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Função oculta, 'pegar no tranco' e mais segredos do câmbio automático

Cada vez mais popular no Brasil, o câmbio automático tem alguns segredos para você tirar o máximo proveito dele; confira - Divulgação
Cada vez mais popular no Brasil, o câmbio automático tem alguns segredos para você tirar o máximo proveito dele; confira Imagem: Divulgação
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Do UOL, em São Paulo

16/05/2024 04h00

Cada vez mais difundido no Brasil, o câmbio automático já equipa carros mais baratos e está presente em cerca de metade dos automóveis novos vendidos no país. Muitos dos compradores nunca dirigiram antes um automóvel do tipo e precisam se adaptar: são comuns os relatos de motoristas com esse perfil que pisam no pedal do freio como se fosse o da embreagem, apenas por força do hábito de trocar as marchas.

Para tirar dúvidas de quem está ingressando no mundo dos carros automáticos e mostrar algumas funções que até motoristas experientes desconhecem, confira as dicas a seguir.

1 - Carro automático pode 'pegar no tranco'

Homem empurrando carro sem bateria - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

É possível usar o método em carros com transmissão automática para fazer o motor ligar. No entanto, devem ser tomados alguns cuidados. O mais importante é nunca colocar o câmbio na posição "P" (park, ou estacionado, em tradução livre) com o veículo em movimento, o que travaria as rodas.

Ao selecionar "P", é acionado um pino que trava o eixo que conecta o câmbio ao motor, que pode quebrar, além de outros componentes como o sincronizador.

Para "pegar no tranco", ele orienta a posicionar o seletor em "N" e colocar em "D" ou "2" quando o veículo atingir uma velocidade de aproximadamente 20 km/h. Com isso, o motor deve ligar.

2 - 'Tranco' em câmbio automático traz riscos

Correia dentada - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Embora seja possível fazer o motor de carros automáticos ligar no "tranco", o ideal é evitar a prática, se for possível. As coisas podem ficar complicadas se a correia dentada arrebentar.

Responsável por sincronizar a abertura e o fechamento das válvulas, essa correia pode se romper na hipótese de já estar desgastada - o risco aumenta se o "tranco" for muito forte.

A possibilidade de estragos cresce se o motor for diesel, que tem taxa de compressão ainda maior. Há o risco, ainda, de danificar outras peças, como pistões e bielas, o que obrigaria a fazer uma retífica do motor. Esses alertas valem tanto para carros manuais quanto para automáticos.

3 - Função oculta: como reduzir marchas sem as mãos

Pedais automóvel - Rubens Cavallari/Folhapress - Rubens Cavallari/Folhapress
Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

O conceito de um bom câmbio automático é selecionar a marcha adequada para cada situação, sem a necessidade de intervenção do condutor.

Contudo, nem sempre o gerenciamento eletrônico funciona da forma esperada. Por essa razão, todas as transmissões automáticas proporcionam ao motorista alguma forma de controle.

Existem veículos que permitem trocas manuais, seja por meio da alavanca ou de "borboletas" no volante.

Mesmo em veículos sem esse recurso, existe a função "kickdown": basta pisar fundo no pedal do acelerador que o câmbio reduz uma ou mais marchas, o que é necessário em uma ultrapassagem.

Alguns modelos também trazem a função "S" (sport) para deixar o comportamento do carro mais esportivo. Nessa posição, as marchas são "esticadas" e as trocas acontecem com o motor em rotações mais altas. Isso melhora a aceleração, porém gasta mais combustível. Também ajuda a "segurar" o veículo em descidas de serra.

Alguns carros têm as posições "L", "2" ou "3". Elas têm função semelhante e mantêm o câmbio em marchas baixas.

4 - Função oculta: como subir marchas sem as mãos

Motorista na estrada - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Da mesma forma que a transmissão "entende" que deve reduzir uma ou mais marchas quando você pisa no acelerador até o fim do curso, fazer o oposto também ajuda a controlar o veículo.

Quando o condutor alivia o pé, após acelerar durante determinado período, o carro começa a selecionar marchas mais altas, de forma a reduzir os giros do motor.

Em rotações mais baixas, diminui o consumo e também o nível de vibrações e ruídos na cabine.

Fonte: Erwin Franieck, mentor em engenharia avançada

*Com informações da matéria publicada em agosto de 2021

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