O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), divulgou nesta segunda-feira (13) os critérios para as famílias elegíveis a receber o benefício do PIX SOS Rio Grande do Sul, iniciando assim o processo de recuperação e reconstrução de suas residências.
O Comitê Gestor do PIX estabeleceu que será destinado o valor de R$ 2 mil por família afetada. Terão direito ao benefício:
- Famílias desabrigadas ou desalojadas devido ao evento climático, residentes nos municípios com situação de calamidade reconhecida pela Defesa Civil;
- Inscritas no CadÚnico ou no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF);
- Que não tenham sido contempladas pelo programa Volta por Cima;
- Com renda familiar de até três salários mínimos.
Segundo o governador, mais de R$ 93 milhões foram arrecadados "com a participação da sociedade civil de todo o Brasil" por meio do PIX do estado, beneficiando aproximadamente 45 mil famílias.
Leite ressalta que embora R$ 2 mil não resolvam todos os problemas, representam uma ajuda significativa para as famílias que perderam tudo, permitindo-lhes recuperar a confiança na reconstrução de suas vidas.
O responsável familiar beneficiado receberá um cartão do SOS Rio Grande do Sul, emitido pela Caixa Econômica Federal, com o valor do benefício já creditado. Esse cartão poderá ser utilizado para saques em agências ou pontos de atendimento da Caixa, além de funcionar como cartão de débito em toda a rede credenciada pela VISA ou ELO.
O sul do país está sob alerta máximo para inundações severas no Vale do Taquari, enquanto o lago Guaíba pode atingir 5,5 metros nas próximas 48 horas, ultrapassando o pico de 5,3 metros registrado em 5 de maio.
Com duas mortes confirmadas nesta segunda-feira (13), o Rio Grande do Sul contabiliza 147 vítimas dos temporais e enchentes que afetam o estado desde o final de abril. O boletim da Defesa Civil ainda relata 127 desaparecidos e 806 feridos.
Na última quarta-feira (8), Leite esclareceu que as doações feitas via PIX para as vítimas das enchentes não são destinadas ao governo, mas sim a uma entidade privada, a Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul. O valor arrecadado será utilizado para ajudar as pessoas afetadas pela tragédia, sem consumir os recursos do governo.