Opinião: Enorme abstenção e eleições adiadas; porque não?
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Opinião: Enorme abstenção e eleições adiadas; porque não?

31 de dezembro às 12h30
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Vamos entrar num período eleitoral que determinará o nosso futuro colectivo.
A maioria silenciosa vai determinar o vencedor das próximas eleições legislativas. Aliás, o que aconteceu com as anteriores eleições autárquicas.
Existe até uma larga franja do eleitorado, mesmo militante de partidos, que ainda não sabe em quem vai votar. Assaltam dúvidas.
Extremar posições é algo desaconselhável nos tempos mais próximos. Pelo facto de, também, existirem um conjunto de perguntas que deverão ser respondidas pelos principais partidos da governação.
Com o aumento do número de infecções a ser já uma variável determinante para a participação dos cidadãos, não sei mesmo se as eleições não deveriam ser adiadas.
É que, basta de aumento da abstenção, já ela em número assustador para quem deseja que a democracia funcione.
Poucos votantes por efeito do medo da pandemia seria um mau sinal para a nossa já débil democracia. E escrevo débil, porque já existem factos indiciadores do cansaço dos portugueses.
Os escândalos de corrupção, e pior do que isso, a ineficácia e morosidade da justiça, afastam cada vez mais os portugueses da democracia que, por definição, “é o governo do Povo por ele próprio”!
E não vale a pena “enfiar a cabeça na areia” e fingir que está tudo bem, porque não está!
E a demonstrá-lo, foi a confusão com a nomeação do Almirante para Chefe do Estado Maior da Armada!
De uma assentada, para deixar de ser candidato a tudo e ao seu contrário, foi sentar-se numa das suas cadeiras de sonho. Se directamente na política deixa de incomodar, quanto ao “resto” …
Ao que vulgarmente se designa de direita, deu-se a hipótese do Almirante Mendes Calado ser o seu candidato à Presidência da República, porque, em caso de convulsão política é melhor ter um militar por perto!
Também ninguém sabe, acho que que nem calcula, o que é que António Costa deseja para o seu futuro político, dado que é muito novo para a reforma! Ou ser candidato do PS à Presidência da República, ou um lugar ao sol na boa Europa. Como dizia o outro, “venha o diabo e escolha”! É tudo bom…
Perceba-se isto; muito do futuro do País está nas mãos de quem vencer em Janeiro.
Espero eu, convictamente, que não se radicalize à esquerda ou à direita, porque se tal acontecer, as reformas para a construção do futuro português ficarão de novo adiadas.

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