"A maior aliança que Lula precisa fazer é com o povo brasileiro", diz André Constantine

247 - Em uma fala contundente neste sábado (18), durante sua participação no Boa Noite, André Constantine, coordenador da Central Nacional de Movimentos Populares e Favelas, chamou atenção para a necessidade de uma mudança radical na postura do governo federal e do presidente Lula. Constantine argumentou que o governo deve romper as alianças com o Centrão e a direita, direcionando seus esforços para se aliar diretamente com o povo brasileiro como forma de avançar no projeto de reconstrução e desenvolvimento do país.

"Quem tá acirrando e radicalizando não somos nós, é a classe dominante. A esquerda está passiva, branda, nós precisamos radicalizar, acirrar, pois é isso que o mundo está vivendo", afirmou Constantine. Segundo ele, o imperialismo e o capitalismo estão enfraquecidos, mas ainda não são confrontados pelos movimentos progressistas de forma eficaz.

Constantine destacou a necessidade de mobilização popular e de um movimento nacionalista e internacionalista nos moldes da Revolução Bolivariana para enfrentar a hegemonia política mantida pela violência do fascismo. "O imperialismo não vai cair sozinho, se rendendo, ele vai cair atirando. Então, obviamente que ele vai tensionar uma explosão de guerra no Oriente Médio, vai tensionar uma instabilidade política no mundo com o avanço do fascismo", alertou.

Para Constantine, o presidente Lula, reconhecido como um grande estadista, não pode vencer essa batalha sozinho. "Se não fosse o Lula, a nossa situação estaria muito pior. Lula é o grande player desse tabuleiro de xadrez político. Lula tem que governar com o povo", enfatizou. Ele acredita que a principal aliança de Lula deve ser com o povo brasileiro, levando as pautas do governo para as ruas e dialogando com a sociedade.

"A maior aliança que Lula precisa fazer não é com o Centrão, com a direita, mas com o povo brasileiro", concluiu Constantine, reforçando a importância da coragem e da mobilização popular para promover as rupturas necessárias e enfrentar o neoliberalismo e o capitalismo de frente.

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