Como funciona a relação risco e retorno nos investimentos

Como Funciona a Relação Risco e Retorno nos Investimentos

Conheça a relação Risco e Retorno nos investimentos e como se beneficiar para preservar e multiplicar seu patrimônio.
Fonte: FreePik.

Conheça a relação Risco e Retorno nos investimentos e como se beneficiar para preservar e multiplicar seu patrimônio

Quando eu comecei a me aventurar pelo mundo dos investimentos, uma das primeiras coisas que aprendi é que, para ser bem-sucedido, você precisa entender a relação entre risco e retorno. 

Este é um conceito fundamental que vai te ajudar a tomar decisões mais inteligentes, fazer uma boa alocação de ativos e alinhar suas expectativas com a realidade do mercado.

Você já parou para pensar por que algumas pessoas optam por investimentos mais arriscados enquanto outras preferem a segurança de aplicações mais conservadoras? 

Tudo se resume à relação entre o quanto você está disposto a arriscar e o quanto espera ganhar. 

Porque, como regra geral, quanto maior o risco, maior o retorno potencial. Ou seja, quanto menor o risco, menor é o retorno esperado.

Essa balança entre risco e retorno é o que determina o tipo de investimento que se encaixa no seu perfil de investidor.

Mas não se preocupe, não é preciso ser um especialista para começar a entender isso. 

Eu estou aqui para te guiar e mostrar que, com um pouco de conhecimento e atenção, você pode fazer escolhas mais acertadas e potencializar seus ganhos.

Pronto para mergulhar mais fundo nesse tema? 

Para começar, vamos desvendar os conceitos fundamentais de risco e retorno

Você vai ver como esses dois elementos se entrelaçam e o impacto que têm em cada centavo que você investe. 

Conceitos fundamentais 

No mundo dos investimentos, dois termos que você deve estar cansado de ouvir são risco e retorno. 

Começando pelo risco, que é basicamente a chance de as coisas não saírem como você espera. 

Isso pode significar perder uma parte do seu dinheiro investido ou até mesmo não ganhar tanto quanto esperava.

Existem 3 tipos principais de risco que você precisa conhecer:

Risco de mercado

Este é o risco de os preços dos seus investimentos caírem por causa de mudanças na economia, como alterações nas taxas de juros, inflação, ou mesmo eventos políticos. 

Imagine, por exemplo, investir em ações e, de repente, o mercado despenca devido a uma crise econômica inesperada. 

Para ilustrar: em março de 2020, no início da pandemia de COVID-19, o índice Ibovespa caiu mais de 30%, refletindo o pânico global e a incerteza econômica. 

Investidores que tinham ações nesse período enfrentaram perdas significativas em um curto espaço de tempo.

Risco de crédito

Aqui, o perigo está em emprestar dinheiro para alguém que não consegue pagar de volta. 

Pode ser uma empresa que emitiu uma dívida ou até o governo através dos títulos públicos. 

Se você investe em títulos de dívida e o emissor enfrenta problemas financeiros, seu retorno pode ser menor do que o esperado ou, em casos extremos, você pode até perder o capital investido. 

Um exemplo marcante foi o das Lojas Americanas, onde investidores viram o valor de suas debêntures despencar após a empresa anunciar dificuldades financeiras em 2023. 

As debêntures que eram negociadas a valores próximos de seu valor nominal sofreram uma desvalorização abrupta, sendo negociadas com 94% de desconto e juros de até 109% após o escândalo.

Isso refletiu a súbita perda de confiança dos investidores na capacidade de pagamento da empresa.

Risco de liquidez

Esse risco surge quando você quer vender um investimento, mas não acha comprador, ou quando precisa aceitar um preço muito baixo para fazer a venda rápida. 

É como tentar vender um imóvel em uma época em que ninguém está comprando; você pode ter que baixar muito o preço. 

Um caso típico é o de investidores que possuem ações de empresas menos negociadas na bolsa de valores. 

Por exemplo, uma ação que em média tem apenas 1.000 negociações por dia pode não encontrar compradores rapidamente se você precisar liquidar sua posição. 

Nessa situação, por exemplo, pode ser necessário aceitar um preço até 15% menor do que o valor de mercado para atrair um comprador rapidamente.

Agora, vamos tratar do retorno, que é a parte boa da história, concorda? 

O retorno é o que você ganha com seus investimentos. 

