Yves Saint Laurent: 7 motivos que revolucionaram o mundo da moda | Moda | Vogue

Por Sam Rogers


Yves Saint Laurent cercado por modelos e musas em seu Ășltimo desfile de alta-costura, janeiro 2002 (Foto: Jean-Pierre Mulle/ Staff) — Foto: Vogue
Yves Saint Laurent cercado por modelos e musas em seu Ășltimo desfile de alta-costura, janeiro 2002 (Foto: Jean-Pierre Mulle/ Staff) — Foto: Vogue

Muitos termos jĂĄ foram usados para definir Yves Saint Laurent: gĂȘnio, garoto maravilha, o bam bam bam da moda. O estilista faleceu no dia 1 de junho de 2008, mas Ă©, sem dĂșvida, um dos maiores estilistas do sĂ©culo 20, que revolucionou o mundo da moda.

"Ele era como Picasso", disse Valerie Steele, diretora e curadora-chefe do museu do Fashion Institute of Technology, na época de sua morte. "Transformava seu estilo e sempre causava um impacto incrível na moda". Desde a sua primeira colecção na Christian Dior - quando tinha apenas 21 anos - até ao empoderador Le Smoking, suas blusas transparentes, sua defesa pela diversidade, Yves Saint Laurent foi um verdadeiro inovador de seu tempo. Tão grande foi o seu impacto que, em 1983, aos 47 anos, tornou-se o primeiro estilista vivo a ser reconhecido com uma retrospectiva no Costume Institute do Metropolitan Museum of Art.

7 motivos pelas quais Yves Saint Laurent revolucionou a moda

Vestido Trapeze da Dior, 1958 (Foto: Henry Clarke/CondĂ© Nast/ Getty Images) — Foto: Vogue
Vestido Trapeze da Dior, 1958 (Foto: Henry Clarke/CondĂ© Nast/ Getty Images) — Foto: Vogue

1. Ele mudou como as mulheres se vestiam
Antes de lançar sua prĂłpria maison, Yves Saint Laurent trabalhou para Christian Dior. O costureiro o contratou em 1955 imediatamente apĂłs ver seus croquis. Em 1957, quando Monsieur Dior morreu inesperadamente de um ataque cardĂ­aco, o jovem de 21 anos foi nomeado diretor criativo da marca. Sua coleção de estreia, a linha Trapeze do verĂŁo de 1958, foi um grande sucesso. Recebida com uma ovação em pĂ©, ela literalmente mudou o curso da moda. Em vez da cintura apertada, assinatura da Dior, propĂŽs uma silhueta mais leve e fluida, com menos tecido. Esta seria sua primeira vez transformando o conteĂșdo do guarda-roupa da mulher moderna.

Bianca Jagger , 1979 (Foto: Express Newspapers/Getty Images) — Foto: Vogue
Bianca Jagger , 1979 (Foto: Express Newspapers/Getty Images) — Foto: Vogue

2. Ele deu Ă s mulheres as mesmas roupas que os homens
As mulheres tinham usado ternos e calças antes de Saint Laurent, mas como Pierre BergĂ© disse em 2008: “Gabrielle Chanel deu liberdade Ă s mulheres. Yves Saint Laurent lhes deu poder”. Quando ele estreou o Le Smoking em 1966, ainda era polĂȘmico uma mulher usar calças em pĂșblico. A socialite americana Nan Kempner ficou famosa por ser barrada do restaurante Le CĂŽte Basque, em Nova Iorque, por usar um terno de smoking YSL. Le Smoking era e Ă©, no fundo, uma roupa de rebeliĂŁo, androginia e glamour, um desafio ao status quo. “Queria que as mulheres tivessem o mesmo guarda-roupa bĂĄsico que um homem”, disse ele ao jornal The Observer em 1977. “Blazer, calças e terno. TĂŁo funcionais. Acreditei que as mulheres queriam isso e eu estava certo”. Entre as primeiras adeptas estavam Catherine Deneuve, Liza Minelli, Lauren Bacall e Bianca Jagger.

Vestido da coleção Mondrian, 2002 (Foto: Pierre Verdy/AFP/Getty Images) — Foto: Vogue
Vestido da coleção Mondrian, 2002 (Foto: Pierre Verdy/AFP/Getty Images) — Foto: Vogue

3. Ele uniu arte e moda
O caso de amor entre os mundos da arte e da moda hoje Ă© lugar comum, mas Saint Laurent foi um dos primeiros a colocar a arte na passarela – bem como levar suas criaçÔes Ă s galerias. Trabalhos de Vincent van Gogh, Andy Warhol, Pablo Picasso, Henri Matisse e Georges Braque foram todos explorados em suas criaçÔes. O mais famoso de todos, porĂ©m, foi sua coleção Mondrian de 1965, que incluiu seis vestidos shift clĂĄssicos que homenageavam Ă s pinturas em grade e o espĂ­rito modernista do artista holandĂȘs.

