Manifestações pró-Palestina crescem nos Estados Unidos
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Em meio a uma das maiores séries recentes de protestos em universidades americanas, centrados na guerra em Gaza e no apoio político e militar dos EUA a Israel, uma palavra é quase uma unanimidade: “desinvestimento”. Na teoria, um pedido para que suas instituições deixem de investir em empresas ligadas a uma determinada questão, crise ou país — no caso, Israel.

Em cada campus, as pautas variam, mas itens comuns se repetem. Os estudantes fizeram três exigências: o fim de investimentos em empresas que apoiam o governo israelense, sobretudo no setor armamentista; transparência nas finanças universitárias; e anistia para estudantes e professores alvo de ações disciplinares por sua participação nas manifestações. Cerca de 50 instituições de ensino superior aderiram ao movimento.

Os atos provocaram repressões, prisões em massa e uma diretriz da Casa Branca para restaurar a ordem. A universidade de Columbia, baseada em Manhattan, no estado de Nova York, foi a centelha desses protestos. Estudantes ocuparam um prédio histórico da instituição, o Hamilton Hall, após ultimato da diretoria para o fim do acampamento construído e habitado como manifesto nos jardins da universidade. Enquanto parte dos integrantes se entrincheirava no local, outros estabeleceram uma corrente humana do lado de fora do edifício. Ao menos outras duas universidades do país, manifestantes também ocuparam prédios.

Longe de ter um efeito dissuasor, a repressão policial e as punições praticadas por boa parte das universidades parecem funcionar como combustível aos protestos. A centelha, originada no dia 18 de abril, na Universidade Columbia, em Nova York, espalhou-se como um fogaréu por dezenas de universidades americanas, cruzou o Oceano Atlântico e atingiu ao menos duas instituições francesas. Mas, longe de aterem-se à Sorbonne e Sciences Po Paris, as manifestações espalharam-se também para Holanda, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha, Áustria, Suíça, Irlanda, Dinamarca, Finlândia, Austrália, México e Brasil.

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