E ele pode vir, basicamente, de 4 formas:

Ganhos de capital

Isso acontece quando você vende um investimento por um preço mais alto do que comprou. Se você compra uma ação por R$ 10 e vende por R$ 15, o ganho de capital é de R$ 5 por ação.

Dividendos

São uma parte dos lucros que as empresas distribuem aos seus acionistas. Se você possui ações de uma empresa que distribui dividendos, receberá uma parcela do lucro.

Juros

Se você investe em títulos de renda fixa, como CDBs ou títulos do governo, os juros são o seu retorno. É o dinheiro que a entidade que pegou seu dinheiro emprestado paga pelo privilégio de usar seu capital.

Renda de aluguel

No caso de investimentos imobiliários, a renda de aluguel é o que você recebe periodicamente dos inquilinos.

Entendeu como o risco e o retorno são dois lados da mesma moeda? 

No próximo tópico, vamos explorar como esses conceitos se entrelaçam e o que isso significa para suas decisões de investimento. 

Você vai ver como balancear risco e retorno pode ser a chave para uma estratégia de investimento bem-sucedida. 

A relação entre risco e retorno

Como já mencionei, no universo dos investimentos, uma das lições mais importantes que aprendi é sobre a relação direta entre risco e retorno. 

Pode parecer um pouco intimidador no começo, mas é como um jogo onde você avalia suas apostas: quanto mais alto o risco, maior pode ser o prêmio, e vice-versa. 

Isso não significa que você deva sempre correr o maior risco, mas entender essa relação é fundamental para saber o que esperar dos seus investimentos.

Imagine que você investiu em uma empresa que acabou de fazer IPO – uma empresa recém chegada no mercado. 

Ela tem um potencial enorme de crescimento, mas também é muito volátil, certo? 

Esse é o alto risco que pode trazer um retorno significativo se tudo der certo. 

Por outro lado, se você prefere a segurança, talvez opte por títulos do governo ou uma conta poupança, onde o retorno é menor, mas o risco é quase nulo.

Agora, por que isso é tão crucial na tomada de decisão de investimento? 

Porque cada escolha reflete diretamente no seu futuro financeiro. 

Ao entender e respeitar a relação entre risco e retorno, você pode montar uma estratégia que se alinhe não só com seus objetivos, mas também com seu sono tranquilo à noite. 

Não adianta ter um retorno potencial alto se você vai passar noites em claro preocupado, não é mesmo?

Neste jogo, a chave é o equilíbrio. 

E ao aprender mais sobre como avaliar riscos e esperar retornos correspondentes, você se torna mais apto a fazer escolhas racionais e inteligentes.

Agora, vamos explorar os métodos de avaliação de risco e retorno, para você não só entender, mas saber como calcular suas próprias jogadas nesse tabuleiro dos investimentos. 

Métodos de avaliação de risco e retorno

Agora chegou a hora de falar sobre algumas ferramentas essenciais para entender a relação entre risco e retorno. 

Quando você entra no mundo dos investimentos, é como navegar num mar às vezes calmo, às vezes agitado. 

Para não se perder, você precisa de bons instrumentos de navegação, e aqui estão as métricas mais importantes que você precisa conhecer:

Desvio Padrão 

Este indicador estatístico é o mais popular para medir risco no mercado financeiro. 

Esta métrica é como um termômetro que mostra o quanto o retorno de um investimento pode variar em relação à média. 

Por exemplo, se uma ação teve um retorno médio de 8% ao ano, mas com um desvio padrão de 5%, isso significa que em anos típicos, seus retornos podem variar de 3% a 13% ao ano. 

Em outras palavras, ela mede a volatilidade do preço do ativo. 

Se você investiu em uma ação com alto desvio padrão, prepare-se para uma montanha-russa, pois o preço pode subir ou descer bastante. 

Imagine uma ação de uma empresa de tecnologia que, em um ano, variou de R$ 10 para R$ 20 e depois caiu para R$ 12. 

Já um desvio padrão baixo indica uma jornada mais tranquila, sem muitas surpresas, como um fundo de investimento em renda fixa cujo valor varia pouquíssimo ao longo do ano.

Beta  

Ele mostra o quanto o preço de uma ação tende a se mover em relação ao mercado como um todo. 

Um beta maior que 1 indica que a ação é mais volátil que o mercado — é como se seu barco balançasse mais que os outros com cada onda. 

