Goleiro Cássio tem futuro indefinido no Corinthians
Cássio deve definir nos próximos dias o seu futuro. Neste momento, o goleiro tem dois possíveis caminhos: renovar e ficar pelo menos até o fim de 2025 no Corinthians ou aceitar proposta do Cruzeiro para trocar de clube em vínculo de três temporadas.
Há cinco jogos na reserva de Carlos Miguel no Corinthians, Cássio vive uma das fases mais instáveis em seus 12 anos de clube. Desde 2011, foram 712 jogos e nove títulos conquistados com a camisa alvinegra.
O goleiro tem ouvido diversas pessoas, entre familiares, amigos e pessoas próximas para definir o seu futuro. Ele tem contrato com o Timão até o fim de 2024.
Abaixo, o ge lista pontos que podem ser determinantes para a decisão final do jogador.
Cássio em ação pelo Corinthians na Neo Química Arena — Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
História no Corinthians
Cássio tem apego ao que construiu no clube, mas entende que sua história está consolidada como ídolo. Uma saída antes do término do vínculo, na janela do meio do ano, não é descartada pelo goleiro. No entanto, pesa o desejo do goleiro em não desgastar sua imagem com o torcedor.
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A partir de junho, Cássio está livre para assinar um pré-contrato com outra equipe. A intenção, caso realmente saia do Corinthians, é seguir no futebol brasileiro. No entanto, o fator emocional pode ser determinante para a decisão de seguir pelo menos até o fim de 2025.
O prazo da proposta do novo contrato não significaria o fim do ciclo do goleiro. O Corinthians entende que é o momento de pensar ano a ano sobre a renovação, dando possibilidade para ambos avaliarem sobre o desempenho e o que pensam sobre a parceria.
Desejo de encerrar a carreira no clube
Em entrevista recente ao ge, Cássio afirmou que pretende jogar até os 40 anos. O desejo do goleiro é ficar no clube e encerrar a carreira se consolidando como um dos maiores jogadores da história, se não o maior do Corinthians.
Cássio recebe homenagem pelos 700 jogos pelo Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Cássio quer terminar sua trajetória profissional no clube, mas também entende (veja nos tópicos abaixo) que sua imagem pode se desgastar ainda mais caso opte por seguir no Corinthians sem manter o desempenho esperado e com a sombra de Carlos Miguel.
A direção alvinegra entende que seria importante manter Cássio por dois motivos principais: a transição gradual para que Carlos Miguel assuma o posto de titular, além de poder planejar uma despedida com o devido reconhecimento ao camisa 12.
Pressão externa
Um dos fatores que mais pesam para uma decisão de sair do clube é a pressão externa vinda de alguns torcedores e da imprensa, principalmente sobre o seu rendimento nas últimas temporadas.
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Cássio reconhece que o número de erros ou falhas aumentou nos últimos anos, mas considera natural diante do enfraquecimento do elenco e da maior exposição defensiva que ele e os companheiros têm sofrido, principalmente de 2020 para cá.
Apesar de ser minoria, as críticas vinda de alguns torcedores incomodam o jogador, que esperava por maior reconhecimento e blindagem vinda das arquibancadas.
O fato de ter sido ovacionado após a partida contra o Fluminense, na Neo Química Arena, mostrou ao goleiro que talvez uma saída possa mudar o sentimento de alguns torcedores sobre a sua importância no clube.
Política interna do Timão
Cássio entende que os problemas administrativos e políticos enfrentados pelo Corinthians nos últimos anos têm feito ele e os jogadores mais experientes vítimas do sistema. Isso ficou ainda mais evidente com a falta de títulos - o último foi o Campeonato Paulista de 2019.
Cássio e Gil se reencontram em Santos x Corinthians — Foto: Marcos Ribolli
A saída de outros jogadores experientes do elenco, como Gil, Giuliano e Renato Augusto, por exemplo, aumentaram ainda mais a responsabilidade e pressão em quem ficou.
Cássio imagina que isso pode ser potencializado com o fim do ciclo de Fagner e Paulinho no clube. Ambos não têm presença garantida em 2025.
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