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Policia Domingo, 19 de Maio de 2024, 13:44 - A | A

CASO VICENTE CAMARGO

Proprietárias de creche dizem que morte de bebê foi acidental: "ninguém aqui é assassina"

Estadão Mato Grosso

Reprodução

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Indiciadas por homicídio culposo (sem intenção de matar) no caso do bebê Vicente Camargo, de 5 meses, as proprietárias da creche Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, usaram as redes sociais para negar que a criança tenha caído do colo de alguma funcionária. Na publicação, elas afirmam que “ninguém aqui é assassina”.

O perfil da creche no Instagram foi removido pouco tempo após a publicação, feita no último sábado, 18 de maio. No texto, as proprietárias da creche afirmam que houve um acidente e que a testa do bebê bateu enquanto tentavam socorrê-lo, pois pensavam que ele estava se afogando.

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“O bebê não caiu do colo de ninguém. Meu Deus. Quanta mentira. Porque estão fazendo isso. (sic) A testa do bebê foi batida na hora do socorro, na hora do desespero tentando ‘desafoga-lo’. Achávamos que ele estava afogado. Isso foi um acidente, ele estava desacordado, ele dormiu e não acordou mais”, diz trecho da publicação.

Na sexta-feira, 17, a Polícia Civil divulgou a conclusão do inquérito e o indiciamento de duas pessoas por homicídio culposo. Segundo a Polícia, uma das proprietárias da creche confessou em interrogatório que provocou, sem intenção, a lesão na cabeça da criança, que bateu o crânio na quina de uma mesa, o que ocasionou o traumatismo e levou o bebê à morte.

Vicente Camargo morreu no dia 17 de abril. Ele deu entrada em um hospital particular de Várzea Grande já com a pele azulada, por ausência de oxigênio no sangue, e com parada cardiorrespiratória.

Na ocasião, as proprietárias da creche informaram à família que ele teria engasgado após ser amamentado, mas o atestado de óbito já apontava que a causa da morte era traumatismo craniano.

As investigações apontaram que a criança bateu a cabeça na quina de um móvel de mármore, quando estava no colo de uma das donas da creche. A mulher admitiu a lesão na criança e a investigação apontou que o fato que levou ao óbito foi causado por descuido e inobservância de segurança à criança.

A gestora da creche também foi indiciada. O inquérito concluiu que ela foi omissa em garantir espaços com proteção para resguardar as crianças ali assistidas e também foi negligente no atendimento à criança.

 

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