O ator Jack Palance, conhecido no Brasil por ter apresentado o programa "Acredite se quiser" e que ganhou um Oscar de ator coadjuvante por "Amigos, sempre amigos", morreu aos 87 anos em sua casa na Califórnia, afirmou um porta-voz da família em um comunicado. Segundo a nota, a morte do ator se deveu a causas naturais.

Palance, cujo nome verdadeiro é Volodymyr Palanyuk, nasceu na Pensilvânia em uma família de ascendência ucraniana. Antes de fazer fama em Hollywood, trabalhou em minas de carvão e foi boxeador.

Ao combater na Segunda Guerra Mundial, Palance sofreu ferimentos depois que seu avião pegou fogo. Em 1947, fez sua estréia na Broadway e, em 1950, seu primeiro filme, "Pânico das ruas", de Elia Kazan.

Um ano depois, recebeu sua primeira indicação para o Oscar com "Os brutos também amam", um de seus papéis em filmes de faroeste. Outros papéis de destaque foram o primeiro "Batman" (1989), dirigido por Tim Burton, e "Bagdá café". Seu último filme no cinema foi "A ilha do tesouro", em 1999.

No Brasil, o rosto de Palance era conhecido por ter apresentado o programa "Acredite se quiser" nos anos 80, exibido pela antiga TV Manchete e especializado em casos bizarros. O ator chegou a protagonizar um filme publicitário da ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina que tinha como mote justamente o nome do programa.

Em Hollywood, a glória máxima foi o Oscar recebido por seu papel em "Amigos, sempre amigos", filme de faroeste com tom humorístico que ainda tinha Billy Crystal no elenco.