Quem é Wellington Macedo, blogueiro cearense preso no Paraguai nesta quinta-feira

Quem é Wellington Macedo, blogueiro cearense preso no Paraguai nesta quinta-feira

Em 2021, o extremista foi preso pela atuação nos atos de 7 de setembro, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por incitar violência e os atos golpistas

O jornalista e blogueiro cearense Wellington Macedo foi capturado nesta quinta-feira, 14, após mais de 8 meses foragido. Ele foi condenado a seis anos prisão por tentativa de explodir um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, no ano passado. Wellington é jornalista e natural de Fortaleza. Pelas redes sociais, o blogueiro utilizava o espaço para transmitir mensagens extremistas e radicais.

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O blogueiro acumula mais de 50 processos por ataques a políticos e servidores da rede de ensino de Sobral, reduto político da família dos Ferreira Gomes. Tais processos questionavam as reportagens da série “Educação do Mal”, produzida pelo jornalista que apresentava eventuais fraudes nas avaliações da educação do município, conhecido pelos índices positivos no setor.

Entre fevereiro e outubro de 2019, Wellington ocupou o cargo de assessor na Diretoria de Promoção e Fortalecimento no Ministério de Direitos Humanos, à época liderado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

No viés político, o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou candidatura para o cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo nas últimas eleições. Com o nome “Jornalista Wellington Macedo”, o fortalezense foi candidato pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PDT), no entanto não foi eleito.

Em 2021, o extremista foi preso pela atuação nos atos de 7 de setembro, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por incitar violência e os atos golpistas.

O extremista cumpria a pena em prisão domiciliar e utilizava tornozeleira eletrônica. Durante a campanha eleitoral e nos atos políticos em que participava, Wellington exibia normalmente o item.

Em julho deste ano, durante depoimento à Justiça o jornalista cearense afirmou, chorando, ter dado “graças a Deus por bomba não ter explodido”, fazendo referência à tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília, no ano passado.

“Queria ver o que tinha acontecido. Peguei o carro e voltei ao local para ver, eram 8 horas da manhã. Só ia acreditar se visse a polícia no local e vi muita polícia no local. Dei graças a Deus daquilo não ter explodido. Voltei para casa sem saber o que fazer”, pontuou, chorando. Wellington Macedo declarou ser evangélico desde criança e que, desde os acontecimentos, passou a “orar muito”.

A função para a qual estava designado, conforme o plano, era a de transportar a bomba, fabricada por Jorge Washington, a Alan Diego, que a instalou em um caminhão de combustível. Contudo, após o plano de explosão falhar, Wellington Macedo afirmou ter ficado “muito nervoso” a ponto de pensar em ligar para a polícia, no entanto, ficou com medo de ser preso e desistiu da ideia.

Relembre o caso

O crime ocorreu no ano passado, quando três homens participaram da tentativa de colocar uma bomba em um caminhão nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. Os outros dois envolvidos na tentativa do ataque se entregaram à Polícia. 

Macedo estava em prisão domiciliar e, após retirar de forma ilegal a tornozeleira eletrônica, foi considerado foragido. O jornalista cearense teve a identidade revelada em janeiro deste ano e pediu dinheiro pelas redes sociais com o objetivo de esconder da polícia quando já estava foragido.

Em outubro, ele teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por incitar e financiar os atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021. Contudo, o ministro estabeleceu a soltura do jornalista, após reconhecer que não havia mais justificativa para a manutenção da detenção, tendo em vista que a data da ação já havia passado.

Moraes então determinou a Wellington o cumprimento de prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, o que contribuiu para a identificação de Macedo no acampamento golpista.

Wellington participou ativamente nos ataques contra o prédio da Polícia Federal em Brasília, no dia 12 de dezembro de 2022, no qual bolsonaristas tentaram invadir o prédio da PF e atearam fogo em veículos.

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