Nova York, uma cidade simplesmente incomparável

Nova York: um guia para os encantos da Big Apple, onde a diversidade cultural e as opções infinitas encantam visitantes de todo o mundo. Por Paulo Alonso.

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times square, nova york

“Nova York é sempre uma boa ideia” já dizia a atriz Audrey Hepburn (1929-1993). E ela tinha razão. Afinal, desembarcar no Aeroporto John Kennedy, em Nova York, é um grande prazer e uma sensação de se estar em uma cidade que reúne o mundo. Essa cidade, conhecida como a Big Apple, por acolher cidadãos dos cinco continentes, continua pulsando 24 horas e com atrações para todos os gostos e bolsos. É uma cidade que nunca dorme, uma cidade dos sonhos, uma cidade que faz a todos se sentir vivos.

Maio é o mês em que a primavera está a todo o vapor nessa metrópole. As cores pastel do começo da primavera transformam-se em cores vibrantes nos vários e bem cuidados parques nova-iorquinos. O clima é excelente, com temperatura média diurna de 20ºC, e noturna em torno de 12ºC. Dessa forma, a lista de opções sobre o que fazer inclui muitas atividades ao ar livre. A cidade fica mais vazia nos fins de semana, quando os moradores vão para as praias próximas.

Maio é, assim, o mês perfeito para caminhar pelas ruas e bairros de NYC, curtir uma pequena navegação até a Estátua da Liberdade, visitar às dependências da Organização das Nações Unidas (405 E 45th), subir ao Empire State Building (20 W 34th), rezar na Catedral de Saint Patrick (5th ave), ir ao Rockfeller Center (45 Rockefeller Plaza), ao Memorial e Museu ao 11 de setembro (180 Greenwich St), fazer compras na Saks (611 5th Avenue); Harrods (5th ave) ou na Macys (151 W 34th), contemplar, enfim, as luzes sempre mágicas e sedutoras da Times Square.


Nova York reúne mais de 1.700 espaços verdes, chamados parques, nos seus cinco bairros, Bronx, Brooklin, Manhattan, Queens e Staten Island. O Central Park tem impressionantes 745 hectares de árvores bem no coração de Manhattan. Essa época do ano é a ideal para se passar algumas horas na praia do Lago na 72nd Street na Loeb Boathouse, bem próximo à Bethesda Fountain. Passar pelo Edifício Dakota (1 W 72nd St), onde viveu John Lennon (1940-1980), ainda é uma parada para aqueles que nunca estiveram por aqui. Cruzar o parque a bordo de uma carruagem é charmoso, mas alugar um barco, fazer um passeio de gôndola ou saborear um coquetel em um dos muitos bares ao ar livre dá uma sensação de liberdade e de contentamento. Paz de espírito.

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Nova York também adora homenagear quem serviu ao país em tempos de guerra. E há desfiles nos cinco bairros que a integram. O maior deles é Little Neck-Douglaston, no Queens. O Memorial Day Parade do Brooklyn é o mais antigo. Ele começa na 78th Street e Third Ave. Inwood, em Manhattan, tem um desfile menor, que percorre Dyckman Street e Broadway.

A Semana da Frota é uma comemoração de sete dias de duração que coincide com o Memorial Day. Ela homenageia a Marinha, Guarda Costeira e os Fuzileiros Navais. A festa começa com o impressionante Parede of Ships, uma frota de veleiros e embarcações visitantes no Hudson River. Os desfiles militares e outros demonstram o patriotismo dos norte-americanos.

As peças de teatro ou os musicais, dentre tantos, O Rei Leão; MJ: The Musical, a história de Michael Jackson; Moulin Rouge; Wicked; Chicago; Harry Potter and The Cursed Child; Hamilton; Hadestown; Back to the future; na Broadway, são sempre vibrantes e mágicos, pois há espetáculos que agradam a todos os nativos e visitantes. O cardápio de opções é robusto.

Paris, Londres, Amsterdam, Madri, Atenas, Túnis, Istambul e Cairo reúnem museus importantes, mas NYC não fica atrás. Não importa se o visitante gosta de arte, prefira ciências ou curta a história da cidade, pois há um pouco de tudo por onde quer que se caminhe. O difícil mesmo é escolher qual ou quais visitar. O MoMA (1071 Fifth Avenue); o American Museum of Natural History (200 Central Park W); o Whitney Museum of American Art (99 Gansevoort St); o Museum of the City of New York (1220 5th Ave); e o El Museo del Barrio (1230 5th Ave) são alguns dos muitos, sem esquecer do impactante museu de cera, o fabu-loso Madame Tussauds (234 W 42nd St).

