Recém-nascida passa 10 dias em coma depois de pegar coqueluche


Uma mãe britânica, de Kent, na Inglaterra, compartilhou o drama que viveu quando sua recém-nascida passou 10 dias em coma, por causa de uma doença que poderia ter sido prevenida. Kerry Pearson, 26, afirmou que não recebeu a vacina contra a coqueluche na gestação e que, por isso, sua bebê acabou ficando gravemente doente. Agora, ela faz o alerta, pedindo que outras mães se informem e busquem a imunização.

Polly ficou 10 dias em coma, por coqueluche, doença que poderia ter sido prevenida, se sua mãe tivesse recebido a vacina na gestação — Foto: Reprodução/ Daily Mail
Polly ficou 10 dias em coma, por coqueluche, doença que poderia ter sido prevenida, se sua mãe tivesse recebido a vacina na gestação — Foto: Reprodução/ Daily Mail

Polly Deehy nasceu saudável e tudo ia bem com sua saúde até que, com apenas duas semanas de vida, uma tosse muito forte a deixou com dificuldade de respirar. Como o quadro não melhorava, quatro dias depois, a recém-nascida foi levada às pressas para o hospital. Segundo a mãe, ela chegou a ficar azul. A condição piorou e ela precisou ser transferida para um hospital em Londres. Lá, foi diagnosticada com coqueluche e precisou ser colocada em um ventilador mecânico, na terapia intensiva.

O aumento dos casos de coqueluche é uma preocupação no Reino Unido, que, segundo especialistas, vive seu pior surto em 40 anos. A doença é evitável e já tem uma vacina desenvolvida há muito tempo. Apesar disso, de acordo com o Daily Mail, apenas um quarto das gestantes receberam a imunização, que deve ser tomada entre 16 e 32 semanas.

A vacina protege os bebês nos primeiros meses de vida, quando estão mais vulneráveis, até que eles possam receber as próprias vacinas. Kerry contou que tomou a vacina contra coqueluche quando era criança e novamente durante a gravidez de seu filho, agora com 7 anos. Porém, quando engravidou da caçula, o mesmo não aconteceu. “Eu não sabia nada sobre coqueluche. Para mim, era apenas algo da época dos meus avós. Mas não há tratamento, nem cura, só temos que esperar e é insuportável”, disse ela, ao jornal. “Se eu tivesse tomado a vacina durante a gravidez, teria transmitido os anticorpos do meu leite materno. Eu só quero que as pessoas saibam que você deve tomar a vacina contra coqueluche quando estiver grávida”, alertou.

“Se a vacina não for oferecida a você, por favor, exija”, acrescentou. “Se você é um antivax, por favor, reconsidere - isso é mortal para crianças - não vale a pena correr o risco. Não vale a pena passar pelo que estamos passando”, apela.

Quase 3 mil casos de coqueluche já foram registrados no Reino Unido em 2024 – o triplo dos níveis observados em todo o ano de 2023. Cinco bebês morreram até agora. Todos tinham menos de 3 meses. As taxas de vacinação caíram na sequência da pandemia, numa tendência que os especialistas atribuem ao crescente ceticismo em relação à vacina.

Polly nasceu no dia 26 de março, depois de um trabalho de parto sem complicações e foi liberada para ir para casa no mesmo dia. Apenas quatro dias depois, no entanto, a mãe sentiu calafrios, dor de cabeça e tosse forte. No dia 6 de abril, Polly desenvolveu os mesmos sintomas. Depois de ser levada às pressas para o hospital, ela foi internada em uma enfermaria pediátrica com uma máquina de fluxo de oxigênio para respirar. Mas ela continuou ficando azul, porque os níveis de oxigênio despencavam e a respiração estava quase parando.

No dia 13 de abril, a bebê foi transferida para o Hospital St Mary's e imediatamente colocada em um ventilador, em coma induzido. Os exames para coqueluche deram positivo no dia seguinte. Lentamente, a bebê foi retirada do suporte de vida e agora, felizmente, consegue respirar de forma independente. Ela acordou do coma em 22 de abril e saiu da unidade de terapia intensiva em 24 de abril.

A mãe disse: “Nunca me senti tão aliviada em minha vida. Observei-os retirar os tubos e desligar todas as máquinas [enquanto ela se recuperava]”, lembra. “As probabilidades não estavam a seu favor, mas ela teve muita sorte. Não há evidências de sequelas, mas ela pode ter um pouco de fraqueza nos pulmões... o tempo dirá. Nós detectamos a tempo, então, ela estava no hospital, mas se tivesse tido aqueles episódios em que ficou azul em casa, teria sofrido danos permanentes pela falta de oxigênio”.

Para ela, é fundamental educar as pessoas sobre os sintomas e sobre a importância das vacinas. “A tosse convulsa é perigosa para os recém-nascidos e quero que as pessoas saibam o que procurar”, afirmou.

Vacina contra coqueluche para grávidas no Brasil

A coqueluche é uma infecção do trato respiratório causada pela bactéria Bordetella pertussis. Na medicina chinesa, é chamada de tosse dos 100 dias, pois a tosse persistente é o sintoma mais comum. A doença é transmitida de pessoa a pessoa e adultos sem reforço vacinal funcionam como fonte de infecção.

No Brasil, as grávidas previamente imunizadas, com pelo menos três doses de vacina contendo o componente antitetânico, devem tomar a vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa ) — que protege contra a difteria, tétano e coqueluche — a partir da 20ª semana, a cada gestação.

Já em gestantes com vacinação incompleta, que receberam uma dose de vacina contendo o componente antitetânico, é indicada a aplicação de uma dose de dT (vacina dupla bacteriana do tipo adulto que protege contra difteria e tétano) e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da 20ª semana de gestação, respeitando o intervalo mínimo de um mês entre elas.

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