Epidemia de dengue derruba número de doações de sangue no DF: “Alerta” | Metrópoles
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Epidemia de dengue derruba número de doações de sangue no DF: “Alerta”

Presidente do Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, afirmou que, durante o pico da epidemia de dengue, houve queda nas doações de sangue

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Com a epidemia de dengue no Distrito Federal, os estoques de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília registraram quedas significativas. Em entrevista ao Metrópoles o presidente da fundação, Osnei Okumoto, afirmou que, desde o final do ano passado, as reservas do hemocentro estavam abaixo do padrão esperado.

Segundo ele, o ideal é que haja 180 doações de sangue por dia. “No final do ano passado para o início desse ano, os casos de dengue fizeram com que a gente tivesse um número muito grande de pessoas convocadas para doação. A gente chamava 300 pessoas para fazer a doação diária. Dessas 300, a gente teria 180 coletas com certeza, mas [com a dengue] a gente não conseguia [nem as 180], porque desse chamamento, 50% estava com dengue ou teve dengue nos últimos 30 dias”, disse. 

Okumoto revelou que, em 7 de maio, o Hemocentro do DF registrou o recorde de doações dos últimos cinco anos, com 315 doadores em um único dia.

Porém, ele afirmou que, apesar do grande número de doações recentes, é preciso manter uma constância.

Veja a entrevista completa:

Hemocentro recomenda suspensão de cirurgias no DF por falta de sangue

Saiba como doar

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar 51 kg ou mais e estar saudável. Menor de 18 anos deve apresentar o formulário de autorização e cópia do documento de identidade com foto do pai, mãe ou tutor. Idosos devem ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos.

O uso de medicamentos, doenças e sintomas, cirurgias e outras situações podem inabilitar temporariamente a doação de sangue. Todas as condições estão disponíveis na página.

O horário de atendimento do Hemocentro é de segunda a sábado, das 7h15 às 18h. Para doar, é preciso agendar a doação no site agenda.df.gov.br.

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Leia a entrevista na íntegra: 

A gente sabe que o Hemocentro é responsável por receber as doações de sangue da população do DF e distribuir para a rede de hospitais que ele atende. Em quanto está o atual estoque do Hemocentro de Brasília?

Está próximo de entrar na normalidade no que tange o estoque estratégico — que é a quantidade de sangue que a gente tem disponível para a gente atender sete dias sem qualquer tipo de coleta. Então, vamos dizer que a gente tem uma intercorrência grande no Hemocentro ou que a gente tenha uma grande catástrofe, é a que a gente possa aguentar sete dias sem qualquer tipo de coleta.

Nós chegamos a trabalhar com 40%, 30%, 36% desse estoque. Mas tivemos uma demanda muito grande de doadores recentemente, nas últimas semanas. Tanto é que no dia sete [7/5] a gente bateu o recorde de de coleta. Chegamos a 315 coletas num único dia, sendo que a gente sempre trabalhou com a meta de coletar 180. Se todos os dias a gente tivesse 180, a gente chegaria realmente a atender todos os hospitais da nossa rede com bastante tranquilidade.

E esse estoque que o senhor falou que está perto de atingir o nível de normalidade; Qual seria esse nível de normalidade? 

Quando a gente fala do estoque de normalidade, a gente fala em 100% das metas que a gente quer alcançar, que é em torno de 880 bolsas. Quando a gente chega nesse nível, consegue já estabelecer uma demanda mais tranquila de poder atender. No entanto, a gente teve recentemente, no final do ano passado, para o início desse ano, os casos de dengue.

Esses casos de dengue fizeram com que a gente tivesse um número muito grande de pessoas convocadas para doação. Para você ter uma ideia, a gente chama 300 pessoas para fazer a doação diária. Dessas 300, a gente ficaria com 180 coletas com certeza. Mas a gente não conseguia porque, desse chamamento, 50% estava com dengue ou teve dengue nos últimos 30 dias.

Isso fez que a gente tivesse uma queda vertiginosa nessas doações e a gente teve uma demanda aumentada nesse período da dengue para poder atender os pacientes que estavam internados. Então, isso causou um desequilíbrio nesse estoque estratégico e dessa forma, a nossa captação trabalhou muito em cima de campanhas e a população de Brasília, sim, foi extremamente solícita e que trouxe bastante doadores para nós.

