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Ucrânia retira tropas na região de Kharkiv. Zelenskyy cancelou visita a Portugal e Espanha

Edifício de apartamentos danificado por ataque de mísseis russos em Kharkiv, na Ucrânia,
Edifício de apartamentos danificado por ataque de mísseis russos em Kharkiv, na Ucrânia, Direitos de autor Andrii Marienko/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Pressão da Rússia na região de Kharkiv levou à retirada de tropas ucranianas de Lukyantsi e Vovchansk para "posições mais vantajosas". Kiev afirma que a situação no nordeste do país continua "muito difícil" e o presidente cancelou todos os compromissos internacionais, incluindo a visita a Portugal.

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A Ucrânia anunciou esta quarta-feira ter retirado tropas em partes da região de Kharkiv no nordeste da Ucrânia, onde a Rússia lançou uma nova ofensiva na última sexta-feira. 

"Nalgumas áreas, em torno de Lukyantsi e Vovchansk, em resposta ao fogo inimigo e aos ataques das tropas terrestres, e para salvar as vidas dos nossos militares e evitar perdas, as nossas unidades manobraram e deslocaram-se para posições mais vantajosas", anunciaram os militares ucranianos durante a noite de terça para quarta-feira, segundo a Agence France-Presse, citada pelo The Guardian. 

Ao longo dos dois anos de guerra, a Ucrânia e a Rússia têm utilizado este tipo de linguagem para dar conta de recuos. 

Oleksiy Kharkivskiy, chefe da polícia de Vovchansk, adiantou na rede social Facebook que os combates são intensos e que as forças russas estão a instalar-se na cidade.

"A situação é extremamente difícil. O inimigo está a tomar posições nas ruas da cidade de Vovchansk", revelou.

O Estado-Maior ucraniano afirma que a situação "continua difícil", sublinhando, porém, que as suas forças "não estão a permitir que os ocupantes russos ganhem terreno".

Alguns analistas militares entendem que Moscovo pode estar a tentar forçar a Ucrânia a desviar tropas de outras áreas da linha da frente, como a cidade estratégica de Chasiv Yar, na região de Donetsk, onde a Rússia também tem progredido.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy referiu na terça-feira que, nesta altura, os pontos mais frágeis no mapa de guerra são as regiões de Kharkiv e de Donetsk.

Kharkiv sob pressão

Na terça-feira, Moscovo lançou dois ataques a Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, utilizando bombas e mísseis aéreos guiados.

Até agora, quase oito mil civis foram retirados da região de Kharkiv, incluindo mais de 2 mil residentes do distrito de Chuhuiv, que engloba Vovchansk.

A cidade foi libertada da ocupação russa em setembro de 2022, durante a bem-sucedida contraofensiva da Ucrânia na região de Kharkiv.

O chefe da administração militar da cidade de Vovchansk já referiu que a construção de fortificações em redor da cidade após a sua libertação tinha sido "difícil" devido aos constantes bombardeamentos russo.

Novo pacote de armamento para a Ucrânia

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou um pacote de financiamento militar estrangeiro de 2 mil milhões de dólares, a médio e longo prazo, para a Ucrânia, sendo que a maior parte do dinheiro provém de um outro acordo aprovado no mês passado.

O anúncio foi feito esta quarta-feira, quando Blinken se encontrava em Kiev para assegurar à Ucrânia o apoio dos Estados Unidos na sua tentativa de combater uma nova ofensiva russa.

Zelesnkyy cancela visita a Portugal

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, cancelou na noite de terça-feira a viagem que tinha previsto fazer no final desta semana a Portugal e Espanha, avançou a CNN Portugal e confirmaram ao El País fontes do Governo e da Casa Real de Espanha. 

Sergiy Nykyforov, assessor de imprensa de Zelenskyy, avançou já esta quarta-feira que o chefe de estado ucraniano deu "instruções para que todos os eventos internacionais programados para os próximos dias fossem adiados e para que fossem coordenadas novas datas". A decisão deve-se às dificuldades que a Ucrânia enfrenta no campo de batalha, especialmente no nordeste do país. 

Estava previsto que esta sexta-feira Zelenski almoçasse com o rei de Espanha, sendo que na visita ao país vizinnho o líder ucraniano iria ainda assinar um acordo de segurança com o primeiro-ministro Pedro Sánchez, semelhante aos que Kiev já assinou com o Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Dinamarca e Canadá. O governo português não deu oficialmente, por agora, qualquer informação sobre o cancelamento da visita de Zelenskyy, que o ministro da Defesa tinha admitido estar a ser preparada no início da semana.

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