Larry Ellison, fundador da gigante de software Oracle, obteve um ganho de US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 74,5 bilhões) na terça-feira (12), depois que as ações da sua empresa fecharam o dia com alta de 11,7% na Bolsa de Nova York (Nyse), o melhor desempenho em mais de dois anos.
Segundo a lista de bilionários da Forbes, o empresário ocupa, hoje, a quinta posição, com fortuna estimada em US$ 157,3 bilhões (R$ 781,4 bilhões). Ele iniciou a Oracle em 1997 e segue sendo o seu maior acionista, com participação de pouco menos de 40%.
Em 2014, após 37 anos no comando do negócio, abriu mão do cargo de CEO. Mas segue atuando como diretor de Tecnologia. De dezembro de 2018 até agosto de 2022, também fez parte do conselho da Tesla, e estima-se que detenha 15 milhões de ações da montadora de veículos elétricos de Elon Musk.
Ellison vive desde 2020 na ilha havaiana de Lanai. Segundo reportagem da Forbes, ele comprou, em 2012, cerca de 97% do local por US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão na cotação atual). Lá, instalou o resort de luxo Sensei, que funciona como um retiro de bem-estar da marca Four Seasons.
Casado e com quatro filhos, o executivo de 79 anos chegou a cursar duas universidades, mas nunca concluiu nenhuma. Na década de 70, trabalhou na Amdahl Corporation e na Ampex Corporation – nesta última, tinha como uma das atribuições o desenvolvimento de um banco de dados para a CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos.
Ele é um homem de gastos extravagantes. Além da ilha no Havaí, tem casas em Malibu e iate. Por outro lado, tem posição de destaque da filantropia, e comprometeu-se a doar 95% da sua fortuna para o movimento The Giving Pledge, de Bill Gates e Warren Buffett, focado em causas sociais e pesquisas médicas.
Resultados da Oracle
As ações da Oracle fecharam em alta na terça-feira, atingindo US$ 127,54 (R$ 634), depois da divulgação dos lucros do terceiro trimestre fiscal, que superaram as expectativas dos analistas.
A empresa registrou lucro de US$ 2,4 bilhões (R$ 11,9 bilhões) no trimestre que se encerrou em fevereiro, alta de 27% na comparação anual. Em termos ajustados, o lucro por ação foi de US$ 1,41 (R$ 7), e as vendas no período chegaram a US$ 13,3 bilhões (R$ 66 bilhões), alta de 7% no ano.
Esse bom desempenho deve-se, sobretudo, à unidade de infraestrutura de nuvem da companhia, que tem sido impulsionada pelo boom da inteligência artificial.
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