Para você ter uma ideia, a gente tem aí mais de 5000 multiplicadores. Vamos dizer que a gente tenha 160 ativos mesmo, que traz doador continuamente para nós. Mas esses multiplicadores trabalharam muito, trazendo grupos de 40 pessoas, 30 pessoas. Então a gente, além desse máximo que a gente coletou no dia sete, a gente teve vários dias com 240 coletas. Foi muito importante para que a gente pudesse atender a rede e fazer com que os nossos estoques fossem tomando corpo novamente.

A gente pode dizer que desde o início do ano, desde o início dessa crise de dengue aqui no DF, é a primeira vez que o Hemocentro está conseguindo normalizar esse nível de estoque?

Sim. A gente calcula, pela análise que nós fizemos na reunião passada, que em uma semana a gente estaria estabilizando esse estoque. Então, até o final dessa semana a gente vai conseguir. Estive recentemente falando com a secretária de Saúde, Dra Lucilene, sobre essas campanhas. Ela também está ajudando e fez esse apelo para que as Forças Armadas nos ajudasse, os bombeiros.

A Polícia Militar, hoje, está com 90 soldados comemorando o aniversário da Polícia Militar do Distrito Federal. Então, a gente tem certeza que até o dia 27 de maio realmente a gente vai chegar ao estoque que a gente tanto pretende.

Ainda falando sobre estoque, recentemente o Metrópoles chegou a noticiar que o Hemocentro emitiu uma recomendação aos hospitais que suspendessem por alguns dias três ou quatro cirurgias eletivas por causa do baixo estoque de sangue inocente. Essa recomendação é feita com frequência ou realmente foi uma coisa atípica também por causa da dengue?

Essa recomendação já tinha acontecido na época da pandemia [de Covid-19]. Quando eu era secretário de Saúde, e isso foi acertado diretamente na época, mas foi mais em decorrência da utilização que nós tivemos na época do Centro Cirúrgicos, que a gente acabou internando os pacientes com um convite grave, naquele momento em que a gente precisava de leitos e também as cirurgias, elas foram canceladas.

Dessa vez foi uma recomendação, mas não houve necessidade de cancelamento de cirurgias na sua totalidade. Um ou outro caso foi cancelado, mas em decorrência de outros motivos, não por falta de sangue, nem por falta de opção de qualquer tipo de uma componente.

Quando eu falo em componente é porque o sangue chega a salvar quatro vidas. Então a gente tem a parte vermelha que a gente chama de hemácias, tem a parte líquida, que é o plasma, tem as plaquetas que a gente utilizou muito no período da dengue, porque muitas, muitas pacientes tiveram uma redução grande de plaquetas e aí então a gente teve que transfundir e tem o creu precipitado, que tem o fator de coagulação importante, principalmente no atendimento de pacientes hemofílicos e tem se utilizado muito aqui no DF. A gente está revendo os protocolos para utilização em cirurgias cardíacas também, mas e de uma maneira geral, a gente produz todos esses componentes e nesse momento a gente tem feito a distribuição. Normalmente não tem faltado sangue para ninguém.

O senhor falou que uma doação pode salvar até quatro vidas. Qual seria a média ideal mensal de doações ou até de litros de sangue? 

A gente mede por dia, que é mais importante para nós. Então, coletando 180 [por dia] vezes 25, porque a gente coleta no sábado também. A gente chega nessa margem necessária para que a gente possa estar fazendo atendimento de todos os hospitais públicos aqui do DF, principalmente os que tem pronto atendimento e também os que tem centro cirúrgico.

E antes, quando a gente começou a trabalhar essa questão de chamar mais doadores, nesse momento crítico, a gente estava coletando em média 160, então por dia 18 de janeiro até, mas nós viemos coletando 20 a menos. Então, se a gente colocar 20 a menos por 25 dias, daria 500 bolsas por mês. Se a gente tem um estoque estratégico que gira em torno de 880, a gente começou a coletar 500 bolsas a menos e isso foi impactando.

Se a gente multiplicar com mais três de 500 para 1500 bolsas a menos nos 3/1 meses de deste ano de 2024. Isso então fez com que a gente não tivesse um melhor, um melhor, melhor condição de estoque. Mas é de se convir. Eu acho que foi até anunciado por vocês que no mês de no mês de abril nós tivemos aí um aumento de quase 40% de acidentes automobilísticos aqui no Distrito Federal.