Por exemplo, se o índice Ibovespa sobe 10% e uma ação com beta de 1.5 sobe 15%, essa ação é mais sensível às mudanças do mercado. 

Um beta menor que 1 mostra uma estabilidade maior, resistindo melhor às tempestades do mercado. 

Considere uma empresa de serviços públicos com um beta de 0.7; se o Ibovespa cai 10%, a ação dessa empresa pode cair apenas 7%, mostrando maior resiliência.

Índice de Sharpe 

Esse é um dos favoritos dos investidores, pois indica se você está sendo bem recompensado pelo risco que corre. 

Ele compara o retorno de um investimento com o retorno de algo sem risco, como um título do governo. 

Por exemplo, se um fundo de ações oferece um retorno anual de 12% e o título do governo oferece 5%, com um desvio padrão dos retornos do fundo sendo 6%, o Índice de Sharpe será (12% – 5%) / 6% = 1.17. 

Um Índice de Sharpe alto sugere que o risco vale a pena, como escolher uma rota de navegação arriscada que promete tesouros maiores. 

Em contraste, um índice próximo de zero ou negativo indica que o investimento não compensa o risco adicional.

Value at Risk (VaR)

Funciona como um alerta de tempestade, mostrando o pior prejuízo esperado em um período, dentro de um certo nível de confiança. 

Por exemplo, um VaR de R$ 1.000 com 95% de confiança significa que há apenas 5% de chance de você perder mais que isso em um dia. 

É como ter uma previsão do tempo para decidir se vale a pena velejar.

Estratégias para equilibrar risco vs retorno

Vamos tratar de algumas estratégias práticas e exemplos para ajudá-lo a balancear risco e retorno na sua carteira de investimentos. 

Aqui estão algumas dicas que você pode aplicar:

Diversificação setorial

A diversificação setorial é uma abordagem inteligente para diluir os riscos em sua carteira. 

Ao investir em diferentes setores da economia, como tecnologia, saúde e energia, você evita depender excessivamente do desempenho de um único setor. 

Por exemplo, se você tem ações da Petrobras e o setor de petróleo enfrenta dificuldades, ter investimentos em empresas do setor financeiro como Itaú e Banco do Brasil pode equilibrar as perdas, aproveitando o crescimento desses outros setores.

Balanceamento entre renda fixa e variável

O balanceamento entre renda fixa e renda variável é outra estratégia vital. 

Essa mistura oferece uma combinação de segurança e potencial de crescimento. 

Para investidores conservadores, uma proporção de 80% em renda fixa e 20% em renda variável pode ser ideal, enquanto investidores mais arrojados podem preferir inverter essa relação, buscando maiores retornos através de uma maior exposição à renda variável.

Utilização de fundos multimercado

Os fundos multimercado são opções excelentes para quem deseja diversificar sem ter que gerenciar cada investimento individualmente. 

Esses fundos combinam diferentes ativos e estratégias, permitindo que gestores ajustem as alocações para otimizar os retornos conforme as mudanças do mercado. 

Isso não só espalha os riscos mas também aproveita a expertise dos gestores para identificar oportunidades em diferentes áreas.

Investimentos internacionais

Investimentos internacionais são uma ótima maneira de diversificar fora do ambiente econômico e político doméstico.

Alocar uma parte do seu portfólio em mercados estrangeiros através de ações, ETFs ou fundos que investem fora do Brasil pode abrir portas para oportunidades de crescimento em outras economias. 

Um exemplo é investir em um ETF que acompanha o S&P 500, que oferece exposição a grandes empresas americanas, ou escolher fundos focados em mercados emergentes.

Rebalanceamento periódico da carteira

O rebalanceamento periódico da carteira é essencial para manter sua estratégia de investimento alinhada com seus objetivos originais. 

Com o tempo, a variação nos preços dos ativos pode desequilibrar sua alocação desejada. 

Por exemplo, se as ações valorizaram significativamente e agora ocupam uma proporção maior do que você planejou inicialmente, vender parte delas e comprar mais títulos de renda fixa pode ajudar a restaurar o equilíbrio original da sua carteira.

Ao aplicar essas estratégias, você cria um equilíbrio mais estável entre risco e retorno, o que é crucial para alcançar seus objetivos financeiros a longo prazo. 

