Fernando Garcia Ballesteros nasceu em Barcelona em 1970. Formou-se em Farmácia pela Universidade de Barcelona e em Estudos Ingleses pela UNED. Atuou na área da saúde e na docência e hoje é professor de Procedimentos de Saúde e Cuidados. Escreva sobre tudo gênero negro, mas ele também tocou o Juventude com um romance de mistério, A bondade de estranhos (2012). Para adultos tem outros títulos como O crime do Liceu, Morte no labirinto y A cidade e o perdão. Ele agora apresentou A luz mais cruel. Nesta Entrevista Ele nos conta sobre ela e muitos outros assuntos. Agradeço sua gentileza e tempo.
Fernando García Ballesteros – Entrevista
- ACTUALIDAD LITERATURA: Seu último romance é intitulado A luz mais cruel. O que você nos diz e por que será interessante?
FERNANDO GARCÍA BALLESTEROS: A luz mais cruel eé um romance policial com o contexto histórico de Barcelona no início do século XX. A história gira em torno do aparecimento no porto de Barcelona de uma série de cadáveres de homens que foram vítimas de abuso. Todos foram baleados post mortem. O protagonista é o fotógrafa Clara Prats. Para sua surpresa, todos a conhecem, pois ela trabalha com registros policiais e começa a suspeitar que existe um conexão entre as mortes e que Clara os havia fotografado anteriormente. Na verdade, o enredo gira em torno Até onde podem ir os seres humanos quando acreditam que o mal e a corrupção moral ficam impunes?
Tenho certeza que os leitores irão gostar pelo seu personagens complexos e ambíguos e a preocupação de que uma história cheia de detalhes obscuros possa despertar neles. Apesar disso, também há espaço para a fraternidade e a esperança.
- AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira coisa que você escreveu?
FGB: Suponho que, como quase todas as pessoas da minha geração, as minhas primeiras leituras foram as de Enid Blyton. Ele adorava seus lanches e seus clubes secretos.
A primeira história que escrevi girou em torno um menino do subúrbio que começa a trabalhar como jardineiro na casa de um casal estrangeiro que parece ter medo de alguma coisa ou de alguém.
Escritores e costumes
- AL: Um autor líder? Você pode escolher mais de um e de todos os períodos.
FGB: Gosto muito João Banville, tanto quando escreve sob seu nome quanto quando escreve sob seu nome Benjamin Black. E quanto aos autores espanhóis, os meus favoritos são Almudena Grandes e Benito Pérez Galdós.
- AL: Qual personagem você gostaria de conhecer e criar?
FGB: Eu gostaria de ter criado Jay Gatsby ou Tom Ripley.
- AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler?
FGB: A única coisa que tenho quando se trata de escrever é que prefiro fazê-lo em um laptop com tela grande.
- AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?
FGB: Meu lugar favorito para escrever é mesa de cozinha na minha casa. Dali avisto todo o Tibidabo e a cordilheira Collcerola, cordilheira que circunda Barcelona ao norte. Gosto do contraste entre sua mente criando um mundo imaginário e os rumores domésticos de algo fervendo e o rádio em volume baixo ao fundo.
- AL: Que outros gêneros você gosta?
FGB: Escrevo ficção policial, mas sou de gostos bastante ecléticos, a verdade. Não me oriento por gêneros, mas sim por autores.
Perspectiva atual
- AL: O que você está lendo agora? E escrever?
FGB: Estou lendo hamnet, por Maggie O'Farrell. Ler El retrato de casado do mesmo autor e adorei, e quando gosto do trabalho de alguém costumo ler tudo que posso desse autor.
- AL: Como você acha que é a cena editorial?
FGB: Acho que o cenário editorial tem mostrado grande resistência às plataformas visuais e às redes sociais. Acho que sempre haverá espaço para ler histórias. Por outro lado, como há tantas notícias editoriais todas as semanas, é difícil alcançar leitores. Penso que o processo deveria ser melhor auto-regulado. Por exemplo, eu, que sou um leitor assíduo, tenho dificuldade em me manter atualizado com todas as novidades.
- AL: Como você se sente em relação ao momento atual que vivemos?
FGB: Estamos num momento muito interessante com o advento do Inteligência artificial. É como se estivéssemos no início do século passado com o surgimento do telefone ou do rádio. Viver o início de algo que mudará nossas vidas e se tornará parte do nosso dia a dia é fascinante. A dificuldade de saber o que é real daquilo que é criado pela IA significará um grande desafio mas ao mesmo tempo uma grande oportunidade.