as sugestões para a continuidade do trabalho devem ser feitas por você, junto com a coordenação pedagógica. Organize esses documentos em uma pasta ou envelope individual para dar à professora, ou ao professor, do próximo ano. Assim, ela, ou ele, poderá utilizar os dados como base para a continuidade do trabalho pedagógico, até que a criança alcance a escrita alfabética. PALAVRAS PARA A SONDAGEM FINAL LISTA PELOURINHO CABULA ONDINA BONFIM COUTOS FRASE PARA A SONDAGEM FINAL A PRAIA DE ONDINA É BONITA. 4º BIMESTRE

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