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As armas sempre falaram por Charles Bronson
O ator Charles Bronson morreu aos 81 anos deixando um legado de filmes que incluem Sete Homens e um Destino e Fugindo do Inferno. Apesar de seu jeito rústico e sombrio, Charles Bronson era uma estrela internacional, talvez mais conhecido pelo papel de um vigilante imbatível na série de filmes Desejo de Matar. Ele nasceu Charles Buchinsky, no dia 3 de novembro de 1921, e era um dos 15 filhos de um minerador lituano. "Eu acho que pareço um pedaço de rocha que alguém dinamitou", disse ele, certa vez. Durão A feição jovem de Bronson foi endurecida por seu trabalho em minas de carvão na Pensilvânia e pela prática do boxe.
Naturalmente reticente, ele afirmava que não falou inglês em casa em sua infância e que só abriu seus horizontes quando serviu na marinha americana durante a guerra. Em seu retorno, Bronson decidiu estudar arte e, depois de passar algum tempo trabalhando em design de cenário em Pasadena Playhouse, ele focou suas atenções para a interpretação. Mas foi só depois de 1960 que ele ficou reconhecido, por sua participação em Sete Homens e um Destino, juntamente como Yul Brinner e Steve McQueen.
O sucesso prosseguiu com Fugindo do Inferno e Adeus às Ilusões. Em 1967, ele gravou Os Doze Condenados. Depois, tomou as rédeas de sua carreira e rumou para a Europa. Da mesma maneira que Clint Eastwood e Lee Van Cleef fizeram sucesso ao interpretar Sergio Leone e seus parceiros, Bronson conseguiu o mesmo. Filmes como Os Canhões de San Sebastian e Villa, o caudilho confirmaram o estrelato. O papel em Era uma vez no Oeste fez dele um superstar.
Em 1971, ele foi considerado como o ator mais popular do mundo, apesar do estilo pouco emotivo. Ele também fez muito sucesso em filmes como Sol Vermelho (1971) e O Segredo da Cosa Nostra (1971). De volta a Hollywood, alguns de seus últimos papéis foram suavizados pela presença de sua esposa, a atriz Jill Ireland, ao lado de quem ele aparece em mais de 12 filmes, antes da morte dela, em 1990. Com determinação e disciplina, Bronson teve seu maior sucesso a partir de 1974, com a série Desejo de Matar.
Apesar da perda de qualidade no fim, a série foi um marco no cinema ao glorificar a violência "justificada". Com sangue frio, a série apostou tudo no apelo do vigilante que buscava vingança a um ataque a sua família. Concebido numa carreira que centrou fogo numa violência monumental sem emoção, Bronson se tornou o arquétipo do guerreiro urbano, o defensor da honra, imune à dúvida. O filme caiu no gosto do público e Bronson ficou na lista das maiores bilheterias durante quatro anos consecutivos.
Nas décadas seguintes, a celebridade dele começou a diminuir, por causa do surgimento de atores mais jovens e também por causa de problemas físicos e da perda de sua esposa. Mas, para muitos, Charles Bronson continua o original homem de ação, um solitário que deixou suas armas falassem por ele. |
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