A misteriosa empresa de diamantes que deu milhões a Betty Grafstein | New in Oeiras

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A misteriosa empresa de diamantes que deu milhões a Betty Grafstein

Era gerida pelo ex-marido da socialite e foi do seu sucesso que fez fortuna. Porém, a atividade da Grafstein Diamond Corporation é um mistério por desvendar.
Tem agora 95 anos.

Encontrar informações sobre a Grafstein Diamond Corporation é uma espécie de caça aos gambuzinos. Sabe-se apenas que tem uma sede em Nova Iorque e que é atualmente gerida por Warren Grafstein, empresário que num site como o LinkedIn tem apenas 108 conexões e um total de zero publicações. É tudo um mistério, incluindo o valor dos diamantes.

O que sabemos é que permitiu a Betty Grafstein hoje com 95 anos, ter uma vida de luxo, marcada por viagens a vários países e pelo closet recheado de roupas e acessórios de marca. Vários sites internacionais afirmam que a sua fortuna está avaliada em 25 milhões de euros. A socialite nega. “Estão sempre a exagerar. Eu nunca falei sobre isso e as pessoas inventam”, contou numa rara entrevista ao “The Sun” em 2023.

A britânica é um dos assuntos do momento após ter sido hospitalizada. As culpas rapidamente se viraram para o atual marido, José Castelo Branco, que Grafstein acusa de violência doméstica. Ele afirma estar inocente.

Polémicas à parte, a ligação de Grafstein aos diamantes antecede o casamento com Castelo Branco, que não é o primeiro marido de Betty. Foi casada com Albert Grafstein, explicando assim a sua ligação à empresa especializada em diamantes, com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos, no luxuoso Diamond District, onde estão sediados outros negócios relacionados com esta área.

Betty Grafstein não é sequer o seu nome verdadeiro. Batizada como Elizabeth Larner, a empresária nasceu no Reino Unido, em 1928. Foi adotada por Bertram Thomas Larner e pela sua mulher Dorothy Cordelia Cheney, uma dama de companhia da rainha Maria, avó da rainha Isabel II, razão pela qual recebeu, ainda bebé, o título de Lady.

Quando atingiu a maioridade, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, emigrou para Nova Iorque com o seu primeiro marido que a abandonou e a deixou sozinha com Roger Basile, o filho. Aos 25 anos, quando trabalhava como secretária na sede da Pepsi, conheceu Albert, um judeu americano negociador de diamantes, de 49 anos, que liderava a Grafstein Diamond Corporation com o irmão.

Albert já era pai de Barbara, mas mesmo assim acreditava que havia espaço para mais um filho na família. Foi por isso que adotou Roger. A relação de Betty com Portugal começa em 1971, quando visita o País pela primeira vez. Apaixonou-se por Sintra e decidiu comprar um palacete (que é atualmente um alojamento local) — outro motivo de controvérsia que envolve Castelo Branco.

 

 
 
 
 
 
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O casamento da empresária com Albert durou até 1991, ano em que este faleceu. Enlutada, herdou a empresa de joias que atualmente é gerida pelo filho, Warren.

Betty e Castelo Branco conheceram-se nos anos 90 numa festa organizada pelo arquiteto e artista Júlio Quaresma. Chegaram cedo demais e sentaram-se na mesma mesa. Quando começaram a conversas, perceberam que tinham muito em comum e a faísca foi instantânea, disseram. “Tivemos logo muita química”, referiu Castelo Branco ao “The Sun”.

Na época, a socialite lutava contra uma depressão, revelou José no seu livro “Toda a Verdade”. “Tinha ficado viúva depois de 30 anos dedicada ao Albert. Acompanhou-o até ao fim e, nos últimos oito meses, não saía da cabeceira do marido. Estava numa fase de grande depressão quando me conheceu.”

Betty convidou depois o português para um almoço especial em Nova Iorque, onde estavam a ser celebrados os 50 anos das Nações Unidas. Com os hotéis totalmente lotados, Grafstein recorreu aos seus contactos e acabou por arranjar um quarto para Castelo Branco. “Foi o início de tudo”, contou ao “The Sun”.

Durante as viagens constantes entre Portugal e os Estados Unidos, perceberam que tinham uma ligação profunda. “Tornámo-nos muito próximos. A Betty disse-me que já não podíamos estar separados.” A 27 de novembro de 1996, numa conservatória em Loures, casaram-se.

Após a morte de Albert, em 1991, a sua fortuna foi dividida pelos seus filhos biológicos. Roger Basile não era descendência do empresário e, por isso, não recebeu nada. O mesmo quase aconteceu a Betty, visto que Barbara, a sua enteada, não queria que ela ganhasse um único tostão da herança do pai. Começou assim uma disputa em tribunal.

“Ela quis ficar com tudo do pai”, revelou José Castelo Branco no seu livro. Apesar da dificuldade, a britânica conseguiu herdar uma parte da fortuna, embora fosse mais reduzida.

Se antes Betty era totalmente apaixonada por José Castelo Branco, agora o cenário inverteu-se. A 20 de abril, a socialite deu entrada na CUF de Cascais, no seguimento de uma alegada queda, com lesões no corpo.

A 2 de maio, a empresária acabou por denunciar o marido aos profissionais de saúde, por violência doméstica, acusando-o de a empurrar. Consequentemente, José Castelo Branco foi detido pela GNR na zona do Estoril e conduzido ao Tribunal de Sintra na manhã de 7 de maio. 

Em entrevista ao “Dois às 10”, da TVI, a 9 de maio, garantiu estar inocente. Cristina Ferreira e Cláudio Ramos, os apresentadores, mostraram uma gravação exclusiva de Betty, que chamou o marido de “abutre” e voltou a reforçar que tinha sido agredida. O incidente é agora caso de polícia.

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