Se NYC encanta pela quantidade de shows, museus e atrações abertas em seus parques, a cidade reúne restaurantes de todas as partes do mundo. São italianos, brasileiros, chineses, japoneses, tailandeses, indianos, poloneses e franceses, além, claro, dos americanos. Uma verdadeira constelação, uns mais estrelados do que outros, certamente. O cantor e compositor Alex Turner (1986) já proclamava que “Nova York é a única cidade do mundo onde você pode encomendar comida chinesa às 4 da manhã e recebê-la em 20 minutos.”

O Standard Grill (848 Washington St, entre W 13th e Little W 12th St) fica embaixo do Standard Hotel, aquele do High Line, e é elegante na parte interna e mais descontraído no bar e na área externa. Bem pertinho dele fica o Bubby’s (73 Gansevoort St, entre Washington St e 9th Ave), que é descontraído e com mesas externas para os dias quentes. The Meatball Shop (200 9th Ave, entre W 22th e W 23th St) é uma rede com diversas unidades que virou febre em Nova York com sua proposta original: todos os pratos são à base de almôndegas. Já o Union Square Cafe (21 E 16th St, entre 5th Ave e Union Square), de Danny Meyer, reabriu em dezembro de 2016, depois de um ano de reforma. Voltou de visual novo e novidades no cardápio.

Também é de Danny Meyer o Gramercy Tavern (42 E 20th St, entre Broadway e Park Ave), que faz American cuisine de alta qualidade em um ambiente lindo e acolhedor. Para deixar sua visita ao MoMA ainda melhor, basta ir ao The Modern (9 W 53rd St, entre 5th e 6th Ave), o restaurante do museu. Os pratos são ótimos e a vista do jardim de esculturas, um verdadeiro colírio para os olhos. Para dar um clima especial ao seu almoço ou jantar, nada mais nova-iorquino do que almoçar no Central Park, no badalado Tavern on the Green (Central Park West & W 67th St). Cercado de verde, com luzinhas penduradas e mesas ao ar livre. Um show.

Para quem busca a fartura dos pratos de cantina, as duas melhores pedidas são o Carmine’s (200 W 44th Street, quase 7th Ave) e o Tony’s di Napoli (147 W 43rd St, entre a 6th e 7th Ave), ambos na região da efervescente Times Square.

Oriente e Ocidente nunca se fundiram tão bem quanto em uma mesa. A acelerada proliferação dos restaurantes orientais pela cidade só confirma que estão mesmo cada vez mais populares. O Momofuku, com unidades em Washington D.C, Las Vegas, Sydney e Toronto, é famoso na cidade. São restaurantes de diferentes especialidades. Tudo começou em 2004, com o Momofuku Noodle Bar (171 1st Avenue, entre E 10th e E 11th St), especializado em noodles. Do sucesso dessa primeira empreitada, nasceram o Momofuku SSan Bar (207 Second Avenue com 13th St), mais focado em carnes; o Momofuku ko (8 Extra Place, entrada na 1st St entre 2nd Ave e Bowery), de categoria superior aos demais e com menu-degustação; o Momofuku Má Pêche, no Chambers Hotel, 15 W 56th St, entre 5th e 6th Ave), com um mix de cozinha francesa, vietnamita e americana; o Fuku (163 First Avenue, entre E 10th e E 11th St), que tem uma proposta original e só vende sanduíches de frango frito e acompanhamentos.

É verdadeiramente impressionante a quantidade de restaurantes tailandeses nesta cidade cosmopolita e feérica. São sinônimos de comida boa, farta e… barata. Os preços dos lunch specials dos tailandeses são quase de graça. O restaurante Roon Service (690 9th Ave, entre 47th e 48th St) é bonito e chega até a destoar dos preços baixos de seu cardápio. O pad thai ou os pratos com curry são de dar água na boca. O lunch special, com entrada e prato principal, sai por menos de US$ 10.

Nova York é uma cidade que fascina milhões de pessoas. Seja pela sua diversidade cultural, pela sua arquitetura impressionante, pela sua energia vibrante ou pela sua influência na arte, na moda e no entretenimento, a Big Apple é um destino que desperta e sempre despertará sonhos e paixões. É também uma cidade que inspira artistas, especialmente pintores e músicos. Muitas canções foram compostas sobre a cidade, homenageando a sua beleza, a sua história, a sua cultura e a sua atmosfera. E New York, New York, de Frank Sinatra (1915-1998), é um verdadeiro hino.

É irreparável a frase do empresário e político Michael Bloomberg (1942): “Nova York é a cidade mais excitante do mundo, sem dúvida. Não há lugar como ela, não há lugar com uma energia tão vibrante, tão diversa e tão criativa.” Afinal de contas, NYC, feita de aço, concreto e esperança, é mais do que uma cidade, é, na realidade, um estado de espírito.

Nova York é a cidade onde tudo acontece. É a cidade que dá asas, que faz voar, que faz simplesmente sonhar.

Paulo Alonso, jornalista, é reitor da Universidade Santa Úrsula

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