Pearlman tinha um rosto que despertava o reconhecimento na rua, embora ele fosse um homem comum o suficiente para ser frequentemente confundido com um vendedor de carros ou balconista de loja.

Nascido no Brooklyn e criado em Jersey City, Pearlman ganhava a vida exclusivamente como ator após se formar no Dartmouth College em 1954, onde atuou em produções no campus enquanto se especializava em filosofia.

Estudou com Stella Adler e depois trabalhou por mais de 40 anos em gêneros que vão desde os clássicos, no American Shakespeare Festival, até a comédia contemporânea, como membro original da trupe Second City em Chicago com Barbara Harris e Alan Arkin.

Em 1959, Pearlman fez sua estreia nos palcos de Nova York em The Threepenny Opera, no Theatre de Lys em Greenwich Village.

Seus créditos off-Broadway também incluíram “Time of the Key”, de Milton Erskine; “American Clock”, de Arthur Miller, no qual interpretou três personagens, e “A Shayna Maidel”, do qual ele estava especialmente orgulhoso, tendo aperfeiçoado um sotaque iídiche para seu papel.

Ele apareceu na Broadway nas produções originais de “Barefoot in the Park”, “Children of a Lesser God” e “Six Degrees of Separation”, nas quais interpretou um médico de Manhattan que dá as chaves de seu apartamento para um jovem se passando por filho de Sidney Poitier.

Ele também teve um papel principal em “La Strada”, musical de Lionel Bart (1930 – 1999) de 1969, estrelado por Bernadette Peters e baseado no filme de Fellini.

Os créditos cinematográficos de Pearlman incluem “The Horse Whisperer”, “Die Hard With a Vengeance”, “The First Wives Club” e “Quiz Show”.

Na televisão, ele foi ator convidado em episódios de “Seinfeld” e “Law and Order”.

O papel mais recente de Pearlman foi o de um rabino hassídico em “Pi”, de Darren Aronofsky, um filme independente que ganhou o prêmio de direção dramática no Festival de Sundance este ano.

Stephen Pearlman faleceu em 30 de setembro em sua casa em Manhattan. Ele tinha 63 anos.

Além de sua esposa, ele deixa duas enteadas, Leah Glennon, do Brooklyn, e Hope Glennon, de São Francisco; sua mãe, Ruth W. Pearlman, de Jersey City, e dois netos.