As europeias na Roménia — identidade, revolta, medo e esperança levam os romenos às urnas - Expresso
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Europeias 2024

As europeias na Roménia — identidade, revolta, medo e esperança levam os romenos às urnas

Partiu do Presidente Klaus Iohannis (à direita na imagem) a crise política que culminou na designação do social-democrata Marcel Ciolacu para primeiro-ministro
Partiu do Presidente Klaus Iohannis (à direita na imagem) a crise política que culminou na designação do social-democrata Marcel Ciolacu para primeiro-ministro
DANIEL MIHAILESCU/AFP/Getty Images
Na Roménia, as eleições europeias de 2024 refletem um aumento da revolta política. Os partidos extremistas estão a ganhar terreno num clima de descontentamento, enquanto os seus adversários mais tradicionais têm dificuldade em abordar problemas complexos. A política identitária e o medo dominam. Este artigo faz parte do projeto colaborativo Voices of Europe 2024, que envolve 27 meios de comunicação social de toda a UE e é coordenado pelo Voxeurop

Adrian Mihălțianu*

Em muitos aspetos, as eleições de 2024 na Roménia refletem o que aconteceu nas últimas legislativas, há quatro anos. Verificam-se algumas diferenças, porém, no que se refere aos protagonistas políticos, sobretudo os que desafiam o status quo. Na ausência de um grande tema em torno do qual as pessoas possam mobilizar-se, a atual campanha é movida mais pela revolta, pelo medo, mas também por uma ponta de esperança. Para melhor compreendermos, façamos uma breve retrospetiva do que aconteceu desde 2020.

A revolta contra o Governo dos sociais-democratas (PSD) foi uma das principais motivações dos eleitores em 2020, levando a ganhos parlamentares significativos para os partidos que se aproveitaram disso. O liberal União Salvar a Roménia (USR) obteve 15,5% dos votos, enquanto o partido de extrema-direita Aliança pela União dos Romenos (AUR) registou um aumento notável, passando de 1% para 9% dos votos em apenas alguns meses.

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