E por falar em longo prazo, no próximo tópico, vamos explorar como seu perfil de investidor influencia as escolhas que você faz. 

Perfil do investidor e seu impacto na escolha de investimentos

No mundo dos investimentos, entender quem você é faz toda a diferença na hora de escolher onde colocar seu dinheiro, por isso que antes de investir é identificado o seu perfil de investidor

O autoconhecimento é crucial para todo e qualquer investidor. Sem isso, o fracasso é inevitável.

Veja bem, não é só sobre o quanto você quer ganhar, mas também sobre o quanto você está disposto a arriscar. 

Comecemos pelos investidores conservadores. 

Se você se identifica com esse perfil, provavelmente não gosta de surpresas desagradáveis com seu dinheiro. 

Você prefere investimentos mais seguros, como a renda fixa, mesmo que isso signifique ganhos menores. 

É aquele velho ditado: “Devagar e sempre!”

Agora, se você é um investidor moderado, está no meio-termo. 

Você aceita um pouco mais de risco para tentar uma rentabilidade melhor. 

Nesse caso, você provavelmente vai misturar um pouco de renda fixa com renda variável, equilibrando a segurança e a busca por retornos mais atraentes.

E por último, temos os investidores arrojados. 

Se você é um deles, segura a emoção! 

Você busca os maiores retornos possíveis e não se intimida com a possibilidade de algumas perdas pelo caminho. 

Ações, fundos de ações, fundos imobiliários e até criptomoedas podem estar na sua carteira.

Mas e aí, como você balanceia essa mistura de riscos e oportunidades para atingir seus objetivos? 

É exatamente sobre isso que vamos tratar nas próximas linhas.

Vamos explorar como o rebalanceamento da carteira pode ajudar você a manter seus investimentos alinhados com suas metas e perfil.

Rebalanceamento de carteira e gestão de risco

Rebalancear sua carteira é como dar uma revisada no mapa durante uma longa viagem de carro. 

Você precisa se certificar de que ainda está no caminho certo para alcançar seus destinos financeiros. 

Quando eu falo sobre rebalanceamento, estou me referindo ao ajuste dos ativos na sua carteira para que ela continue alinhada com seu perfil de investimentos e estratégia inicial de investimentos.

Imagine que você começou com uma combinação de 70% em ações e 30% em renda fixa. 

Com o tempo, se as ações se valorizarem mais que a renda fixa, essa proporção pode mudar, aumentando seu risco. 

Então, o que você faz? 

Você vende um pouco das ações e compra mais renda fixa para voltar àquela divisão de 70/30. 

Simples assim!

Esse processo traz um equilíbrio maravilhoso para sua carteira, minimizando riscos sem abrir mão dos potenciais retornos. 

Mantendo tudo alinhado, você evita surpresas desagradáveis e aproveita melhor as oportunidades do mercado.

Conclusão

Ao longo deste artigo, abordei com você os fundamentos e características da relação entre risco e retorno. 

Como você viu, entender essa dinâmica não é apenas uma parte fundamental dos investimentos, mas a chave para maximizar seus ganhos e controlar as possíveis perdas.

Espero que, ao explorar os diferentes tipos de risco e as várias formas de retorno, você tenha percebido como cada decisão pode impactar sua carteira.

Reitero a importância de alinhar suas estratégias de investimento ao seu perfil pessoal. 

Afinal, não há um único caminho correto; o que funciona para um investidor arrojado pode não ser ideal para você, se seu perfil for mais conservador. 

É vital que suas escolhas reflitam seus objetivos e sua tolerância ao risco, garantindo um equilíbrio entre o desejo de lucro e a capacidade de dormir tranquilo à noite.

Além disso, encorajo você a continuar se educando sobre os mercados e as ferramentas de avaliação de risco. 

Quanto mais você souber, mais afiada será sua habilidade de investir com sabedoria.

E para te ajudar a colocar tudo isso em prática, que tal uma conversa de cortesia com um consultor da Guiainvest? 

Eles podem te orientar a balancear a relação risco versus retorno da sua carteira de investimentos, garantindo que você esteja no caminho certo para atingir seus objetivos. 

Não perca essa chance de aprimorar sua estratégia de investimentos com o apoio de especialistas!

Clique aqui, preencha o formulário e aguarde o nosso contato para realizar o agendamento da conversa.

Um abraço,

André Fogaça.

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