O filme na Netflix que é uma reflexão belíssima e profunda sobre o tempo, o amor e a família Divulgação / Translux

O filme na Netflix que é uma reflexão belíssima e profunda sobre o tempo, o amor e a família

O tempo é o grande adversário da existência. Ele sentencia todas as coisas ao fim. Um dos maiores anseios da humanidade é dominá-lo. No entanto, ele permanece indomável apesar de todo conhecimento científico e tecnológico. Albert Einstein foi um dos grandes estudiosos do tempo.

Em sua Teoria da Relatividade, ele explorou a tese de que o tempo e o espaço não são absolutos, mas sim interconectados em um espaço-tempo contínuo. Um conceito espetacular abordado por ele é que o tempo passa mais devagar para um observador em movimento em relação a um observador estacionário. Com isso, ele quis dizer que o tempo é relativo e que sua percepção é diferente dependendo das velocidades relativas dos observadores.

Teoricamente, se alguém viajar na velocidade da luz ou em alguma velocidade muito próxima a ela, o tempo passará mais devagar para essa pessoa do que para alguém em movimento normal na Terra. Além disso, a presença de uma curvatura no espaço-tempo permitiria que viagens no tempo fossem possíveis se fosse possível criar curvas fechadas.

Em “Questão de Tempo”, na Netflix, o cineasta Richard Curtis utiliza todas essas teorias, além de filosofias e reflexões sobre o uso do tempo, para nos presentear com uma belíssima história de amor. Não propriamente uma história de amor entre um homem e uma mulher, mas sim uma história de amor entre um homem e a vida, à existência e todas as pessoas que contribuíram para sua história.

Tim (Domhnall Gleeson) nasceu e cresceu na idílica Cornuália, na Costa de Londres, com sua família. Tímido, magricela e ruivo, ele nunca fez tanto sucesso com as garotas. Por isso, sua vida parecia um pesadelo quando levou um fora da belíssima Charlotte (Margot Robbie), afetando sua autoconfiança.

Aos 21 anos, durante a festa de Ano Novo, seu pai (Bill Nighy) decidiu compartilhar um segredo de família: os homens de sua linhagem têm habilidade extraordinária de viajar no tempo e mudar eventos da vida. Quando Tim deixa a casa de sua família na Cornuália para se mudar para Londres, onde decide estudar Direito. Lá, ele conhece Mary (Rachel McAdams), por quem se apaixona.

Tim usa suas habilidades de viagem no tempo para conquistar Mary e para se livrar de todas as situações embaraçosas nas quais já viveu. Também tenta salvar sua irmã de um relacionamento tóxico e aprende uma lição valiosa, que é a de que cada vez que um espermatozoide fecunda um óvulo, este momento é único. Portanto, há coisas que não podem ser alteradas no curso da vida sem consequências. Com isso, Tim aprende que cada vez que um filho seu do relacionamento com Mary nasce, ele só poderá mudar eventos até aquele momento. Caso contrário, seus filhos poderão deixar de existir.

Ao longo dessa história, Tim aprende o valor do tempo, das pessoas que o cercam e da vida. A preciosa química entre Domhnall Gleeson com os outros personagens é um trunfo do filme. Não apenas com seu par romântico, Rachel McAdams, mas, principalmente, com Bill Nighy. Esse relacionamento nos faz ter preciosas reflexões sobre os relacionamentos familiares e a vê-los de forma bastante sensível e poética. Richard Curtis afirmou, quando lançou o filme, que o roteiro foi inspirado em sua própria vida e suas reflexões sobre a importância de apreciar os pequenos momentos da vida.


Filme: Questão de Tempo
Direção: Richard Curtis
Ano: 2013
Gênero: Comédia/Romance/Fantasia
Nota: 9/10