A comercialização de animais, acompanhamento do mercado e, ao mesmo tempo, cuidar da gestão de porteira adentro resume muito bem o perfil empreendedor dos produtores rurais em Mato Grosso que buscam eficiência e retorno econômico na bovinocultura. Para isso, assim como Irenice Maria de Moura, os produtores podem contar com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-MT para ajudar a alavancar seus negócios e lucrar com a criação de bovinos de corte.
Na fazenda Serra Vermelha 3M1, no município de Jaciara, por exemplo, a pecuarista Irenice conta que, com a ajuda da técnica de campo credenciada da ATeG, Daiane Cristina Marques, foi possível melhorar sua propriedade. Um dos pontos que a produtora destaca é sobre o manejo de pastagem.
“Eu acreditava que o gado tinha que baixar muito o pasto e só depois passar para um novo piquete, e desta forma estaria aproveitando o capim. Aprendi com o técnico anterior e agora com a Daiane, que o pasto tem um certo limite, existe um período certo para entrada e saída do bovino. Fazendo o manejo correto, rotacionando os animais nos piquetes, agora não falta mais pasto”, contou a produtora.
Com a assistência técnica conseguiu observar uma melhora na utilização de sua pastagem e consequentemente na condição corporal de seus animais que não sofreram restrição alimentar durante o período de seca. Além disso, promoveu um acréscimo de 7,60% no total de animais comercializados em 2023, em relação ao mesmo período de 2022.
Segundo a técnica de campo, o programa da ATeG, iniciou as atividades auxiliando no desenvolvimento do croqui produtivo, permitindo saber o dimensionamento dos piquetes e taxa de lotação, desenvolvendo a melhor estratégia de manejo de pastagem de acordo com a necessidade da fazenda.
Para uma melhor gestão dos índices zootécnicos, foi implementado a identificação individual das matrizes com a utilização de brincos numerados, o que garantiu o início do controle produtivo e reprodutivo, melhorando principalmente a seleção de seus animais e os indicadores econômicos da propriedade. Com a orientação técnica também foi possível ajustar a suplementação oferecida aos bezerros, atrelado ao manejo da pastagem utilizada, o que resultou na redução de 12,5% no custo operacional efetivo da arroba produzida em 2023.
Após dois anos e meio de assistência técnica, Irenice conta que sua autoestima aumentou. “Agora falo com orgulho que sou uma produtora e tenho um gado de qualidade, vou colocar uma balança para vender o meu produto e ganhar mais”, conclui a produtora.
Fonte: Imprensa SENARMT Unknown