Então, isso impactou muito aqui no Hospital de Base, muitos casos de pacientes poliotraumatizados sendo atendidos normalmente já no pronto socorro com transfusão e posteriormente nas cirurgias que aconteciam também com reserva de sangue. Então, foi um momento muito difícil, porque a gente não conseguia manter o estoque estratégico em decorrência da dengue. Também tivemos um número muito grande de acidentes automobilísticos, principalmente por motociclistas. Então a necessidade de cirurgias e atendimento foi muito grande.

E ao mesmo tempo a dengue acontecendo. Então a demanda ficou muito alta. Ficou muito alta mesmo. Foi difícil da gente controlar isso.

Quais são os tipos sanguíneos que mais tem mais vazão?

São os tipos mais comuns existentes na população. É O+ e A+. Logicamente, também um número maior de pacientes são desses tipos. Então, no momento nós estamos precisando muito do O+, O-, A+ e A-. Então, a gente solicita que a população venha fazer as doações de sangue. Nós estamos com essa média acima de 220 doações por dia, mas isso tem que ser uma constante.

Como a gente vinha no ano passado, fazendo uma constância de coleta de sangue, depois que ela começa a cair, a gente demora muito tempo para recuperar.

Tem alguma época do ano em que o senhor percebe que tem um aumento das doações de sangue? 

Por incrível que pareça, nessas últimas análises que a gente fez, o mês de janeiro, ele foi muito importante. A gente teve um aumento, eu pedi para a gente rever os anos anteriores. Quem gosta muito disse ao governador Ibaneis que ele gosta dos dados e fazer os comparativos com os anos anteriores e o mês de janeiro. A gente tem realmente uma coleta boa de sangue vindo a cair depois e em fevereiro e março também em julho ele aumento de novo que a gente tem umas férias e ele volta a crescer novamente.

Então, há um comportamento diferente agora no Distrito Federal que quando as pessoas têm tempo, eles acabam fazendo as doações de sangue e durante os momentos de trabalho de muita chuva, como aconteceu nesse início de ano, sempre prejudica muito as doações de sangue.

Quanto tempo, em média, demora uma doação de sangue?

A doação de sangue tem, no ato da doação, que acontecer no máximo em 15 minutos. Mas uma pessoa quando chega desde o início que ela pega a senha até a hora da doação, ela deve demorar em torno de 40 minutos até 01h10, que é um período mais comum da gente conseguir essas doações. Logicamente, quando a gente tem um número muito grande de doadores, isso atrapalha um pouco, porque o número é muito grande, sendo mesmo que as pessoas agendem as doações, muitas pessoas aparecem sem agendamento e essas pessoas são encaixadas dentro desse período, sem prejuízo de quem agendou, porque quem agendou tem a prioridade, porque às vezes tem algum compromisso agendado e ele precisa sair o mais rápido possível do Hemocentro para cumprir a sua agenda. Mas as pessoas que não chegam sem agendamento, eles são encaixados e aí então a gente vai poder fazer e aumentar um pouco esse período de espera. Mas dentro da sala de coleta, o prazo máximo de 15 minutos.

Hoje em dia, no DF, é só por agendamento? O senhor falou que as pessoas que chegam sem agendamento são encaixados, mas o ideal seria que todo mundo agendasse?

A gente trabalhou um período agora atrás, sem agendamento no período da tarde de manhã agendado à tarde, sem agendamento. A gente teve um pouco de acúmulo de pessoas e nesse período da tarde, agora a gente voltou a pedir o agendamento, mas não deixou de fazer os encaixes das pessoas que porventura estejam passando pelo Hemocentro ou falou olha, hoje o meu compromisso foi adiado, eu vou poder fazer a doação de sangue. Essa pessoa chega no Hemocentro e ela já é atendida.

Muita gente reclama da burocracia que seria para doar sangue. Quais são as regras? O que precisa? Precisa de quais documentos?

É importante que a pessoa quando vá doar sangue, que ela esteja portando um documento oficial com fotografia. Isso é importante porque nós temos homônimos, pessoas homônimas. Se ela chegar de repente ali, sem o documento de identificação, ela acaba doando sangue em nome de outra pessoa. Eu, como sou muito antigo dentro da hemoterapia, eu já vi casos de pessoas doando sangue no lugar das outras e nesses casos a gente só percebeu porque o exame deu uma sorologia positiva.

