Foi sentada num banco de jardim e completamente sozinha que Kate Middleton decidiu colocar um ponto final em todos os rumores e teorias de conspiração que circulavam no Reino Unido e, inclusivamente, no mundo inteiro sobre o seu paradeiro e estado de saúde. Sem sinais aparentes de doença, a princesa de Gales – com uma camisola branca de riscas azuis escuras a combinar com calças de ganga clara e os longos cabelos castanhos a emoldurarem-lhe o rosto – anunciou que tinha cancro. Foi no passado dia 22 de março que a mulher do príncipe William corajosamente, olhos postos na câmara, revelou a dura batalha que tinha – e continua a ter – pela frente.
"Em janeiro, fui submetida a uma grande operação à zona abdominal em Londres e nessa altura a minha condição não era cancerígena. A operação foi um sucesso. Contudo, testes posteriores detetaram que tinha cancro. A minha equipa médica aconselhou-me a submeter-me a quimioterapia preventiva. Estou nas primeiras etapas do tratamento", explicou nesse vídeo gravado pela BBC e partilhado nas redes sociais. Kate ainda agradeceu o apoio de William, que, segundo palavras da princesa, tem sido "uma fonte de conforto e confiança". Aquela que um dia será rainha de Inglaterra assumiu também o quanto foi difícil ser confrontada com tão terrível diagnóstico.
"Claro que foi um grande choque. O William e eu estamos a fazer tudo o que podemos para processar e lidar com isto de forma privada por causa do bem-estar da nossa família mais pequena", explicou no referido vídeo. "Como podem imaginar, isto leva tempo. Leva tempo a recuperar da cirurgia e começar o tratamento. Mas o mais importante, é que pudemos explicar tudo ao George, Charlotte e Louis de uma forma apropriada para eles e assegurar que eu vou ficar bem", acrescentou Kate Middleton de uma forma muito serena e sem nunca desviar os olhos da câmara.
DIAS DE ANGÚSTIA E CHEIOS DE INCERTEZAS
Voltando ainda um pouco atrás no tempo convém recordar que tudo começou a 18 de janeiro, dia em que o palácio anunciava que Kate Middleton tinha sido submetida a uma cirurgia abdominal dois dias antes, portanto, a 16. Acrescentou também que princesa- cuja última aparição pública data de 25 de dezembro do ano passado - ia estar ausente durante dois meses para recuperar da operação. Sobre as razões que levaram ao bloco operatório, nem uma palavra. A ausência total de informações e o desaparecimento misterioso acabou por provocar aquilo que o Palácio de Kensington - a residência oficial dos príncipes de Gales - queria a todo o custo evitar: as especulações e os rumores sobre o paradeiro e as razões que levaram ao afastamento público da mulher do príncipe William.
Agora, esse mesmo afastamento público está inteiramente justificado. E o mundo inteiro está disponível para satisfazer os três pedidos feitos pela princesa quando anunciou a doença oncológica. O primeiro desses pedidos é tempo. O tempo que a princesa necessita para lutar contra esta doença. Não se sabe quantos meses vão ser necessários para a recuperação completa, mas é um facto que depois de se saber toda a verdade em relação ao seu estado de saúde que a pressão para que Kate voltasse a aparecer em público deixou de existir. Não há pressa! Os britânicos são unânimes em dizer o reconfortante ‘Take your time’, ou seja, que ela tire todo o tempo que for preciso para se dedicar a esta dura batalha.
OS TRÊS PEDIDOS DE KATE: TEMPO, ESPAÇO E PRIVACIDADE
Já ninguém se atreve a adiantar datas ou a avançar eventos importantes para a coroa, como é o caso da ansiada cerimónia Trooping the Colour - que este ano se realizará no próximo dia 15 de junho - em que gostariam de ver novamente a princesa. Não é segredo para ninguém que os tratamentos de quimioterapia provocam sintomas que provocam grande desconforto e que também deixam sequelas já depois de terminados, como cansaço e grande fragilidade física e emocional [em certos casos]. A correspondente da BBC Helen Wade, por exemplo, já disse que a mulher de William só deverá assumir as suas funções no próximo outono. Uma opinião que é partilhada por mais analistas que consideram que os meses que faltam até lá serão importantes para Kate se restabelecer a 100 por cento.
