Ministro garante que quem perdeu documentos nas enchentes não será impedido de ter acesso a benefícios como Bolsa Família
Wellington Dias pede que população evite deslocamentos não recomendados pela Defesa Civil em meio às chuvas
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1 de 14Imagens mostram destruição na cidade de Muçum, interior do Rio Grande do Sul
Crédito: Reuters -
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Em entrevista à CNN, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, pediu que a população do Rio Grande do Sul evite deslocamentos não recomendados pela Defesa Civil para buscar documentos.
“Está garantido que a falta de documentos não será um impeditivo para fazer o direito chegar a quem precisa”, afirmou o ministro nesta segunda-feira (13), ao Bastidores CNN (de segunda a sexta-feira, às 14h).
Segundo Wellington Dias, basta que pessoas e famílias afetadas pelas chuvas tenham uma declaração de órgãos ou de servidores do sistema de assistência social dos municípios, atestando suas situações de vulnerabilidade, para acessar auxílios e benefícios.
“Não podemos deixar uma regra burocrática impedir aquilo que pode levar a uma situação de vida ou morte”, afirmou o ministro. “Depois, a gente cuida de tirar uma segunda via, acrescentou.
Bolsa Família
Ainda falando à CNN, Dias disse que está prevista uma “folha extra” de pagamento do Bolsa Família ainda em maio, de modo a cobrir com o benefício pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Nas contas do governo, há cerca de 80 mil pessoas alocadas em abrigos espalhados em quase 170 municípios gaúchos, além de 530 mil pessoas em casas de “famílias acolhedoras”. É dentro dessa base que virá a “folha extra” de beneficiários, segundo Dias.
“A orientação primeira é o atendimento. O ser humano está ali, na porta. Todo mundo está vendo a realidade. Temos que atender sem essa burocracia”, afirmou Wellington Dias, prevendo também apoios para as “famílias acolhedoras”.
“Tradicionalmente, [o auxílio] é feito para quem está em abrigo; agora, pode ter também para famílias acolhedoras. As pessoas (que recebem afetados pelas chuvas) estão lá com boa vontade, abriram sua casa, mas a renda dela não dá para suportar”, disse.
O assunto deve ser discutido em uma reunião ministerial extraordinária convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o final da tarde desta segunda. “Não há regra que impeça o que o Rio Grande do Sul precisa”, afirmou Dias.
