Nelson Barbudo deve assumir cadeira de Amália Barros na Câmara

Nelson Barbudo deve assumir cadeira de Amália Barros na Câmara

Com a morte da deputada federal Amália Barros (PL-MT) na madrugada deste domingo, (12), o agricultor e ex-deputado Nelson Ned Previdente, conhecido como Nelson Barbudo (PL-MT) deve assumir a vaga da parlamentar.

O que aconteceu

Nelson Barbudo é o primeiro suplente do Partido Liberal. O ex-deputado tentou a reeleição em 2022 e não conseguiu uma vaga, mas obteve uma votação que o colocou como o primeiro suplente do partido, isto é, ele é o primeiro na "lista de espera" para substituir os eleitos da sigla.

Em 2018 ele foi o deputado federal mais votado de Mato Grosso. Ele disputou sua primeira eleição federal em 2018 e, em meio a onda bolsonarista, recebeu 126 mil votos naquele ano, sendo o mais votado do Estado. Na ocasião, ele estava filiado ao PSL, o mesmo partido pelo qual Jair Bolsonaro foi eleito presidente. Antes disso, Barbudo havia sido vereador no município de Alto Taquari, no interior de Mato Grosso, em 2004.

Projetos polêmicos e embates. Em sua primeira passagem pela Câmara, Nelson Barbudo relatou projetos considerados importantes pelos bolsonaristas, como os projetos que propunham regulamentar e ampliar a caça de animais no país e outro que proibia o uso da palavra carne em embalagens de alimentos que não são de origem animal. Nenhuma das propostas chegou a ser aprovada e os projetos seguem em tramitação na Câmara.

Barbudo já foi acusado de machismo. Ele falou para a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) ficar "quietinha e pianinha" durante uma sessão na Comissão de Meio Ambiente da Câmara em dezembro de 2019 para discutir o projeto sobre caça no Brasil que Barbudo relatava. Na ocasião, a deputada o acusou de machismo.

Multado por desmatamento em 2005. Expoente da bancada ruralista, Barbudo foi multado pelo Ibama em 2005 por "desmatar florestas ou outras formas de vegetação consideradas de preservação permanente". Quando o caso foi revelado pela imprensa em 2022, ele afirmou que a fazenda havia sido vendida em 2009. Em 2020 ele apresentou na Câmara um projeto que limita o valor das multas ambientais no país. A proposta segue em tramitação na Casa.

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