E quando a gente chamou a pessoa, a gente certificou que não era aquela pessoa. Então isso causou um transtorno muito grande para pessoa que que o nome foi usado e logicamente isso pode acarretar inúmeras consequências como tipagem sanguínea diferentes. Apesar que todas as vezes que a pessoa vai doar sangue, os exames são todos eles repetidos, tanto de sorologia como de tipagem sanguínea, mas isso traz um transtorno muito grande.

A pessoa tem que vir alimentada, tem que ir ao hemocentro, alimentá lo, evitando comidas gordurosas, evitando tomar leite. Então se é de manhã, 03h00 antes de fazer a doação, tomar um café da manhã é muito bom, sem gordura. Se for de tarde, depois de almoçar, duas horas após o almoço, ele pode efetuar a doação também. Como a dieta sem gordura tem que ter aí 51 quilos para mais e a idade de 18 a 69 anos de idade?

Se for 16, 17 anos, tem que ter uma autorização expressa dos responsáveis.

Ocorre muito também de pessoas às vezes pedirem doações em nome de alguém, um parente que está doente. As pessoas pedem a doação em nome dessa pessoa. Como que funciona essa questão do Hemocentro que separa a doação para essa pessoa?

A gente chama isso de uma doação de reposição. Então a pessoa que está lá no hospital ela já vai receber o sangue testado, que já está disponível, porque quando acontece a prescrição do médico, esse paciente já vai receber aquela unidade no mesmo dia. Então a pessoa vai receber o sangue e depois os familiares e os amigos podem vir aqui no Hemocentro e efetuar a doação para repor aquele sangue que já foi utilizado.

O senhor falou que o Hemocentro responsável pela distribuição do sangue em 17 hospitais. Quais são e como que funciona essa distribuição?

 São 17 hospitais, são 14 que que estão, que são da Secretaria de Saúde e do Distrito Federal e mais três federais, que é HuB e o Sarah Kubitschek.

Diariamente. Quando eu estava na Secretaria de Saúde, a gente tinha um problema meio sério na logística de buscar esse sangue na Hemocentro. Então, muitas vezes eu utilizava a ambulância dos hospitais para vir até o Hemocentro pegar o sangue e levar de volta. Então isso fazia com que o tempo útil dessa ambulância com pacientes era diminuído. Quando eu cheguei, saí da Secretaria de Saúde, cheguei aqui na Fundação Hemocentro.

Já priorizei a contratação de uma empresa de logística que faz o transporte dele refrigerado e todo ele treinado e certificado pelo Hemocentro. Hoje, essa empresa faz esse transporte para a Fundação Hemocentro para todos os hospitais que estão credenciados. Então eles, os hospitais, manda um e-mail para nós solicitando quais as unidades que eles querem de componentes e a quantidade, e a gente faz a entrega diretamente na agência Transfusão lá do hospital.

Da última vez que eu consultei, tinha uma questão de um carro do Hemocentro que ia coletar, fazer a coleta das doações em diversas regiões, mas que ainda está ativo. Como é que ele funciona?

Esse ônibus foi adquirido no final de 2022. Quando ele chegou em dezembro, nós fizemos a vistoria em janeiro, fizemos a validação dos processos para a coleta externa, fazer o treinamento das pessoas dentro do ônibus, locomoção, armazenamento na geladeira, a utilização das poltronas reclináveis para poder coletar em um momento de de atendimento e em alguma onde ver efeito adverso para o doador.

 A gente conseguiria manobrar ali dentro mesmo da unidade e aí então a gente validou e em fevereiro a gente começou a fazer a coleta de 2023, completamos recentemente um ano. Eu até fiz um levantamento de qual é a quantidade que a gente coleta do sangue e é repassado um valor para cada unidade pelo Ministério da Saúde. E a gente já chegou próximo dos 70, do pagamento do ônibus durante o período de um ano.

Então a gente está muito feliz. Gostaríamos mais de estar mais próximos do entorno, porque eu descobri essa marca que muita gente vem do entorno doar sangue aqui na Fundação Hemocentro de Brasília. E tem gente que sai 5h de casa e só retorna 16h porque depende do serviço de transporte público e são pessoas assim que eu considero pessoas heroínas mesmo das pessoas.

Porque essa dedicação de sair de casa de madrugada cedo demais e voltar só de tarde, ficar longe o tempo todo para efetuar a doação e salvar quatro vidas é de enaltecer. Então eu percebi que havia necessidade da gente comprar uma unidade móvel para que a gente pudesse deslocar próximos a essas cidades do entorno para que a gente pudesse fazer a coleta de sangue.