Yves Saint Laurent e modelos, 1984 (Foto: AFP/Getty Images) — Foto: Vogue
Yves Saint Laurent e modelos, 1984 (Foto: AFP/Getty Images) — Foto: Vogue

4. Ele defendeu a diversidade
O problema da indĂșstria da moda com a diversidade permanece, mas Saint Laurent estĂĄ entre os primeiros estilistas a colocar mulheres negras na passarela. Iman, Rebecca Ayoko, Katoucha Niane e Dalma Callado estavam entre suas musas. "Minha primeira capa da Vogue aconteceu por causa desse homem", Naomi Campbell disse no momento da morte dele. "Porque quando disse a ele 'Yves, eles nĂŁo irĂŁo me colocar na capa da Vogue francesa, eles nĂŁo vĂŁo colocar um garota negra na capa’, ele disse ‘vou cuidar disso’, e ele cuidou".

Yves Saint Laurent, 1970 (Foto: Gunnar Larsen/Shutterstock) — Foto: Vogue
Yves Saint Laurent, 1970 (Foto: Gunnar Larsen/Shutterstock) — Foto: Vogue

5. Ele estrelou sua prĂłpria campanha
Hoje Ă© comum estilistas protagonizem suas prĂłprias campanhas - Ă s vezes atĂ© aparecem em campanhas de outra grife (lembra de Donatella na Givenchy?) - mas, em 1971, esse certamente nĂŁo era o caso. Fazer isso nu? Menos ainda. Mas foi isso que Saint Laurent fez: posou nu para o anĂșncio de YSL Pour Homme, fotografado por Jeanloup Sieff. A imagem foi pouco publicada na Ă©poca, mas ressoa atĂ© hoje.

Vestido Yves Saint Laurent, 1968 (Foto: :Reg Lancaster/ Stringer) — Foto: Vogue
Vestido Yves Saint Laurent, 1968 (Foto: :Reg Lancaster/ Stringer) — Foto: Vogue

6. Ele liberou o mamilo
No final da dĂ©cada de 1960, no auge da revolução sexual e da ascensĂŁo da segunda onda do feminismo, Saint Laurent incorporou blusas finas de organza e tops transparentes em suas coleçÔes como uma homenagem ao espĂ­rito dos tempos. NĂŁo se tratava de exibicionismo, mas sim de afirmar a igualdade entre os sexos. “[Ele] deu Ă  suas clientes de vĂĄrias geraçÔes uma garantia inigualĂĄvel e um apelo despreocupado - o apelo sexual sem vulgaridade”, observa Hamish Bowles, da Vogue americana. Foi arriscado, mas tambĂ©m tomou proveito do novo clima de liberdade sexual. Na passarela suas modelos tambĂ©m desfilavam sem sutiĂŁ.

Betty Catroux, Yves Saint Laurent e Loulou de La Falaise na abertura da loja Rive Gauche em New Bond Street, Londres, 1969 (Foto: Mirrorprix/Contributor) — Foto: Vogue
Betty Catroux, Yves Saint Laurent e Loulou de La Falaise na abertura da loja Rive Gauche em New Bond Street, Londres, 1969 (Foto: Mirrorprix/Contributor) — Foto: Vogue

7. Ele popularizou o prĂȘt-Ă -porter
O sistema prĂȘt-Ă -porter hoje Ă© mainstream, mas em setembro de 1966, Saint Laurent tornou-se o primeiro estilista a abrir uma butique desse tipo sob seu nome. Batizada Rive Gauche ficava na regiĂŁo de mesmo nome em Paris, na rue de Tournon, 21. Ao invĂ©s de ser uma versĂŁo mais barata de suas criaçÔes de alta-costura, Saint Laurent usou-a como um laboratĂłrio de ideias, criando coleçÔes completamente diferentes. Foi um grande sucesso, com outras lojas em Nova York (1968) e em Londres (1969). Naquele mesmo ano, ele tambĂ©m abriu uma loja de prĂȘt-Ă -porter para homens.

Yves Saint Laurent e modelos durante o desfile de inverno 1982/83 de alta-costura (Foto: Pierre Vauthey/ Contributor) — Foto: Vogue
Yves Saint Laurent e modelos durante o desfile de inverno 1982/83 de alta-costura (Foto: Pierre Vauthey/ Contributor) — Foto: Vogue
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