Foi revelado ontem o primeiro retrato oficial do Rei Charles 3º, pintado por Jonathan Yeo.

A imagem não é bem o que o público esperava:

Até o próprio rei pareceu se assustar durante a cerimônia de revelação.

Teve gente que simplesmente achou feio:

Outros fizeram interpretações políticas da obra da arte:

Para quem já viu "O Som ao Redor" (2012), essa interpretação ganha força.

No filme de Kleber Mendonça Filho, um personagem está tomando banho de cachoeira na fazenda de sua família quando a água se transforma em sangue, representando a violência que seus antepassados usaram para garantir a terra.

Alguns se perguntaram se esse quadro teria o mesmo destino do "Retrato de Winston Churchill", de Graham Sutherland.

A obra foi feita em 1954 para comemorar o 80º aniversário de Churchill, mas desagradou o então primeiro-ministro do Reino Unido: "Me fez parecer um bêbado qualquer retirado da sarjeta", teria dito segundo a historiadora Michal Meyer.

O retrato foi queimado pela secretária de Churchill.

Para alguns, o vermelho no retrato de Charles é uma referência à ligação infame em que ele disse que queria ser o absorvente interno de Camilla Parker.

Um usuário do X pensou na obra de Francis Bacon (1909-1992).

Bacon disse não ter nada contra o líder religioso, mas afirmou que viu o retrato como "uma desculpa para usar essas cores, porque é impossível pintar roupas nesse tom de roxo sem cair na falsidade do fauvismo".

O retrato também lembra o quadro assombrado de "Os Caça-Fantasmas 2" (1989).

Tem até gente que viu referências à música nacional!

Apesar da polêmica, tem quem goste:

Segundo o pintor Jonathan Yeo, o vermelho foi escolhido como referência ao uniforme da Guarda do Rei, da qual Charles era coronel em 2020 — quando o retrato foi encomendado.

O meu interesse é descobrir quem é a pessoa, e colocar isso na tela. Jonathan Yeo