E como as pessoas que podem ver onde o ônibus vai estar, quais dias ele atua?

No nosso site do da Fundação Hemocentro. Mas principalmente, é muito mais fácil de ver no Instagram e você coloca lá Hemocentro de Brasília já vai aparecer no Instagram e lá tem o agendamento. A próxima coleta agora vai ser dia 25. A gente estará indo para o Paranoá para fazer coleta lá. Eu acho que a gente nunca fez lá, mas é importante.

Fizemos muito mais coletas em Ceilândia devido a parceria que nós temos lá com a Caixa, com a Celma, que fica ali na NA, na unidade de saúde da mulher, no atendimento à mulher, ali com violência. E aí, ali é um local estratégico para nós, né? Ceilândia é uma cidade muito populosa e as pessoas ali são muito solidárias, assim como eu estou vendo aí que a população de Brasília está sendo muito solidária com o Rio Grande do Sul.

O Hemocentro  já mandou sangue para outros estados, já mandou para Pernambuco, já mandou para para São Paulo. Mas nesse momento que a gente está restabelecendo o nosso estoque estratégico, a gente não encaminhou ainda para o Rio Grande do Sul, mas também não houve uma solicitação. Eu falei com a coordenadora nacional de sangue e ela falou ainda que eles estão precisando um pouco de sangue lá no Rio Grande do Sul.

Mas a gente, assim que a gente tiver o estoque estabelecido, a gente também vai poder ajudar, caso seja necessário.

Se você quiser reforçar quais são os tipos de sangue que você está mais precisando agora.

 Nós sempre gostamos de estar pedindo. Mas é importante lembrar uma coisa: como eu falei para você, uma doação salvam quatro vidas humanas. Uma das vidas a ser salva, ela depende da utilização das plaquetas. As plaquetas são componentes do sangue que ajuda na coagulação do sangue de evitar o sangramento. Então as plaquetas que foram muito utilizadas agora no período da dengue, elas tem validade de apenas cinco dias, então se a hemácias que é o sangue, a parte vermelha, você dura ali em torno de 42 dias, 35 dias, o plasma um ano ou dois anos de acordo com a temperatura de armazenagem, assim como cria o precipitado a plaqueta, ela só tem validade de cinco dias. Por isso que constantemente a gente solicita as doações de sangue, porque os pacientes que fazem cirurgia cardíaca, os pacientes que têm câncer, os pacientes que fazem grandes cirurgia, precisam das plaquetas porque é fundamental para que tenha o o tratamento desse sangramento durante esses processos. Então eu sempre peço para que as pessoas efetuem as doações de sangue.

Nós temos um setor de coleta por aférese, que a gente coleta única, exclusivamente as plaquetas. Coletamos ali de 6 a 8 unidades de um único doador, que é diferente quando doa na bolsa normal que cada doador doa uma única unidade de plaquetas e então uso o que a gente precisa agora do opositivo doar positivo ou negativo, do negativo e do B positivo são sangues assim estão além do negativo, são extremamente importantes.

Mas assim, de uma maneira geral, quem estiver podendo fazer a doação, o homem pode doar de dois em dois meses desde que mandou e quatro vezes no período de 12 meses e a mulher pode doar de três em três meses, passando conta com a presença de todos da população e a solidariedade dos habitantes do distrito Federal. É uma solidariedade incrível.

Eu, que já fui diretor de outro Estado, eu vejo o quanto que as pessoas aqui querem ajudar e isso é muito importante. Fica o meu agradecimento, principalmente para os servidores da Fundação Hemocentro. Nós estamos com um número muito pequeno de servidores do que nós tínhamos inicialmente e eles trabalharam muito nesse período. Viu Essas três, quatro semanas aí de 240 coletas, 315 coletas, O pessoal se desdobrou muito para poder conseguir restabelecer estoque estratégico.

Então fica minha admiração por esses servidores, esses colegas de trabalho e meu agradecimento pela pela pela dedicação deles e dedicação da população aqui do Distrito Federal fazendo as doações de sangue, muitos jovens fazendo a doação. Hoje, praticamente 50% dos doadores são mulheres, coisa que antigamente não existia, era só homens que doavam, Mas as mulheres e os jovens daquilo Distrito Federal estão de parabéns.

É esse chamamento que nós temos com todos eles. 

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