O segundo pedido tem a ver com espaço. Desde que adoeceu que a futura rainha foi submetida a uma grande pressão. Pressão pessoal e, a pior de todas, a pressão social e pública. Pediu para que fosse respeitado o espaço que precisava e que o seu afastamento não fosse sujeito a julgamentos populares. Mais uma vez todos – população e jornalistas - compreenderam e respeitaram [pelo menos até ao momento] o desejo de Kate Middleton.
Por fim, a mulher de William pediu privacidade para si e para a sua jovem família. Apelou a que a deixassem viver esta fase menos boa resguardada da curiosidade alheia e em sossego. Este é o pedido mais difícil de satisfazer, pois não há como negar: há um enorme interesse em torno de Kate Middleton. Todos estão genuinamente preocupados e anseiam que recupere o mais rapidamente possível. Portanto, essa privacidade tão desejada pelos príncipes de Gales tem sido interrompida pelo muito mediatismo que rodeia o casal e, especialmente, a princesa ou não fosse ela um dos membros mais populares da Família Real de Inglaterra.
TRATAMENTOS LONGE DE TODOS
Ainda assim, pouco ou nada se sabe de Kate Middeton após ela ter anunciado que sofria de cancro. As pouquíssimas coisas que se tem sabido têm vindo da boca do príncipe William. Parco em palavras, o herdeiro trono tem dito apenas que a mulher está bem e a recuperar. Contudo, nos últimos tempos o facto do filho do rei Carlos III ter retomado a sua agenda oficial e se mostrar cada vez mais "solto" são sinais muito positivos. Hoje há em William uma tranquilidade no olhar que já não se via há alguns meses e isso leva os britânicos a suspirar de alívio.
Mas a grande questão que se coloca é saber como é que a princesa tem passado estes meses de tratamento. Como nunca mais foi vista em público, acredita-se que Kate Middleton já não tenha cabelo – recorde-se que terá doado parte da sua bonita e farta melena a uma associação que se dedica ao fabrico de perucas para crianças que enfrentam problemas oncológicos – e que isso a leva-a a resguardar-se ainda mais dos olhares curiosos. Há até quem acredite que foi montado um mini hospital em Adelaide Cottage – a residência dos príncipes - para que a princesa de Gales não tenha de sair de casa para se submeter aos tratamentos de quimioterapia e, assim, não seja apanhada nas viagens entre o hospital e Windsor e vice-versa. Além disso, terá uma equipa médica permanentemente a cuidar de si.
GEORGE, CHARLOTTE E LOUIS SÃO A GRANDE PREOCUPAÇÃO
As visitas estarão também muito limitadas, mas por vontade própria de Kate. Os pais, Michael e Carole, os irmãos, Pippa e James, e algumas amigas (muito poucas) estarão entre o rol de pessoas com ‘via verde’ para poderem entrar em Adelaide Cottage. Junta-se nesse rol o rei Carlos III com quem a princesa estabeleceu uma relação muito chegada. Como os dois passam pelo mesmo problema isso acaba por aproximá-los. Já foi revelado que sogro e nora – que é mais como uma filha para o monarca – têm longas conversas telefónicas dando força um ao outro.
É quase garantido que a próxima rainha de Inglaterra tem aproveitado este tempo de pausa forçada para se dedicar mais aos seus três filhos, George, de 10 anos, Charlotte, de oito, e Louis, de seis. A grande preocupação é aligeirar a sua situação aos olhos das crianças para que elas sofram o menos possível. Estando numa escola, os três príncipes já terão ouvido muitas versões da boca dos coleguinhas e são esses efeitos que Kate tem tentado atenuar. Por fim, diz-se ainda que a mulher de William tem dedicado parte dos seus dias – aqueles em que se sentirá melhor – à fotografia [o seu hobby preferido], para pôr a leitura em dia e para assistir a alguns filmes que estavam em atraso.